Com a pandemia da Covid-19, várias empresas tiveram grandes prejuízos em todo o mundo. No mercado automotivo, não foi diferente. Porém, cerca de um ano e meio depois, algumas montadoras estão comemorando o fato de suas vendas estarem subindo novamente. A Volkswagen, por exemplo, anunciou um forte crescimento em seu lucro e entregas durante o primeiro semestre.
Os dados foram divulgados na última sexta-feira (30). Ao todo, 2.703.200 veículos foram entregues em todos os países que ela está presente. Isso significa um aumento de 22.9% com relação ao balanço dos seis primeiros meses de 2020. Na época, foram 2.198.000 de unidades.
Volkswagen fecha 1º semestre no positivo. Veja os dados da empresa
O mercado da China foi aquele que mais teve veículos entregues. Por lá, 1.331.990 carros foram comercializados. O que representa um aumento de 14,1% com relação ao ano anterior. Na segunda posição vem os países da Europa Central (207.700). Já a América do Norte vem logo em seguida (289.900 unidades). O maior aumento ocorreu no Oriente Médio/África.
Além disso, a Volkswagen comemora seu bom momento, financeiramente falando. Todas as vendas geraram junto uma renda de € 40,7 bilhões. Se colocarmos lado a lado os números dos mesmo período de 2020, isso representa crescimento de 42% na receita. A marca diz que isso é graças a um aumento na vendas. Em todos os cinco continentes, o aumento percentual do número de veículos comercializados foi de 36,9%.
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Os lucros melhoraram em € 3,3 bilhões. Isso quer dizer eles tiveram um lucro de 1,8 bilhão nos primeiros seis meses deste ano. Já no ano passado, a VW teve um prejuízo de 1,5 bilhão entre janeiro e junho. O retorno operacional foi de 4,4%.
“Conseguimos reduzir ainda mais nossa relação de custo fixo. Nossa rígida disciplina de custos, o bom progresso que tivemos na implementação do nosso realinhamento estratégico na América do Norte e do Sul, a gestão dos mercados orientada para resultados e o crescimento significativo do volume estão impulsionando nossos números financeiros”, diz o CFO da Volkswagen, Alexander Seitz.
Por fim, o fluxo de caixa operacional teve um crescimento de € 0,8 bilhão. Segundo Seitz, é que em 2023, a marca possa atingir o objetivo de ter um fluxo de caixa líquido operacional entre € 1 bilhão e € 2 bilhões.
Confiança em alta
De acordo com a montadora alemã, os números acima foram possível por causa da equipe responsável pela gestão de crise. Sem falar de uma disciplina de custos mais forte e rígida. A execução da estratégia “ACCELERATE” também teve uma contribuição importante.
Além da pandemia da Covid-19, outra crise que afetou não só a Volkswagen, mas como todas as marcas foi a falta de semicondutores. No Brasil. por exemplo, suas fábricas tiveram que suspender a produção de veículos.
Mesmo assim, Seitz se mantém confiante: “Embora haja sinais de que os gargalos no fornecimento de semicondutores estão começando a amenizar, esperamos um terceiro trimestre muito desafiador do ponto de vista do fornecimento. Contudo, estamos confirmando nossas perspectivas para o ano como um todo”, diz o CFO da VW.
“Prevemos um aumento significativo em relação ao ano passado nas entregas e na receita de vendas em 2021. W ainda pretendemos divulgar um retorno operacional sobre as vendas com objetivo entre 3% e 4%. Estamos mantendo para nossa meta margem de 6% até 2023 e pretendemos posicionar a marca para lucratividade sustentável”, compleata Seilz
