Testamos: Honda Civic Touring tem conjunto mecânico ideal e consumo de carro popular

O Garagem360 avaliou o Honda Civic de 10ª geração. Na ocasião, o modelo era Sport 2.0 manual, versão de entrada do sedã. Agora, foi a vez de analisar o outro extremo da gama. Equipado com o motor 1.5 turbo de 173 cv, o Civic Touring é o mais completo da linha do sedã médio no Brasil. Ele ficou com nossa equipe durante uma semana e agradou por conta do propulsor potente e econômico.

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Em termos de espaço a versão mais cara não acrescenta nenhuma novidade em relação ao modelo Sport. Porém, se o desempenho do motor 2.0 já tinha agradado na avaliação anterior, o propulsor 1.5 turbo eleva o Civic a outro patamar. Sua potência chega em baixa rotação, o que faz do três volumes um campeão em arranque. Além de “largar” bem, o sedã embala muito fácil. É preciso ficar de olho no painel para não exceder os limites de velocidade.

Como já havia sido notado no exemplar de entrada, a dirigibilidade do carro de origem japonesa é exemplar. A versão Touring conserva todos os atributos positivos. Em resumo, é um carro bom de dirigir, com uma boa pegada no volante e posição de direção correta. Outro item que agrada é o câmbio automático CVT. Ele mantém sempre o giro baixo e na faixa ideal.

Para quem quiser mais esportividade, basta colocar a alavanca no S e realizar as trocas nas borboletas atrás do volante. Nesse modo, a transmissão simula até sete marchas. Vale lembrar que no câmbio CVT não há marchas convencionais. As relações são infinitas e a caixa faz trocas constantes, sempre procurando manter o menor giro possível.

A combinação do conjunto mecânico fez com que o Civic Touring obtivesse uma boa média de consumo. No total, entre cidade e estrada, o sedã conseguiu rodar 11,4 km com um litro de gasolina – o propulsor não é flex. O número, como nos demais veículos testados, foi obtido pelo próprio computador de bordo.

Acabamento e ‘mimos’

O acabamento interno da versão mais completa é muito bem feito. Há revestimento de couro nas laterais e o painel conta com materiais agradáveis ao toque. O conforto é bom e o banco envolve bem o motorista. Para encontrar a melhor posição de direção, o ajuste elétrico possui acerto milimétrico para o condutor.

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Honda Civic Touring

Motorização: 1.5l i-VTEC 16 válvulas 173 cv (gasolina)

Torque máximo líquido: 22,4 kgfm entre 1.800 e 5.500 rpm

Transmissão: automática CVT com opção de troca manual no volante – simula até 7 marchas

Tanque de combustível: 56 L

Peso: 1.326 kg

Porta-malas: 525 L

Preço: R$ 124.900

Pontos positivos: Motor potente e econômico, bom pacote de série, amplo espaço interno

Pontos negativos: frente raspa com facilidade, motor turbo é tão moderno que poderia ser utilizado em outras versões

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Um dos destaques do modelo mais completo, o painel com tela de TFT reúne diversas informações úteis para o motorista. É possível ver o consumo, tempo de manutenções, informações de áudio e GPS, e até mesmo um gráfico da pressão do turbo para saber quando a turbina está cheia.

Outro destaque, que é mais um mimo, o teto solar é exclusivo da versão mais completa. Porém, embora seja um item desejado por muitos consumidores, ele é pequeno e restrito somente a parte frontal da cabine.

Os faróis em full LED também só fazem parte do top de linha. Eles contam com acendimento automático e iluminam bem. Para rodar durante o dia, há as luzes de posição diurnas e que podem ser usadas nas rodovias.

Vale a compra?

Para quem gosta de sedãs médios, o Honda Civic sempre é uma opção considerada. A versão Touring conta com um bom pacote de série, mas cobra um certo preço por isso e briga até mesmo com as configurações de entrada do Ford Fusion.

O sedã conta com boas qualidades, mas peca em alguns pontos. É necessário cuidado ao passar em lombadas e valetas, já que a frente raspa com facilidade. O túnel central também poderia ser mais baixo, como em outras gerações do três volumes, para um maior conforto do quinto passageiro.

Porém, são pequenos deslizes e que não ofuscam as qualidades do veículo. Em um mercado cada vez mais dominado pelos SUVs, o Civic prova que ainda existem bons sedãs vendidos no País.

 

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