Uber x Taxi: como está essa rivalidade antiga e o que muda caso a nova PL seja aprovada?
Uber ou Táxi, qual seu serviço de transporte favorito? Seja qual for, a relação entre as duas categorias nem sempre é tranquila. Veja!
Uber ou Táxi, qual seu serviço de transporte favorito quando o assunto é locomover de forma mais confortável do que os modais públicos?
Independentemente da sua escolha, uma coisa é certa: a relação dessas duas categorias nem sempre é das mais tranquilas.
Uber x Táxi
A relação entre taxistas e motoristas de aplicativo, representados principalmente por prestadores de serviço da Uber, é um exemplo de existência que já nasceu atribulada.
Desde 2014, quando o serviço da Uber, uma das principais empresas de serviço de transporte por aplicativo do mundo, chegou ao Brasil, a correlação das duas modalidades causa polêmica.
Fato é que, passados 10 anos da chegada dos primeiros serviços por aplicativo de transporte, o cenário se mostra mais harmônico, porém, um novo Projeto de Lei pode colocar lenha na fogueira novamente.
Há dez anos relação era contraditória
Se hoje taxistas e motoristas de aplicativo ‘’aprenderam’’ a conviver de forma equilibrada há uma década, não era bem assim.
Assim que a Uber anunciou sua chegada ao país e os primeiros colaboradores da empresa tomaram as ruas, o efeito em muitos taxistas foi de revolta.
Muito se defendia por parte dos motoristas mais tradicionais, que o serviço por aplicativo era uma forma ‘’ilegal’’ de atuação, já que não eram necessárias certificações ou coisas do tipo.
Por outro lado, os motoristas de Uber, engrossavam a máxima da empresa de ‘’facilitar e dinamizar’’ o transporte individual de pessoas, por preço também mais acessível.
A polêmica era tanta, que protestos numerosos foram organizados pela classe de taxistas em várias regiões do país, com vários episódios de violência entre os representantes das duas formas de atuação.
No entanto, embora a insatisfação com a Uber e sua inovadora forma de atuação fosse grande, as manifestações não surtiram efeito.
Evolução dos valores e popularização da Uber
Assim que chegou ao Brasil, a Uber contava com preços não tão distintos aos dos táxis a depender da região em que se circulava.
Porém, com a popularização do serviço de aplicativo, a ‘’equalização’’ do preço foi determinante para o aumento estrondoso de demanda pelos serviços inovadores de transporte individual.
A adoção de preços mais acessíveis por transporte nas categorias mais simplórias da Uber, por exemplo, atraíram um público de passageiros cada vez maior.
Isso sem falar na facilidade de chamar uma ‘’carona paga’’ em qualquer lugar, simplesmente pelo acesso a um aplicativo, o que até passou a ser implementado e intensificado entre os taxistas, mas não com o mesmo apelo.
Então, não sobrou muita coisa para os motoristas de táxis a não ser se adaptar à nova realidade, baratear os serviços em alguns casos e em outros até migrar para plataformas modernas.
Ápice da Uber e crescimento de outros serviços de app
Se hoje a Uber é extremamente popular entre passageiros e motoristas Brasil afora, o momento de crescimento máximo dessa categoria se deu na pandemia do Coronavírus.
Foi nessa época que muitas pessoas, sem emprego e/ou sem renda, se viram na necessidade de apostar em uma nova jornada e a ocupação como motorista por aplicativo casou perfeitamente com isso.
Dessa forma, não só a Uber, como outras empresas de serviço de transporte por aplicativo, ganharam força nas atividades de deslocamento, colocando os taxistas cada vez mais com utilidades específicas.
Por outro lado, a ascensão das empresas de transporte por aplicativo jogou luz sobre um tema corriqueiro no Brasil: a violência.
Obviamente, eventos trágicos ocorreram ao longo da história com taxistas, porém, a alta adesão (em alguns casos, por filtros polêmicos de empresas) gerou a sensação nos noticiários policiais, que a violência, seja por supostos motoristas ou passageiros, se tornou mais volumosa.
Um dos motivos para os repetidos incidentes, para muitos, foi, até então, a precariedade de verificação de segurança ao aceitar tanto motoristas como passageiros nas mais distintas plataformas.
O que muda com a nova PL
Caso seja aprovado, o Projeto de Lei que regulamenta o trabalho dos motoristas de aplicativo irá definir condições para o recebimento mínimo da classe.
Entre os pontos principais para regulamentação, estão:
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Pagamento mínimo das empresas de R$ 32,09 por hora de trabalho
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Jornada máxima diária de 12 horas em uma empresa
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Contribuições mensais de 7,5% ao INSS
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Criação da categoria de trabalho denominada “tralhador autônomo por plataforma“.
O valor de recebimento por hora foi calculado para ficar de acordo com o salário mínimo atual (R$ 1.412), mas também leva em conta os custos fixos desses profissionais.
Além disso, o motorista de aplicativo poderá atuar em mais de uma plataforma, se assim optar.
Vale lembrar que os taxistas já possuem o serviço regulamentado pela Lei º 6.094, de 30 de agosto de 1974.
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Jornalista com maior experiência profissional no setor automotivo. Atualmente redator do Grupo Gridmidia com foco no portal Garagem360. Temas como: mobilidade, serviços e setor de caminhões estão entre as preferências.