Greve na GM: Metalúrgicos retornam ao trabalho
Entenda as questões envolvendo a greve da GM e veja o que ficou decidido para os trabalhadores. Fique por dentro!
A greve da GM (General Motors) realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos acabou de ganhar mais um capítulo. Dessa vez, o Sindicato autorizou a suspensão da greve após as negociações realizadas com a GM.
Desde o início da greve, foram diversas tentativas de negociação, entretanto, as propostas sugeridas pela General Motors não foram bem recebidas, pelo menos não até o momento que antecedeu a suspensão da greve.
Entenda o que resultou na greve do Sindicato dos Metalúrgicos da GM
O mês de outubro foi um tanto quanto turbulento para boa parte dos trabalhadores da GM. Isso porque a montadora anunciou centenas de demissões, encerrando o vínculo com cerca de 1,2 mil funcionários. A situação não foi nada bem recebida pelos funcionários da empresa.
Por esse motivo, os trabalhadores da General Motors anunciaram uma greve por tempo indeterminado. O objetivo era que a montadora voltasse atrás da decisão, afinal, o alto número de funcionários mandados embora resultou em uma demissão em massa.
A união dos trabalhadores foi fundamental para o processo de negociação. Isso porque as fábricas que contaram com demissões tiveram a produção suspensa em decorrência da ausência do trabalho prestado pelos funcionários.
Após o período de negociações, uma nova determinação da Justiça do Trabalho alterou a decisão tomada pela montadora. Foi justamente essa determinação que fez com que a greve fosse suspensa. O acordo fez parte de uma discussão (terça, 07), e garante algumas mudanças para os trabalhadores.
Justiça do trabalho determina o cancelamento das demissões
De acordo com as informações do Sindicato dos Metalúrgicos, o corte em massa foi direcionado para as fábricas de São José dos Campos, São Caetano e Mogi das Cruzes, em São Paulo. As demissões foram anunciadas durante o dia 21 de outubro.
Após longos dias na busca por um acordo, a montadora informou ao Sindicato que iria acatar a determinação da Justiça do Trabalho. Essa decisão implica a reintegração dos funcionários que foram demitidos.
Na segunda-feira (06), os trabalhadores receberam um comunicado informando sobre o reestabelecimento do contrato. Segundo as menções, o contrato de trabalho foi reestabelecido a partir do dia 23 de outubro.
“Nos próximos dias, a empresa enviará novas orientações. Por favor, aguarde.”, informou o comunicado digital.
O que ficou decidido na negociação
As tentativas de negociação estavam a todo vapor nos últimos dias. Entretanto, o Sindicato informou que a montadora estava insistindo em descontar os dias de greve, e por isso, a possibilidade de avanço do acordo estava totalmente travada.
Em uma nova decisão, o Sindicato informa que condiciona o fim temporário da paralisação. Isto é, caso algum novo problema surja, é possível que a paralisação volte a acontecer. O mesmo poderá acontecer caso a empresa não cumpra o acordo aprovado.
Apesar da suspensão da paralisação, as negociações deverão continuar. Agora, o objetivo é discutir nos próximos dias novas alternativas para evitar demissões futuras. Para isso, o Sindicato formou uma comissão de sete trabalhadores.
Essa comissão foi aprovada em uma assembleia. Ou seja, a partir de agora, os sete trabalhadores poderão acompanhar as reuniões. O objetivo é evitar possíveis problemas futuros e possibilitar que os funcionários possam contar com a transparência das informações discutidas mediante às negociações.
Luta é considerada histórica para trabalhadores
A greve realizada pelo Sindicato foi considerada uma luta extremamente importante para a categoria metalúrgica. Isso porque a paralisação contou com mais de 12 mil trabalhadores que se comprometeram em ir em busca do reestabelecimento dos contratos dos funcionários da GM.
Todos os 12 mil trabalhadores fazem parte da GM do Estado de São Paulo. Além disso, a paralisação fez com que a produção dos veículos fosse 100% paralisada em todas as respectivas fábricas que abrangem os trabalhadores em paralisação.
O resultado da greve foi surpreendente, afinal, resultou no cancelamento de 1.244 demissões. É importante destacar que a batalha também para os tribunais, através das ações movidas pelo próprio Sindicato, solicitando a reintegração dos funcionários demitidos.
“A conquista do pagamento dos dias parados e do cancelamento das demissões foi fruto dessa grande luta, que uniu os trabalhadores das três fábricas e mostrou nossa força. Mas não vamos baixar a guarda: em qualquer movimento da empresa no sentido de colocar em risco empregos e direitos, a greve será retomada”, afirmou Valmir Mariano, vice-presidente do Sindicato.
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