VW Fusca deixou de ser fabricado há 25 anos; relembre a história do modelo ‘Itamar’

VW Fusca encerrava sua história há 25 anos. No entanto, trata-se de uma vida após a morte, já que ele retornou em 1993. Relembre.

O VW Fusca é um dos carros mais emblemáticos da história. E o último capítulo do modelo produzido no Brasil foi finalizado há 25 anos. Em 28 de junho de 1996, a fábrica de São Bernardo do Campo (SP) da Volkswagen produziu os últimos exemplares do besouro.

E para homenagear este momento, vale a pena relembrar como foi essa última fase do carro, que ficou eternizado como “Fusca Itamar”.

VW Fusca

Relembre a história da fase Itamar do carro |Foto: Divulgação/VW

VW Fusca: a volta do que foi

A última parte da história do VW Fusca no mercado brasileiro começou em 1993. Entretanto, é preciso lembrar que nessa época o carro já havia sido tirado de linha.

Para quem não lembra, a Volkswagen aposentou o besouro pela primeira vez em 1986. Afinal, o projeto do carro já estava mais do que obsoleto, visto que o Fusca nasceu na Alemanha no fim dos anos 1930, chegou ao Brasil na década de 1950 e não mudou tanto assim ao longo desses anos todos.

Leia também: Conheça a história do VW Fusca que saiu do Brasil e acompanhou a Copa do Mundo de 2018

Dessa forma, era natural que em algum momento ele deixasse o mercado brasileiro. Até porque o VW Gol já era fabricado desde 1980 e foi criado para ser um sucessor do Fusca.

Por isso, quando ele saiu de linha em 1986, com direito a série especial de despedida, ninguém poderia imaginar que o carro voltaria pouco tempo depois.

Eis que surge o Itamar

Quando o presidente Fernando Collor foi deposto, em 1992, seu vice Itamar Franco assumiu o poder. Acontece que Itamar era um grande fã do Fusca, e em janeiro de 1993, logo no começo de seu governo, o presidente se reuniu com os líderes da Autolatina (que era a união da Volkswagen com a Ford e durou até 1996) para trazer o besouro de volta.

VW Fusca

Relembre a história da fase Itamar do carro |Foto: Divulgação/VW

A ideia de Itamar era que o brasileiro tivesse um carro barato no mercado, já que o País viva um período de hiperinflação. Para que isso fosse possível, o presidente do Brasil assinou o protocolo que inventou os carros populares.

Ele determinava que essa categoria pagaria menos IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que seria de apenas 0,1%. No entanto, os carros teriam que ter motor 1.0 e preço máximo de US$ 7 mil. Acontece que existia uma exceção: carros com motores de 1.600 cilindradas refrigerados a ar também pagariam menos imposto.

Com isso, a Volkswagen (ou Autolatina) se convenceu a trazer o Fusca de volta ao mercado. E assim, em 1993, o besouro mais famoso da história voltava a ser produzido. Por conta dessa influência do presidente Itamar Franco, essa última fase do VW Fusca foi conhecida como “Fusca Itamar”.

Último respiro

A volta do Fusca exigiu um investimento de US$ 30 milhões. Porém, a volta do carro não fez todo o sucesso que a Volkswagen imaginou. Até porque já existiam carros bem mais modernos.

Por isso, após apenas três anos da volta do VW Fusca, a Volkswagen preparou uma série de despedida – agora definitiva – para o carro. Assim surgiu a Série Ouro do Fusca, feita em 1996 para marcar o fim da produção do carro.

Foram feitas cerca de 1.500 unidades do Fusca Série Ouro, que utilizava alguns equipamentos diferentes, como o volante da segunda geração do Gol, bancos do Pointer GTI, faróis de neblina, desembaçador traseiro e painel de instrumentos com fundo branco.

E foi dessa forma que o VW Fusca se despediu do Brasil há 25 anos, saindo da linha de produção e entrando para a história da indústria automobilística do País.

VW Fusca

Relembre a história da fase Itamar do carro |Foto: Divulgação/VW

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Leo Alves
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Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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