Tiro no pé! Retorno do imposto de importação para carros elétricos é retrocesso, diz entidade

Para ABVE, imposto de importação para carros elétricos vai comprometer preços e decisão de montadoras de produzir no

Na última sexta-feira (10-11) a notícia do retorno do imposto de importação para carros elétricos e híbridos pegou de surpresa quem tem planos de comprar um eletrificado. 

A alíquota de 12% para híbridos e 20% para híbridos plug-in é vista como retrocesso pela ABVE (Associação Brasileira de Veículos elétricos. 

Entidade vê como retrocesso a volta do Imposto de importação para carros elétricos - Foto: Freepik

 

Entidade vê como retrocesso a volta do Imposto de importação para carros elétricos – Foto: Freepik

 

ABVE – Imposto de importação para carros elétricos é retrocesso

De acordo com a entidade, a medida só beneficia os carros movidos a combustível fóssil no curto prazo.

No médio, há “uma sombra de insegurança” sobre as montadoras interessadas em investir na produção de eletrificados no país, incluindo aquelas que anunciaram a produção nacional. 

“As medidas anunciadas hoje são muito ruins para a eletromobilidade” – disse o presidente da ABVE, Ricardo Bastos.

“Elas atendem principalmente ao lobby das associações que defendem os combustíveis fósseis, e não aos interesses dos consumidores e da sociedade brasileira, que apoiam um transporte moderno e não poluente”.

A associação ainda criticou o governo federal por anunciar a taxação antes da definição da política automotiva brasileira, já que a Medida Provisória sobre o novo programa Mobilidade Verde e Inovação-Mover não chegou ao Congresso. 

O programa vai substituir o Rota 2030 para o desenvolvimento tecnológico, a inovação, a eficiência energética da mobilidade no país. 

“O governo decidiu fechar o mercado às tecnologias de baixa emissão antes de as empresas saberem qual será a regra do jogo do futuro regime automotivo” – criticou Ricardo Bastos.

Barreiras para produção nacional 

Uma das justificativas do governo para o retorno dos impostos é a atração de investimentos e tecnologia nacional. No entanto, segundo Ricardo, os resultados serão ruins para os investidores, pois vai encarecer o preço dos carros elétricos. 

“Vai encarecer o preço dos veículos elétricos e híbridos no Brasil e afetará as decisões de investimento das empresas que apostavam em regras estáveis para produzir veículos elétricos em território nacional”, ressalta. 

Além disso, a ABVE acredita que a medida vai penalizar o desenvolvimento de tecnologias de baixa emissão de gases do efeito estufa, indo na contramão da tendência global de eletrificação da frota. 

BYD Dolphin (Foto: Divulgação)

 

A entidade ressalta que não é contra uma política de importação para induzir a produção local de eletrificados, porém a proposta anunciada conta com prazos muito curtos. O que pode trazer o efeito contrário do que foi proposto pelo governo, pois desestimula as empresas. 

Também há prejuízos a uma possível geração de empregos, assim como a renovação tecnológica da indústria automotiva brasileira.

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Robson Quirino
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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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