Dá para diminuir o tempo no trânsito? Confira o que descobrimos!

É possível diminuir o tempo no trânsito? O planejamento dos gestores municipais, estaduais e federais, aliados a tecnologias em mobilidade são cada vez mais importantes para otimizar o uso das vias e rodovias e melhorar o trânsito no Brasil.

tempo no trânsito
Diminuir o tempo no trânsito demanda uma série de fatores. Foto: Freepik

Políticas públicas para diminuir o tempo no trânsito funcionam?

De acordo com a mais recente pesquisa da Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre mobilidade e trabalho, divulgada na última semana (22/8), 36% dos brasileiros (ou seja, mais de um terço da população) que vivem em grandes cidades passam mais de 1 hora no trânsito diariamente.

No entanto, cerca de 8% dos brasileiros gastam mais de 3 horas se locomovendo para realizar atividades de rotina, como trabalhar e estudar; outros 7% ficam entre 2 e 3 horas por dia no trânsito e 21% entre 1 e 2 horas.

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De acordo com 23% dos entrevistados, o aumento do tempo perdido no trânsito se deve a redução da oferta das linhas de ônibus.

O especialista em mobilidade urbana, Guilherme Araújo, explica que é uma tendência o aumento do trânsito e do número de veículos nas ruas.

Ele reforça a necessidade de novas políticas públicas para melhorar a qualidade do serviço, bem como de novos subsídios para que seja feito realmente o compartilhamento de gastos entre Estados e União.

“Não seria um subsídio discricionário, mas uma política pública permanente. Além disso, o repasse de parte da fiscalização para o transporte público – que inclusive já está em tramitação pelo PL 711/2011, de multas pelo transporte irregular de passageiros e taxa recorrente sobre pólos geradores de tráfego seriam algumas alternativas para melhorar o transporte público”, menciona Guilherme.

Desincentivo ao transporte individual

Por outro lado, segundo o especialista, se fazem necessárias medidas de desincentivo ao transporte individual como, por exemplo:

  • políticas para o repasse de receitas dos aplicativos de transporte e/ou pedágio para o transporte público
  • o uso de vias ou faixas exclusivas para veículos com mais de uma pessoa (incluindo táxis e apps)
  • uso de estacionamentos rotativos de menor duração ou com valor variável conforme o horário.

Tecnologia a favor dos gestores de tráfego

Paralelamente a isso, os equipamentos de mobilidade também são desenvolvidos diferentes propósitos. A princípio,  aumentar a segurança e oferecer subsídios para o controle, planejamento e para gestão da urbana mais sustentável.

No Brasil, fabricantes já estão desenvolvendo sistemas que possibilitem a integração entre motoristas, veículos e aplicativos de trânsito.

“Neste exato momento, soluções plenamente digitais para a realização de sistemas de ITS ultra seguros e eficientes estão sendo projetados e implementados baseados, principalmente, nestes três pilares tecnológicos”, afirma Guilherme Araújo.

Ele conta que, hoje, as tecnologias atuais utilizam inteligência artificial e integrando dados, vídeos e imagens para otimizar ações de fiscalização, incluindo o número de pessoas por veículos nas rodovias e vias públicas.

Os equipamentos também são dotados de sensores que possibilitam identificar o perfil de tráfego, a velocidade e geometria do veículo.

O que inclui inclusive entre as faixas, e captam informações do veículo, como cor, modelo, bem como a situação perante os órgãos de trânsito.

“Estamos em um momento da história em que se torna mais frequente a fusão de tecnologias para realizar funções complexas. Para melhorar a experiência e a segurança dos usuários, de modo a trazer benefícios para a sociedade”, finaliza Guilherme.

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Robson QuirinoSou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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