Carro elétrico por menos de R$ 50 mil? Chinesa promete o veículo mais barato do Brasil em 2026
Carro zero por menos de R$ 50 mil? Chinesa Aima prepara lançamento de elétrico para março de 2026 com velocidade limitada a 45 km/h
O sonho do carro elétrico abaixo dos R$ 50 mil pode se tornar realidade em 2026, mas ele vem com “letras miúdas” importantes. A chinesa Aima, conhecida por suas motos elétricas, quer lançar o A05, um minicarro que promete custar menos que um Fiat Mobi usado, mas que não pode pegar a estrada.
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Existe carro elétrico por menos de R$ 50 mil?
A Aima, que atua no Brasil desde 2018 com bicicletas e triciclos, quer dar um salto ousado. A meta é vender o veículo elétrico mais barato do país, posicionado entre R$ 47.000 e R$ 49.000. Para efeito de comparação, isso é o preço de uma moto de média cilindrada.
A ideia é atacar o mercado de scooters elétricas, oferecendo um teto sobre a cabeça e espaço para até três ocupantes (apertados, é verdade) em um veículo de apenas 2,61 metros de comprimento.
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O grande entrave: velocidade de “tartaruga”
Porém, antes de se animar com o preço, você precisa saber da limitação técnica. O Aima A05 tem velocidade máxima limitada a 45 km/h. Isso cria um problema legal imediato no Brasil, porque:
- O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) proíbe veículos que não alcancem pelo menos a metade da velocidade máxima da via. Ou seja, em uma rodovia de 100 km/h, o mínimo é 50 km/h. O A05 não chega lá.
- Ou seja, ele seria restrito a bairros e ruas de baixa velocidade, funcionando mais como um quadriciclo fechado do que como um automóvel tradicional.
Como é o carro elétrico de R$ 50 mil da Aima?
O conjunto mecânico é modesto, focado exclusivamente no deslocamento curto (“última milha”). Veja algumas especificações técnicas:
- Motor: elétrico traseiro de apenas 4,4 cv
- Bateria: lítio de 7,2 kWh
- Autonomia: entre 55 e 60 km (suficiente apenas para ir e voltar do trabalho perto de casa)
- Recarga: o ponto fraco. Sem carregamento rápido, ele exige entre 8 e 10 horas na tomada convencional para encher a bateria.
Além disso, as rodas são minúsculas (aro 12) e o carro não possui Airbags ou freios ABS, o que travou a homologação do seu rival direto, o Citroën Ami, por aqui.
O que diz a legislação brasileira?
Para ser emplacado, o Aima A05 (assim como o Ami) precisaria de uma exceção na lei brasileira ou ser enquadrado como quadriciclo, o que exige habilitação mas não entrega a segurança de um carro.
A marca compara a iniciativa aos “Kei cars“ japoneses (como o Honda N-BOX), que democratizaram o acesso ao carro no Japão. Porém, há uma diferença brutal: os Kei cars japoneses chegam a 144 km/h e possuem 64 cv, sendo veículos funcionais para qualquer via, diferente da proposta chinesa.
A Aima aposta na sua rede de 17 lojas próprias e 45 multimarcas para convencer o brasileiro de que, para andar no trânsito engarrafado, 45 km/h é suficiente.
Por R$ 47 mil, você compraria esse minicarro, sabendo que ele não passa de 45 km/h, ou prefere continuar com um carro usado a combustão? Comente abaixo!
Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fiz da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.


