Testamos: renovado, Honda Fit EXL fica mais competitivo na linha 2018

A terceira geração do Honda Fit já havia sido avaliada pela equipe do Garagem360 em 2017. Na ocasião, o modelo agradou de maneira geral, porém foi enfatizado que o preço jogava contra a versão EXL, a mais completa. Acontece que ele foi remodelado logo após a avaliação e as mudanças, embora discretas, melhoraram significativamente o monovolume.

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Na linha 2018 o modelo de origem japonesa passou por um leve redesenho. Os para-choques ganharam mais volume, com o traseiro oferecendo mais proteção à porta da mala. Outro detalhe é que os faróis agora contam com luzes de iluminação diurna (DRL), enquanto que as lanternas passaram a ter luzes em LED em algumas versões.

Novamente o exemplar analisado foi um EXL. Mesmo estando cerca de R$ 2 mil mais caro que a versão 2017, agora a lista de série está mais condizente com o seu preço. Antes manual, agora o ar-condicionado é digital e automático. A central multimídia também é nova e com suporte para os sistemas Android Auto e Apple CarPlay.

O câmbio automático segue do tipo CVT, mas o motorista passou a ter as borboletas atrás do volante para a troca manual, que simula sete velocidades. O modelo também recebeu o assistente de partida em rampa, que impede que o veículo desça por alguns segundos ao partir da imobilidade em alguma ladeira, e é item de série em todas as versões. Os controles de tração e estabilidade também passaram a integrar a lista de toda a gama do Honda.

Vida a bordo

O Fit continua um carro gostoso de dirigir. A direção é leve e o câmbio automático flui bem com o conjunto mecânico. As borboletas são uma novidade interessante, já que possibilita mais liberdade de escolha para o condutor. Como todo carro familiar, seu acerto de suspensão é mais voltado para o conforto. Porém, não espere um veículo molenga. Ele se mantém sob controle mesmo em alta velocidade, graças a sua boa estabilidade.

O sistema Apple Car Play também agradou e funcionou muito bem durante os testes. Pode até parecer que não, mas ele realmente faz a diferença na vida dos motoristas que precisam estar sempre conectados.

O tamanho do modelo é um de seus principais triunfos. Ele é grande o suficiente para fazer uma viagem em família, mesmo carregando diversos tipos de objetos e malas. Ao mesmo tempo, é compacto o bastante para encarar o mar de carros e as vagas apertadas de metrópoles como São Paulo.

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Honda Fit EXL CVT

Motorização: 1,5l i-VTEC 16 válvulas 116 cv/115 cv a 6 mil RPM (etanol/gasolina)

Torque máximo líquido: 15,3 kgfm a 4.800 RPM/ 15,2 kgfm a 4.800 RPM (etanol/gasolina)

Transmissão: Automática CVT – simula até sete marchas por meio das borboletas

Dimensões: 4,09 m x 1,69 m x 1,53 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,53 m

Peso em ordem de marcha: 1.104 kg

Tanque de combustível: 45,7 L

Consumo: 6,7 km/l cidade/estrada com etanol (pelo computador de bordo)

Porta-malas: 363 L

Preço: R$ 80.900

Pontos positivos: amplo espaço interno, bons itens de série, dirigibilidade agradável, seis airbags

Pontos negativos: consumo razoável com etanol, preço segue um pouco elevado, posição de dirigir bem vertical

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Isso prova a grande versatilidade do compacto. Mesmo sendo um veículo pequeno – fica na casa dos 4 m de comprimento – seu espaço interno é suficiente para quatro adultos e uma criança viajarem sem apertos. Se precisar levar um objeto alto, como um vaso, basta levantar o assento traseiro. Se o problema é uma prancha de surf ou uma bicicleta, então rebata o banco do passageiro e uma parte do traseiro para surgir o espaço. Isso é possível graças ao sistema Ultra Seat, também presente no WR-V e no HR-V.

Outro ponto positivo da cabine é o acabamento interno. Conforme já foi observado em outros carros da Honda, ele é sóbrio, porém bem feito e sem passar a sensação de fragilidade. O único “porém” é para o uso de plásticos, que poderia ser menor em um carro de R$ 80 mil.

Vale a compra?

O Fit 2018 mudou pouco, mas foi para melhor. Ele segue como um dos queridinhos do mercado e briga praticamente sozinho em seu mundo, já que é até difícil determinar se é um hatch, uma minivan ou uma mistura dos dois.

Se o preço da versão mais completa segue alto, ao menos agora ele está mais equipado e com itens que realmente são úteis para o motorista. Os deslizes do modelo ficam por conta do consumo com etanol, que foi apenas razoável na avaliação – média de 6,7 km/l rodando a maior parte do tempo na cidade.

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A posição de dirigir também pode não agradar a todos, já que é bem vertical mesmo com o banco na configuração mais baixa. Entretanto, isso é algo particular e que varia conforme o gosto pessoal de cada condutor.

De modo geral, o banho de loja que o compacto familiar ganhou fez muito bem ao modelo. Isso mostra também que a Honda está atenta às mudanças do mercado, deixando um pouco de lado o perfil mais conservador da montadora.

Mesmo sem pretensões esportivas, o Fit é bom de guiar e entrega um bom pacote para quem estiver disposto a levar para casa a versão mais completa. Se a linha 2017 já agradava, a nova versão evoluiu discretamente, mas o necessário para torná-lo mais competitivo.

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