Testamos: Honda WR-V herda as qualidades do Fit – e tem mais altura em relação ao solo

Grande lançamento da Honda em 2017, o WR-V foi avaliado pela equipe do Garagem360, na versão EXL. Criado para ser uma espécie de SUV menor na linha da marca japonesa, o modelo é um derivado direto do Fit, tendo inclusive o mesmo comprimento que o hatch (4 metros). Isso faz com que os dois veículos sejam muito semelhantes, porém há algumas diferenças consideráveis.

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O novato é mais alto que o monovolume – 20 cm contra 14,7 cm – e isso influencia diretamente no comportamento do WR-V. Segundo a Honda, seu conjunto de suspensão é exclusivo e mais robusto que o do Fit. Por conta disso, é possível atacar com mais velocidade lombadas e buracos.

Essa maior altura do solo compromete um pouco a estabilidade em curvas de alta velocidade, por conta do centro de gravidade maior. Ainda assim o modelo consegue ser bastante estável.

Dentro de seu habitáculo é muito difícil não compará-lo ao hatch que o deu origem. Até mesmo o painel e mostradores são semelhantes. Sob o capô, o motor também é o mesmo 1.5 i-VTEC flex de 116 cv com etanol. O cambio automático também é o CVT sem opções de trocas manuais.

Na hora de acelerar vem a principal diferença. Por ser quase 100 kg mais pesado, o WR-V demora mais para embalar. Na estrada, ele é um pouco travado e suas retomadas são mais lentas que no Fit e City, por exemplo. Apesar disso, ele anda bem e seu consumo médio ficou na casa dos 8,5 km/l com o combustível de origem vegetal.

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Honda WR-V EXL CVT

Motorização: 1.5l i-VTEC 16 válvulas 116 cv/115 cv (etanol/gasolina) FlexOne

Torque máximo líquido: 15,3 kgfm a 4.800 rpm/15,2 kgfm  a 4.800 rpm (etanol/gasolina)

Transmissão: Automática continuamente variável (CVT)

Dimensões: 4 m x 1,73 m x 1,59 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,55 m  

Peso em ordem de marcha: 1.130 kg

Tanque de combustível: 45,3 L

Porta-malas: 363 L

Preço: R$ 83.400

Pontos positivos: seis airbags, bom aproveitamento do espaço interno, encara bem buracos e obstáculos urbanos

Pontos negativos: poderia ter ar-condicionado digital, preço compete com o HR-V, motor um pouco amarrado por seu peso

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Design agradável

Embora a traseira seja o ponto de maior críticas do crossover, o desenho em geral agrada. É louvável o esforço da Honda em afastá-lo do Fit. Mesmo com a lateral idêntica nos dois modelos, a frente é bem mais robusta e alta. As lanternas traseiras causam estranheza no começo, mas é fácil se acostumar com elas.

O acabamento interno também traz alguns elementos exclusivos. O tecido dos bancos e dos detalhes das portas foram criados especialmente para este carro. Mas quem gosta do revestimento em couro nos assentos terá que procurar alguma loja especializada. Isso porque a montadora não oferece o item nem como opcional.

Mercado

De fato, WR-V e Fit são muito semelhantes. Ele herda todas as características que consagraram o hatch, como a boa dirigibilidade, ótimo aproveitamento interno – incluindo o sistema ULT – e bom acabamento. A estratégia da fabricante é encontrar um nicho abaixo do HR-V, e que pelo número de vendas, parece ter dado certo.

Quem busca um carro espaçoso e que encare melhor os buracos das estradas brasileiras, pode considerar o modelo. Ele é um Honda no melhor sentido da palavra: agradável de dirigir, confortável, com o painel e demais equipamentos fáceis de mexer.

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