Testamos: motor TSI e dirigibilidade exemplar colocam o Volkswagen Polo Highline na briga entre os compactos
Grande lançamento da Volkswagen no mercado brasileiro, o novo Polo chega para preencher a lacuna entre o Gol e o Golf. O Garagem360 participou do lançamento do hatch e já havia rodado na estrada com um exemplar Comfortline. Porém, agora foi possível analisar melhor o modelo, que ficou durante uma semana com a equipe de reportagem, sendo desta vez a versão Highline, a mais completa da linha.
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Assim como o carro do lançamento, este exemplar também é equipado com o motor TSI (turbo) de 1 litro. Com 128 cv, quando abastecido com etanol, e 116 cv queimando gasolina, o pequeno propulsor tricilíndrico empurra bem os 1.147 kg do compacto. Se no primeiro contato com o Polo só foi possível testá-lo na estrada, dessa vez deu para conhecê-lo também na cidade.
O câmbio automático de seis marchas se mostrou bastante competente no trânsito mais carregado. As trocas são quase imperceptíveis e devem agradar aos fãs deste tipo de transmissão.
O único “incômodo” foi nas subidas. Por ser um motor com muito torque em baixas rotações, não há necessidade em deixar o giro subir muito para encarar qualquer aclive. Entretanto, nessa situação, a caixa prende o carro em segunda marcha, não passando para a terceira velocidade. A solução é dar um toque na borboleta, para realizar a troca manualmente. Após alguns segundos, o carro volta para o automático sozinho, caso perceba que o condutor não realizou mais trocas.
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Volkswagen Polo Highline TSI
Motorização: 1.0l turbo TSI 12 válvulas 128 cv/116 cv (etanol/gasolina)
Torque máximo líquido: 20,4 kgfm a 2 mil rpm (etanol/gasolina)
Transmissão: Automática de seis velocidades – troca manual na alavanca e por borboletas
Dimensões: 4,05 m x 1,75 m x 1,46 m (comprimento x largura x altura)
Distância entre eixos: 2,56 m
Peso em ordem de marcha: 1.147 kg
Tanque de combustível: 52 L
Consumo: 9,4 km/l cidade/estrada com gasolina (pelo computador de bordo)
Porta-malas: 300 L
Preço: R$ 69.190 (R$ 72.440 como o avaliado)
Pontos positivos: motor forte e econômico, câmbio veloz, dirigibilidade exemplar
Pontos negativos: poderia ter mais itens de série, central multimídia de 8 polegadas poderia equipar versão Highline
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Quem quiser mais contato com o veículo só precisa mover a alavanca para a direita, quando estiver na posição Drive (D), para ativar o modo manual. As trocas podem ser feitas nela, ou pelas borboletas atrás do volante.
As mudanças nessa configuração também agradaram. Porém, há um pequeno atraso entre o acionamento da borboleta e a entrada da marcha superior. Vale ressaltar que as diminuições, mesmo com o câmbio no manual, podem ser feitas automaticamente. Assim, o motorista só precisa se preocupar em aumentá-las.
Dirigibilidade acertada
A boa dirigibilidade do Polo já havia se destacado durante o teste na estrada. De fato essa é principal característica positiva que o motorista terá do modelo. Embora seja um compacto, ele faz curvas como gente grande, passando segurança ao condutor mesmo em velocidades mais altas.
O acerto da suspensão do hatch não chega a ser dura, mas é firme o bastante para segurar a carroceria, mas também é cuidadosa ao transmitir as irregularidades do solo para a cabine.
Por falar no interior, a qualidade do acabamento merece elogios. Tudo é muito bem encaixado e os detalhes em black piano contrastando com outros em um tom prateado, dão um ar sofisticado para o painel. Porém, por ser um carro que passa dos R$ 70 mil – o exemplar testado contava com o pacote Tech High, que custa R$ 2.800, há o uso de muito plástico. Ao menos onde o motorista apoia os braços, como no suporte da porta e no descanso central, há tecido e espuma.
Na briga
Desde o lançamento do Hyundai HB20, em 2012, o segmento dos compactos deixou de ser visto como o dos carros básicos. Por ser ter uma ampla faixa de preço, o Polo acaba competindo tanto com os hatches de entrada (Chevrolet Onix, Ford Ka, Renault Sandero e o próprio modelo da marca coerana), e com os “premiums” (Ford Fiesta, Peugeot 208 e Citroën C3), assim como o Fiat Argo.
A versão Highline oferece um bom pacote de itens de série, mas para adicionar a central multimídia de oito polegadas, que também funciona como um computador de bordo, além dos faróis com acendimento automático e o sensor de chuva, é preciso desembolsar mais R$ 2.800. Se quiser o painel digital some mais R$ 500.
Isso não anula a boa dirigibilidade e o bom conjunto mecânico, e o resultado é que o Polo é sim um forte concorrente no segmento.
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.