Placas Mercosul realmente são seguras? Especialista responde

Uma das principais vantagens apresentadas durante a implementação das placas do Mercosul foi a maior segurança para evitar falsificações. Mas as placas do Mercosul realmente são seguras? Não para o Dr. Gleibe Pretti, da Jus Expert. 

Placas do Mercosul realmente são seguras? Foto: Polícia Civil
Placas do Mercosul realmente são seguras? Foto: Polícia Civil

 

Placas Mercosul realmente são seguras?

Segundo o especialista, com as atualizações realizadas pelos órgãos responsáveis, o sistema de segurança delas ficou mais frágil e as possibilidades de crimes de fraude aumentaram. 

Ele cita a nova versão da carteira de identidade, que passa por constante evolução em sua mecânica de defesa, facilitando a identificação de fraudes e falsificações. 

No entanto, os novos modelos de placas estabelecidos em 2018 já apresentaram modificações para baratear os custos. A primeira delas foi feita pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e alterou suas travas de segurança. 

Na ocasião, o lacre de segurança foi substituído pelo QR Code, com a premissa de que seria mais fácil de cadastrar e identificar o veículo.

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Placas do Mercosul ficaram mais fáceis de clonar?

“As falhas de segurança causadas pelas mudanças nas resoluções do Contran trouxeram muita dor de cabeça para os donos de veículos e para quem precisa identificar onde está o original. É compreensível que haja o desejo de mudanças e de diminuição nos custos, mas a segurança não pode ser ignorada pelos órgãos públicos”, ressalta o Dr. Gleibe Pretti.

Dessa forma, como os casos envolvendo documentos, o profissional responsável pela avaliação/ verificação da autenticidade de uma placa equivale a um profissional da documentoscopia. Nesse sentido, o perito automotivo vai estudar os dispositivos de defesa e se há placas iguais no país. 

Ocorre que não só o QR Code, como também dados de origem da placa (país, estado e cidade), foram retirados com o passar do tempo e de novas resoluções anunciadas no DOU.

 “É importante frisar que, caso alguém queira seguir a área da perícia judicial, seja para o lado da documentoscopia ou para placas veiculares, não há a necessidade de uma formação em direito, ou qualquer outra graduação. Para os interessados, ao contrário do senso comum, será preciso, somente, uma formação técnica. Após isso, o profissional poderá exercer sua função em tribunais ou de forma particular. , como explica Gleibe Pretti.

Para situações que envolvam clonagem ou geração de “carros dublê”, as futuras atualizações devem trazer ferramentas que dificultem os golpes e facilitem o trabalho de peritos e agentes de segurança. 

Além disso, precisam trazer mais confiança ao comprador, pois este não possui o conhecimento necessário para evitar a confusão causada pela fraude.

 

Robson QuirinoSou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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