Clássicos do Enganação: Quando as Montadoras Fizeram o Brasileiro de “Besta”

Relembre os casos mais polêmicos em que montadoras de carros no Brasil enganaram os consumidores com promessas vazias, produtos inadequados e práticas abusivas.

Não é de hoje que as montadoras de carros no Brasil são alvo de críticas por parte dos consumidores. Ao longo dos anos, o mercado nacional se tornou palco de decisões polêmicas, que vão desde a venda de produtos obsoletos e caros até ações consideradas fraudulentas. Essas práticas, muitas vezes, colocam o consumidor em uma posição de desvantagem, gerando desconfiança e frustração.

Quando as Montadoras Fizeram o Brasileiro de “Besta”

Reunimos alguns casos emblemáticos que mostram a falta de respeito e a “má vontade” com o consumidor brasileiro.

1. Hyundai Veloster: o “esportivo” com coração de HB20

Um dos casos mais famosos de decepção no mercado automotivo brasileiro é o do Hyundai Veloster. Lançado com um design futurista e agressivo, o modelo era vendido como um “esportivo” com a promessa de um desempenho superior.

A frustração, no entanto, veio quando se descobriu que o motor era o mesmo 1.6 de 128 cavalos do HB20, um carro popular e muito mais barato. A expectativa de um motor mais potente, como a versão turbo disponível nos EUA, foi por água abaixo. O resultado foi um carro que custava caro, tinha uma aparência esportiva, mas oferecia um desempenho mediano, levando muitos consumidores a se sentirem enganados.

Hyundai Veloster – Foto: Divulgação

 

2. Jeep Renegade 1.8 E.torQ: o motor que não “casou”

O lançamento do Jeep Renegade no Brasil foi um sucesso de vendas. No entanto, o motor 1.8 E.torQ, herdado da Fiat, logo se tornou um ponto de grande insatisfação.

O conjunto, que já não era ideal para um carro do porte e peso do Renegade, se mostrou ineficiente, com alto consumo de combustível e um desempenho decepcionante, especialmente em subidas e retomadas. A situação foi corrigida anos depois, com a adoção do motor 1.3 turbo, mas a má vontade de lançar o modelo com uma motorização adequada custou caro aos primeiros proprietários, que enfrentaram uma alta desvalorização do veículo.

3. Volkswagen ID.Buzz: a “Kombi do Futuro” com preço de luxo

A Volkswagen trouxe a Kombi elétrica, o ID.Buzz, ao Brasil, mas não para venda. O modelo, que resgata a nostalgia da icônica Kombi com um toque moderno e elétrico, foi oferecido apenas por meio de assinatura, com mensalidades que podiam chegar a R$ 10.000 ou mais.

A estratégia, vista como uma forma de testar o mercado e gerar buzz sem se comprometer com a venda, foi criticada por tornar o veículo inacessível para a maioria dos brasileiros. O valor da assinatura é comparável ao de um carro de luxo, o que demonstra uma desconexão da realidade do consumidor local.

ID.Buzz - Foto: divulgação
ID.Buzz – Foto: divulgação

4. Fiat Tipo: o “incendiário” que deu trabalho para a justiça

Embora seja um caso antigo, o Fiat Tipo ainda é lembrado como um exemplo de falha grave de produto e pós-venda. O carro, que chegou ao Brasil nos anos 90, ficou famoso por um problema de mangueira de combustível, que podia causar incêndios espontâneos.

A montadora, em um primeiro momento, evitou realizar um recall massivo, o que gerou uma longa batalha judicial. O caso serviu como um triste lembrete de como a má vontade de uma empresa em reconhecer e corrigir um defeito pode colocar a vida de seus clientes em risco.

Qual desses casos mais te indignou? Qual outro exemplo você incluiria nessa lista? Deixe sua opinião nos comentários!

 

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Robson Quirino
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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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