Alerta de Golpe! ANP investiga postos e encontra combustível irregular

Durante fiscalização em diversos postos em 14 Estados brasileiros, a ANP constatou a venda de combustível irregular em 12 deles. Veja balanço.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) deflagrou, na semana passada, uma ação de fiscalização em postos e distribuidoras de combustível líquido e GLP (gás de cozinha) em 14 unidades da Federação. Foram encontradas irregularidades em equipamentos e na composição dos combustíveis em quase todas as localidades. Mato Grosso e Distrito Federal foram exceções, e não apresentaram combustível irregular.  

Veja o balanço da operação da ANP sobre combustível irregular em cada Estado

A ação foi realizada entre os dias 22 e 25 de maio, depois, portanto, da mudança na política de preços da Petrobras, anunciada no último dia 16 de maio. A ANP com o apoio do Procon e de outros órgãos de defesa do consumidor. 

A ação de fiscalização fez parte do Mutirão Nacional do Preço Justo dos Combustíveis, iniciativa da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon). Também houve participação de órgãos públicos estaduais, como a Polícia Civil de São Paulo, o Instituto de Pesos e Medidas do Paraná (Ipem-PR) e a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor de Goiás (Decon-GO).

Alerta de Golpe! ANP investiga postos e encontra combustível irregular

Postos e distribuidoras cometem irregularidades variadas, em prejuízo do consumidor (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os estabelecimentos autuados pela ANP estão sujeitos a multas que podem chegar a R$ 5 milhões. A agência ressalta que o consumidor que se deparar com combustível irregular deve fazer uma denúncia diretamente pelo site da instituição ou pelo telefone 0800-970-0267 (ligação gratuita).

Confira os problemas encontrados:

  • Goiás – No Estado, os agentes da ANP estiveram em 31 municípios. Foram analisadas a qualidade e a quantidade dos combustíveis oferecidos nas bombas medidoras. Entre os problemas encontrados, destaque para um posto de Itumbiara que vendia combustível com teor alcoólico e massa diferentes do padrão exigido. Em Goianira, foram apreendidos 4,4 litros de óleos lubrificantes sem registro na ANP. E em Jataí, houve interdição e apreensão de um tanque de 23 mil litros de etanol. A empresa produtora de biodiesel foi autuada por exercer a atividade sem autorização da ANP.
  • Amazonas –  Também foram escolhidos 11 postos de combustíveis, além de um revendedor na navegação interior (TRRNI) e seis distribuidores. Em Itapiranga, um posto estava com a medida-padrão de 20 litros defeituoso.
  • Pará – Foram fiscalizados 11 postos de combustíveis nos municípios de Igarapé-Mirim, Cametá e Barcarena. Dois postos foram autuados pela falta de equipamentos para analisar a qualidade dos combustíveis, teste que pode ser exigido pelo consumidor.
  • Alagoas – Foram 13 postos de combustíveis vistoriados nas cidades de Cajueiro, Capela, Ibateguara, Chã Preta, Santana do Mundaú e Viçosa. Em Cajueiro, havia irregularidades no painel de preços e nos equipamentos. Em Santana do Mundaú, um posto foi autuado por ausência de instrumento para análise da qualidade.
  • Bahia – Fiscalização em 38 postos de combustíveis das cidades de Bom Jesus da Lapa, Correntina, Riacho de Santana, Salvador, Santa Maria da Vitória e São Félix do Coribe. Em Bom Jesus da Lapa, Santa Maria da Vitória e São Félix do Coribe, nove postos foram autuados por não seguir normas de segurança, bombas abastecedoras irregulares e não prestar informações fundamentais aos consumidores.
  • Ceará – Dez agentes econômicos, entre distribuidoras de combustível de aviação, distribuidoras de combustíveis, postos de combustíveis e revendas de GLP foram fiscalizados. Em Fortaleza, um posto comercializava etanol fora das especificações.
  • Paraná –  Ações da ANP aconteceram em 17 postos e em uma distribuidora de combustíveis nas cidades de Campo Mourão, Cianorte, Curitiba e Maringá.  Em Curitiba, um posto foi autuado por ter termodensímetro (equipamento acoplado à bomba de etanol para verificar aspectos de qualidade) com defeito.
  • Rio Grande do Sul –  Os fiscais estiveram em 20 postos de combustíveis, três revendas de GLP, um distribuidor de GLP, dois transportadores-revendedores retalhistas (TRRs) e um distribuidor de combustíveis das cidades de Carazinho, Marau, Passo Fundo, Progresso e Porto Alegre. Em Porto Alegre, oito postos foram autuados por más condições de conservação da bomba e pela falta de equipamentos obrigatórios de medição e análise de combustível.
  • Santa Catarina – Dez postos foram vistoriados e duas empresas de revenda de GLP nas cidades de Campo Alegre, São Bento do Sul, Mafra e Rio Negrinho. Em Mafra, um posto comercializava produtos com irregularidades no volume.
  • Minas Gerais –  A fiscalização aconteceu nos municípios Belo Horizonte, Betim, Contagem, Igarapé, Santa Luzia, São José da Lapa e Vespasiano, Águas Formosas, Araxá, Ataléia, Crisólita, Ibiá, Novo Oriente de Minas, Pavão, Pratinha, Santa Juliana e Teófilo Otoni. No total, 91 estabelecimentos foram analisados. Em Belo Horizonte, um posto foi autuado por não funcionar no horário mínimo exigido pela legislação. Na capital, em Betim, Contagem e Santa Luzia, cinco postos foram autuados por irregularidades no painel dos preços dos combustíveis.
  • Rio de Janeiro –  Foram vistoriados 29 agentes econômicos, entre postos de combustíveis, revendas de GLP, produtores de biodiesel, distribuidores de combustíveis líquidos e distribuidores de GLP. Os municípios foram Duque de Caxias, Volta Redonda, Rio de Janeiro, Barra Mansa, São João de Meriti, Resende e Cabo Frio. Em Duque de Caxias, um posto teve bicos de etanol hidratado interditados por causa de irregularidades.
  • São Paulo –  Vistorias aconteceram em 43 estabelecimentos das cidades de Americana, Barretos, Cajamar, Olímpia, Poá, Santo André, São Paulo e Taboão da Serra. Na capital, um posto foi autuado por romper lacres e remover de faixas de interdição anterior. Em Santo André, um posto teve 14 bicos e quatro tanques interditados por comercializar gasolina comum e etanol hidratado comum fora das especificações obrigatórias.

Com informações da Agência Brasil.

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Paulo Silveira Lima
Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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