Testamos: Fiat Toro 1.8 Freedom oferece equipamentos e conforto de carro de passeio

Desde seu lançamento, em 2016, a Fiat Toro caiu nas graças do público. Atualmente ela é a segunda picape mais vendida no Brasil, só perdendo para a irmã Strada, sendo que em alguns momentos as duas invertem as posições no ranking. Por conta de todo o sucesso, o Garagem360 quis conhecer melhor a picape intermediária, rodando durante uma semana com a versão Freedom 1.8, a mais completa com este propulsor.

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Fiat Toro 1.8 Freedom

Nesses quase quatro anos de vida, a Toro se manteve praticamente sem alterações. Mesmo assim, segue tendo um design atraente e chamativo. Ela é, sem dúvida, uma das picapes mais bonitas da atualidade, sendo facilmente reconhecida nas ruas. Suas linhas são harmônicas e modernas, combinando em todo o conjunto.

Por dentro, o visual também é agradável. Embora seja um veículo utilitário — afinal, a principal função de uma picape é transportar carga — a Toro Freedom tem um interior bem acabado. Há bastante uso de plástico, mas ao menos o material aparenta ter boa qualidade. O modelo testado tinha detalhes em bordô em algumas partes internas, como nos pegadores das portas e na moldura da central multimídia. Embora sejam pequenos, eles quebram a monotonia preta do ambiente.

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Fiat Toro Freedom 1.8 AT

Motorização: 1,8l E.torQ 16 válvulas 139 cv/135 cv a 5.750 mil RPM (etanol/gasolina)

Torque máximo líquido: 19,2 kgfm/18,7 kgfm a 3.750 RPM (etanol/gasolina)

Transmissão: Automática de seis marchas – opção de trocas manuais na alavanca e nas borboletas

Dimensões: 4,91 m x 1,84 m x 1,73 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,99 m

Peso em ordem de marcha: 1.619 kg

Tanque de combustível: 60 L

Consumo: 5,7 km/l cidade/estrada com etanol (pelo computador de bordo)

Caçamba: 820 L

Preço: R$ 112.490 (R$ 113.990 como a testada)

Pontos positivos: dirigibilidade, conforto a bordo, equipamentos

Pontos negativos: consumo, diâmetro de giro, espaço traseiro razoável

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Por falar na cabine, há conforto e espaço para quem viaja na dianteira da picape. O banco do motorista é confortável e tem bom apoio. Entretanto, se o condutor tiver mais de 1,85 m, o espaço traseiro será comprometido, já que ele é apenas razoável para quem viaja atrás do comandante do carro. Ao menos há saída USB para os ocupantes posteriores, mas sem saída de ar.

Ao volante

Se não fosse a maior altura em relação ao solo e caçamba que insiste em aparecer no retrovisor interno, o motorista pode até esquecer que está em uma picape. A sensação ao volante é a de se estar em um carro de passeio, por conta do conforto a bordo e da dirigibilidade. O conjunto de suspensão equivalente a de automóveis (MacPherson na dianteira e multibraços na traseira) faz com que a Toro balance menos que a maioria das picapes, já que o padrão é utilizar a suspensão do tipo feixe de mola no eixo posterior, que é mais indicada para o transporte de carga, porém menos confortável.

A direção da Toro é leve e não exige grandes esforços, graças à assistência elétrica. Entretanto, ela não é molenga em altas velocidades, transmitindo segurança ao condutor em rodovias. O motor 1.8 de 139 cv demora para embalar, mas tem fôlego até mesmo para estradas. Caso precise de mais agilidade, basta apertar o botão Sport e pisar fundo no acelerador, abrindo mão da economia de combustível. Por falar em consumo, a picape fez média de 5,6 km/l com etanol, rodando a maior parte do tempo na cidade. A melhor marca no perímetro urbano foi de 6,5 km/l. Já na estrada ela conseguiu fazer 9,5 km/l, sempre com o combustível de origem vegetal.

Vale a compra?

Após conhecer melhor o modelo, foi possível compreender o sucesso da Toro. Se o consumo na versão 1.8 deixa a desejar, o conforto, espaço para cargas e equipamentos compensam a queima de combustível. A versão Freedom entrega um bom conteúdo. Caso precise de mais potência, é melhor partir para as versões 2.4. Agora se a economia é essencial, então é melhor procurar os modelos a diesel.

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A Toro é uma boa opção para quem precisa de uma picape maior que as pequenas, mas não tão grande quanto as média. Sua principal concorrente é a Renault Duster Oroch, mas a intermediária da Fiat tem caçamba maior e mais opções de versões. Por isso, se estiver em busca de um veículo com caçamba, vale a pena considerar o modelo da marca italiana.

 

Leo Alves
Leo AlvesJornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.
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