Após quase seis semanas, a General Motors, enfim, entrou em acordo para encerrar a greve dos trabalhadores nos Estados Unidos. Para isso, a empresa terá que desembolsar cerca de US$ 9,3 bilhões (cerca de R$ 45 bilhões).
Essa quantia foi definida após os novos acordos de trabalho e aumentos salariais, negociados com UAW e o Canadian Unifor, sindicatos da categoria.
Acordos firmados na negociação
-
Aumento salarial de 25%
-
Estabilidade no emprego assegurada
Esse último, aliás, envolve os funcionários sindicalizados para a produção de carros elétricos.
Na prática, trata-se de um gasto extra de quase US$ 575 (R$ 2.800 em conversão direta) por automóvel, durante a vigência do contrato, que é válido até 2028.
O que diz a montadora?
Em comunicado oficial, divulgado à imprensa, a CEO Mary Barra explica que:
“Estamos finalizando um orçamento para 2024 que compensará totalmente os custos incrementais de nossos novos acordos trabalhistas e o plano de longo prazo que estamos executando inclui a redução da intensidade de capital do negócio, o desenvolvimento de produtos de forma ainda mais eficiente e a redução ainda maior de nossos recursos fixos e custos variáveis”
A executiva ainda completa:
“Com este caminho claro a seguir e o nosso forte balanço, devolveremos um capital significativo aos acionistas”
O objetivo da empresa americana é:
-
Recomprar e retirar, o quanto antes, US$ 6,8 bilhões que estão acoplados em suas ações ordinárias
-
Isso será feito por meio de programa de recompra de US$ 10 bilhões
-
Já o restante do valor será retirado até 2024
Ademais, a companhia anunciou:
-
Crescimento de de 33% em seus dividendos em ações ordinárias
-
Trata-se de um salto de 9 centavos, a cada três meses, para 12 centavos
-
A ideia é que a modificação seja implantada logo no começo do próximo ano.
Leia também: Essa categoria de carros está MORRENDO no mercado brasileiro
Entenda o histórico da greve na indústria automotiva
-
Período: 6 semanas
-
Contexto: uma das maiores greves da indústria automotiva nos Estados Unidos
-
Total de participantes: 45 mil trabalhadores
-
Montadoras que os participantes da greve trabalham: GM, Ford e Stellantis
-
Número de fábricas afetadas: 7
-
Número de centros de distribuição de peças afetados: 38
-
Regiões afetadas: 22 estados norte-americanos
GM também sofreu com greve no Brasil
Conforme noticiado pelo Garagem360, trabalhadores da GM anunciaram, em outubro deste ano, uma greve devido ao alto número de demissões promovidos pela montadora.
Naquele período, o Sindicato dos Metalúrgicos havia informado que a empresa demitiu funcionários, em massa, das fábricas de São José dos Campos, São Caetano e Mogi das Cruzes, em São Paulo. Após longos dias de negociação, a montadora acatou os pedidos dos brasileiros.
Aproveite para conferir: Toyota, GM e Volkswagen se juntam em movimento contra dona da Fiat e Jeep