Qual será o futuro da Caoa Chery em Jacareí; fomos apurar

A Caoa Chery anunciou no começo de maio a suspensão da produção de sua fábrica localizada em Jacareí-SP.  O foco no local passará a ser a produção de veículos sustentáveis, que faz parte de seus planos de eletrificação. Com isso, modelos sairão de linha e funcionários devem ser demitidos. O que mais o futuro pode reservar para o local?

Caoa Chery suspende produção em fábrica e Tiggo 3X sai de linha
Caoa Chery suspende produção em fábrica e Tiggo 3X sai de linha (Foto: Roosevelt Cássio / Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região)

Veja o que sabemos sobre o futuro da Caoa Chery em Jacareí

Este anúncio foi feito pela marca sino-brasileira no dia 5 de maio. Na ocasião, ela disse  que a unidade fabril, que foi inaugurada em 2015, passará por mudanças nos processos produtivos para a produção de novos veículos eletrificados (híbridos e elétricos). A marca diz que estas mudanças possam durar cerca de dois anos.

Caoa Chery
Chery eQ1 (Foto: Divulgação/Chery)

Já o sindicato de São José dos Campos-SP diz que retorno das atividades pode ocorrer apenas em 2025. A medida faz parte de um plano de reposicionamento de sua linha. Mas existem muitas dúvidas quanto ao futuro da fábrica. Uma hipótese para os próximos ano, pensando em notícias recentes, seria a produção do pequeno EQ1 a partir de 2025.

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Conforme você já viu aqui, o modelo deve ser lançado aqui no Brasil em 2022. Sem falar de alguns dos carros híbridos da marca que também podem ser feitos lá.

Foto: Divulgação/Chery

Há quem acredite que ela possa ficar fechada da mesma forma que aconteceu com a fabrica da Honda em Itirapina-SP e investir na mesma planta caso haja interesse em retomar as atividades. Outra possibilidade aventada seria o fechamento definitivo e manter a produção focada em Anápolis-GO.

Mas é importante ficar atento que estas são apenas especulações. Ou seja, temos esperar os próximos movimentos da montadora para sabermos mais novidades.

Trabalhadores protestam contra fechamento de fábrica (Foto: Roosevelt Cássio/SindMetal)

O que já está certo sobre o assunto?

Uma coisa que já é certa é que esta planta, que trata-se da primeira unidade fabril da Chery aqui no Brasil, não fabricará mais o Tiggo 3X e o Arrizo 6. No caso, o primeiro sairá de linha e o outro deve começar a ser importado. Agora, segundo a Caoa Chery, o local será usado para produzir carros eletrificados.

A marca sino-brasileira espera ter uma linha formada por carros eletrificados até o final do ano de 2023. Lembrando que a Caoa Chery já comercializou em nosso País o Arrizo 5e.

Além disso, dirigentes da marca já tinham falado em outras oportunidades que a marca pretendia produzir carros assim no Brasil. Claro, sem citar a fábrica do interior de São Paulo. Os outros carros da marca continuarão sendo produzidos em Anápolis-GO normalmente.

Caoa Chery fecha fábrica em Jacareí (SP) e demite trabalhadores
Caoa Chery – fábrica em Jacareí (SP)

O lado dos funcionários

A suspensão das atividades na fábrica de Jacarei-SP não afetará apenas a produção de veículos. Cerca de 480 funcionários (de um total de 600) podem perder seus empregos. Desde que a notícia da paralisação foi dada, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos vem conversando com representantes da marca sobre esta situação.

Na última quarta-feira (11/05), foi noticiado que uma proposta de layoff apresentada pelo sindicato tinha sido aceita pela empresa e  passado pela aprovação em assembleia dos trabalhadores. No caso, o acordo previa um layoff de cinco meses (a partir de 1º de junho) e mais três meses de estabilidade.

Isto faria com que os trabalhadores ficassem com o emprego garantido até o começo do ano que vem. No entanto, a marca, por meio de comunicado, negou o acerto do layoff no último sábado (14/05). Em nota, ela confirmou a intenção de demitir os funcionários e deu mais detalhes sobre a proposta de indenização.

“Nesse sentido, solicitamos ao sindicato que submeta aos seus representados a proposta de indenização adicional aos empregados, que poderá alcançar o teto máximo de 15 salários base para os empregados que contem com sete anos ou mais de empresa e, no mínimo, sete salários para aqueles com até 2 anos de contrato.”, diz.

Você pode conferir mais detalhes sobre esta nota aqui. Ou seja, tanto o futuro da fábrica quanto dos funcionários atuais deverão ser definidos ainda.

 

Pedro Giordan
Pedro GiordanJornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.
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