Testamos: Honda Civic Sport se destaca com câmbio manual e visual moderno

A versão Sport do Honda Civic tem características visuais marcantes, mas que estão presentes atualmente em todas as linhas do modelo. Entre elas destacam-se a queda suave do teto até o porta-malas (que deixa o carro com cara de cupê), os faróis dianteiros estreitos e as lanternas traseiras em formato de bumerangue. São os detalhes especiais em preto, como a grade frontal e as rodas de liga leve de 17 polegadas com acabamento diamantado Dark, no entanto, que fazem a diferença e deixam o sedã japonês com um estilo cheio de marra.

A linha com visual esportivo do Civic está disponível com duas versões de câmbio: manual de seis marchas ou CVT com Paddle Shift de sete velocidades – que acrescenta R$ 7 mil ao preço. O Garagem360 testou a versão mecânica, boa opção para quem gosta de sentir o carro durante a condução. O grande console que fica entre os bancos do motorista e passageiro é perfeito para esse tipo de transmissão, pois o condutor pode apoiar o braço e mudar as marchas confortavelmente. O mais gostoso é que a troca de velocidades é bem curtinha, com engates justos e precisos – um deleite para os puristas.

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Para muita gente, dirigir um carro manual é um prazer. Entretanto, a tarefa de segurar a embreagem e o freio durante grandes congestionamentos pode acabar se transformando em um tormento. No Civic, a função Brake Hold resolve esse problema. Basta apertar um botão para brecar o veículo e poder tirar os pés dos pedais. Durante os testes, a reportagem do Garagem 360 ativou a função em uma subida bastante íngreme e o carro nem ameaçou voltar.

Dirigibilidade e potência

Mesmo propulsor das versões EXL e EX, o motor 2.0 i-VTEC de 16 válvulas e 155 cavalos de potência que equipa o Civic Sport se comportou bem durante a avaliação. O consumo médio registrado com etanol foi de 5,8 km/l. Por ser um propulsor aspirado, já adotado na geração passada, a eficiência não é tão grande quanto a dos turbinados atuais. Para ajudar no consumo, há o botão ECON, que exibe uma linha verde no painel. Se intensidade da luz ficar forte, significa que a condução está sendo econômica. Quando o motorista começa a queimar mais combustível do que o necessário, a iluminação vai ficando branca.

Embora seja um sedã, a dirigibilidade é excelente. A suspensão é macia ao passar nas imperfeições e ao mesmo tempo transmite muita segurança em alta velocidade. A direção eletro-hidráulica é precisa e deixa o condutor tranquilo em todos os momentos. Ela não é leve na condução, mas alivia muito o peso na hora das manobras.

A câmera de ré também ajuda bastante o condutor na hora da baliza, já que a visão traseira do sedã é bem limitada. Na frente há algumas restrições visuais, que poderiam ser solucionadas com um sensor de estacionamento, item ausente nessa versão do Civic.

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Honda Civic Sport

Motorização: 2.0l i-VTEC 16 válvulas 155 cv/150 cv (etanol/gasolina) FlexOne

Torque máximo líquido: 19,5 kgfm/19,3 kgfm (etanol/gasolina)

Transmissão: Manual de seis marchas

Tanque de combustível: 56 L

Porta-malas: 525 L

Preço: R$ 87.900

Pontos positivos: Design moderno, boa dirigibilidade, amplo espaço interno

Pontos negativos: Falta de uma central multimídia mais completa, ausência de sensor de estacionamento dianteiro

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Vida a bordo

Assim como o design externo, o visual interno é outro trunfo do sedã médio da Honda. Tudo é bem retocado, desde o detalhe dos espelhos do quebra sol até os assentos (revestidos em tecido premium) e o próprio painel de instrumentos. Além disso, a cabine conta com vários detalhes em couro e costuras bem feitas.

O espaço interno e o porta-malas de 525 litros também agradam. Quatro adultos viajam com conforto, mas quem for no meio do banco traseiro precisará conviver com o túnel central mais alto que o das gerações passadas. Ao menos, há cinto de três pontos e apoio de cabeça para todos.

O carro também não decepciona quando o assunto é tecnologia. Ele é equipado com freio de estacionamento eletrônico (EPB), assistente de tração e frenagem, assistente de dirigibilidade ágil e assistente de partidas em aclives. Em casos de colisão, motorista e passageiros são protegidos por seis airbags (frontais, laterais e de cortinas).

O que poderia ser melhor

O sistema multimídia com tela de LCD de cinco polegadas deixa a desejar em alguns quesitos. Em um carro de quase R$ 90 mil, a telinha bem que podia ter um GPS integrado e ser sensível ao toque. Além disso, ela não é compatível com recursos como Android Auto e Apple Car Play. Entretanto, o visor também tem pontos positivos, como a boa câmera de ré e o controle de volume sensível à velocidade (SVC), que aumenta automaticamente o som conforme o motorista acelera.

O alarme dessa versão também é um pouco confuso. Ele precisa de dois toques para ativar as travas e a proteção. Na hora de destravar o carro, também são necessários dois toques para abrir todas as portas – na primeira apertada, apenas a porta do motorista é destravada.

Vale a pena?

O Civic é o único entre os três líderes do segmento a contar com uma versão manual e abaixo do R$ 90 mil. No site da Toyota só é possível encontrar versões do líder Corolla a partir de R$ 91.990 e com transmissão automática. Já o Chevrolet Cruze está disponível a partir de R$ 91.890, também com câmbio automático.

Quem procura um sedã médio nessa faixa de preço conta ainda com opções de outras marcas, como Nissan Sentra, Volkswagen Jetta, Citroën C4 Lounge e Peugeot 408. Os três últimos usam motores turbinados. Porém, pelo preço do Civic Sport, todos já são equipados com câmbio automático.

Com boa dirigibilidade, conforto e amplo espaço interno, o Civic possui muitas qualidades, mas poderia ter uma lista de série mais generosa, como oferecer uma central multimídia mais completa. Porém, para os fãs do sedã, ou para quem busca um carro nesta faixa de preço, o modelo de origem japonesa merece uma chance.

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