Testamos: Hyundai Creta Smart Plus 2021 agrada ao volante e tem bom custo-benefício

Vendido no Brasil desde 2017, o Hyundai Creta já é um veterano no mercado. Mesmo assim, o modelo segue sendo um dos mais procurados pelos consumidores dos SUVs compactos. De acordo com os dados de novembro da Fenabrave, o modelo é o terceiro mais vendido do segmento, perdendo apenas para Jeep Renegade e Chevrolet Tracker.

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E para manter as vendas aquecidas, a Hyundai apostou na versão Smart Plus como uma das principais novidades da linha 2021 do utilitário. Equipada com o motor 1.6 e câmbio automático de seis marchas, a configuração é a uma das mais completas com esse conjunto mecânico e tem preço sugerido de R$ 93.990. Para conhecê-la melhor, o Garagem360 testou o modelo por uma semana e teve uma impressão positiva.

Hyundai Creta Smart Plus: no uso

Por mais que não possa ser considerado barato, afinal é um carro de quase R$ 100 mil, esta versão está dentro da realidade do segmento. Há até concorrentes que cobram bem mais por configurações de entrada, como o Honda HR-V LX, que não sai por menos de R$ 105.100. No caso do Creta, ao menos o consumidor leva para a garagem um dos modelos mais completos com o motor 1.6 da gama. E a lista de equipamentos da versão Smart Plus agrada. Ele traz de série bons itens, como o ar-condicionado digital, sistema de som com multimídia de sete polegadas com Android Auto e Apple Car Play e os detalhes em couro nos bancos e no revestimento do volante.

Além da boa lista de equipamentos, o Creta agrada pelo bom espaço interno e pela experiência de condução. Os 130 cv do motor sofrem um pouco para embalar o SUV, mas o carro compensa essa vagareza com uma excelente posição de dirigir e um rodar semelhante ao de um hatch. O acerto de suspensão é bom, mantendo a suspensão firme em curvas e em alta velocidade, mas sem ser desconfortável ao enfrentar buracos e imperfeições do solo. Já a direção, que utiliza um sistema de assistência elétrico, é direto e tem bom peso, transmitindo segurança em rodovias e sendo leve o suficiente na hora de realizar uma manobra na cidade.

Desempenho

Como já dito, o motor 1.6 sofre um pouco para levar os 1.359 kg do Creta, principalmente em arrancadas e subidas. Se o carro estiver carregado, melhor ter ainda mais paciência. Porém, depois que embala, o carro melhora e dá conta do recado. Se performance for um fator essencial, o ideal é investir um pouco mais e optar pela versão 2.0 – que foi avaliada no ano passado. O desempenho realmente é melhor com o motor maior e o consumo não chega a ser tão diferente. Testado com etanol, o modelo 1.6 fez 6 km/l de média, enquanto que o 2.0 faz 6,9 km/l na cidade, segundo a classificação do Inmetro. Uma opção para a Hyundai é adotar o motor 1.0 turbo do HB20. Embora seja menos potente (tem 120 cv), ele entrega mais torque em baixa rotação, o que poderia melhorar a agilidade do SUV.

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Entretanto, embora não seja uma referência em desempenho, o Creta com motor de 1,6 litro consegue se sair bem no uso urbano. Ele vai em todos os lugares, faz tudo que o modelo mais potente consegue fazer, só leva um pouco mais de tempo.

Hora da compra

Por mais que deixe um pouco a desejar no desempenho, o Creta Smart Plus entrega um bom nível de equipamentos pelo preço cobrado. Ficaria ainda mais atraente com um motor mais potente, saída de ar e porta USB na traseira, ou se tivesse mais airbags – só há os dois frontais obrigatórios por lei. Porém, pelos itens da versão e pela boa dirigibilidade, o modelo precisa ser considerado pelo consumidor que busca um SUV compacto.

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Hyundai Creta Smart Plus 1.6 

Motorização: 1,6l 16 válvulas 130 cv/123 cv a 6 mil RPM (etanol/gasolina)

Torque máximo líquido: 16,5 kgfm/16 kgfm a 4.500 RPM (etanol/gasolina)

Transmissão: automática de seis marchas

Dimensões: 4,29 m x 1,78 m x 1,63 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,59 m

Peso em ordem de marcha: 1.359 kg

Tanque de combustível: 55 L

Consumo: 7,1 km/l (cidade)/ 8,2 km/l (estrada) com etanol (Conpet/Inmetro)

Porta-malas: 431 L

Preço: R$ 93.990 (R$ 95.490 – como o testado)

Pontos positivos: dirigibilidade, espaço interno e equipamentos

Pontos negativos: falta de desempenho, consumo e ausência de porta USB na traseira

Nota: 6,1

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Leo Alves
Leo AlvesJornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.
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