Testamos: Honda WR-V EXL 2019 tem dirigibilidade exemplar, mas ainda peca nos equipamentos

O Honda WR-V EXL 2019 ficou mais completo que o primeiro modelo avaliado pelo Garagem360. A novidades incluem bancos em couro, uma nova central multimídia e ar-condicionado digital. Nos testes realizados pela reportagem, o veículo se mostrou mais maduro, embora ainda deva alguns itens – como a falta de controle de estabilidade.

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Embora tente se passar por um SUV, é inegável o parentesco entre Fit e WR-V. A genética de ambos pode ser vista no desenho lateral, design interno e até mesmo na versatilidade dos bancos. Assim como no hatch, o sistema Magic Seat também faz parte dos equipamentos do crossover, o que é um ponto positivo. É fácil ampliar os 363l de porta-malas com o rebatimento dos bancos, que podem ser configurados para transportar até mesmo uma bicicleta ou uma prancha de surf na cabine.

Honda WR-V EXL 2019: vida a bordo

O espaço também é bom para quatro adultos – um quinto passageiro pode sofrer um pouco com o espaço para os ombros e para a cabeça. Mesmo com um motorista alto, quem vai atrás não fica com a perna apertada. Todos os bancos são confortáveis e abraçam bem o corpo. O condutor não fica cansado ao dirigir o modelo por algumas horas, mesmo no péssimo trânsito de São Paulo.

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Honda WR-V EXL CVT

Motorização: 1.5l i-VTEC 16 válvulas 116 cv/115 cv (etanol/gasolina) FlexOne

Torque máximo líquido: 15,3 kgfm a 4.800 rpm/15,2 kgfm a 4.800 rpm (etanol/gasolina)

Transmissão: Automática continuamente variável (CVT)

Dimensões: 4 m x 1,73 m x 1,59 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,55 m

Peso em ordem de marcha: 1.130 kg

Tanque de combustível: 45,3 L

Consumo médio: 9,1 km/l com gasolina (pelo computador de bordo)

Porta-malas: 363 L

Preço: R$ 83.400

Pontos positivos: interior versátil, boa dirigibilidade, novos equipamentos fizeram bem

Pontos negativos: ainda deve alguns itens de série, preço alto e que o aproxima do HR-V

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O WR-V mostra suas principais qualidades ao volante. Se os 116 cv do motor 1,5l i-VTEC flex parece ser pouco no papel, na prática a história é outra. O propulsor embala bem e demonstra agilidade em ultrapassagens e retomadas. Ao contrário do Fit, o câmbio automático CVT não conta com borboletas para as trocas manuais. A ausência não é tão sentida, já que ele casa bem com o motor e não compromete o desempenho. Seu consumo também é bom, encerrando o teste com 9,1 km/l de média, com gasolina. Em uma viagem entre Santo André, região metropolitana de São Paulo, e Santos, ele fez 12,4 km/l com o combustível fóssil.

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A suspensão é outro ponto que merece destaque. Segundo a Honda, ela é exclusiva para o modelo, sendo mais robusta que a utilizada no Fit, por exemplo. Seu acerto é exemplar, fazendo com que o modelo encare curvas sem medo. Ela não permite que a carroceria se incline demais, mas não é desconfortável para os ocupantes. É justa sem ser excessivamente dura.

Hora da compra

O parentesco com o Fit faz bem ao WR-V. Some-se a isso o fato de ser mais alto – e melhor preparado para os buracos brasileiros – e o resultado é um carro competente e que consegue oferecer uma boa experiência ao volante. Ao mesmo tempo, ser tão semelhante ao hatch tem suas desvantagens. É inevitável não comparar os dois carros, principalmente pelo fato do WR-V ser mais caro.

A Honda pede R$ 86.200 pela versão EXL – R$ 2.900 a mais que o valor do Fit mais completo. Apesar da diferença, o modelo “aventureiro” não tem os controles de tração e estabilidade, nem o auxilio de partida em rampa, além da falta das borboletas para troca de marcha. Por mais que seja um bom carro, ele ainda deve alguns equipamentos.

Leo Alves
Leo AlvesJornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.
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