Testamos: Chevrolet Spin 2019 melhorou no visual e ficou ainda mais versátil

Lançada em 2012, a Chevrolet Spin recebeu novo visual para a linha 2019. Houve melhoria no desenho, já que esse sempre foi um dos maiores problemas do modelo original. Bebendo da mesma fonte que o Cobalt, a minivan ganhou linhas mais horizontais, que tentam disfarçar a altura da carroceria – são 1,70 m até o teto. E não foi só o design que melhorou. Para conferir melhor todas as novidades, o Garagem360 testou por uma semana a versão Activ7.

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Antes restrito às outras configurações, agora os sete lugares estão disponíveis para a versão com apelo aventureiro. O numeral 7 no nome indica que este modelo é capaz de transportar mais dois passageiros. Com isso, a de 5 lugares passou a chamar Activ5. Ocupantes à parte, ambas também perderam o estepe pendurado na tampa traseira. Além de ser mais vulnerável a roubos, ele atrapalha na hora de abrir a porta. Fora que a Spin foi projetada com o pneu sobressalente posicionado dentro do porta-malas, já que sempre foi assim nas demais versões. Decisão acertada, portanto.

Chevrolet Spin 2019: como anda

Ao analisar a ficha técnica, os números de potência do modelo não empolgam. O motor de 1,8l tem 106/111 cv com gasolina e etanol, respectivamente. O carro testado estava com o combustível derivado do petróleo, mas não decepcionou. Pelo contrário. Mesmo com cinco adultos e um cachorro de porte médio a bordo, a Spin se mostrou mais esperta do que o imaginável. Ela ganha velocidade sem dificuldades e seu propulsor é bastante suave, assim como o câmbio automático de seis marchas.

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Chevrolet Spin 2019 Activ7

Motorização: 1,8l SPE/4 ECO 8 válvulas 111 cv/106 cv a 5.200 RPM(etanol/gasolina)

Torque máximo líquido: 17 kgfm/16,8 kgfm a 2.600 RPM (etanol/gasolina)

Transmissão: Automático de seis marchas com troca manual por botões na alavanca

Dimensões: 4,41 m x 1,76 m x 1,68 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,62 m

Tanque de combustível: 53 L

Consumo médio: 11 km/l cidade/estrada com gasolina (pelo computador de bordo)

Porta-malas: 553 L

Peso em ordem de marcha: 1.275 kg

Preço: R$ 83.490

Pontos positivos: Amplo espaço interno, versatilidade de uso e bom acerto de suspensão

Pontos negativos: Terceira fileira poderia ocupar menos espaço quando não utilizada, acabamento simples no painel, volante poderia ter regulagem de profundidade

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Não se engane com a altura dela. Mesmo tendo o centro de gravidade elevado, ela faz curvas como gente grande. Apesar de não ser sua proposta, a minivan consegue arrancar sorrisos após uma curva de alta. Ao menos do motorista. Sua estabilidade é boa, passando segurança ao condutor.

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Mais versátil

Um dos principais pontos positivos da Spin é seu espaço interno. Além de ser praticamente um furgão na hora de transportar grandes volumes com os bancos rebatidos, ela também é capaz de levar todos os passageiros com conforto. Exceto se for um time de basquete. Quem tem até 1,75 m viaja bem na terceira fileira. Se o ocupante tiver mais que isso, é melhor se acomodar no banco do meio.

Este, por sua vez, também conta com uma boa novidade. Agora há trilhos que movimentam a fileira em até 11 cm. Com isso, é possível ampliar o espaço para os dois ocupantes de trás, ou para os três do meio.

O motorista também conduz a Chevrolet Spin 2019 sem apertos. A posição de dirigir é elevada como em um SUV, mas não causa desconforto. É possível guiar a minivan por horas sem o corpo reclamar. O banco tem bom apoio e conta com regulagem de altura, assim como o volante, que ficou devendo apenas o ajuste de profundidade.

A visualização do painel de instrumentos também é boa. Importado do Tracker, o mostrador tem leitura fácil. Porém, o computador de bordo é mais simples que o do SUV compacto, e não conta com marcador de velocidade digital ou possibilidade de medir o consumo de dois trajetos diferentes.

Hora da compra

Com os utilitários esportivos em alta, alguns outros segmentos perderam espaço. É o caso das minivans, que brilharam na década passada, mas praticamente foram extintas do mercado brasileiro. Por R$ 83.490, não há nenhum concorrente direto para a Spin Activ7 no Brasil. Nem o Fiat Doblò pode ser apontado como um rival, já que além de ser um projeto mais antigo, pertence a outra categoria.

Mesmo sem competidores diretos, a Spin tem seus méritos. Se o visual era um problema apontado por muitos, isso agora é página virada. Seu motor 1,8l é antigo, mas passou por um forte trabalho de engenharia para se tornar mais econômico. Em nosso teste, fez média de 11 km/l com gasolina entre cidade e estrada.

O acabamento interno é bom, mas poderia ser mais agradável ao toque, já que utiliza bastante plástico. Porém, tudo é bem construído e montado. Destacam-se também os diversos porta-trecos espalhados pela cabine. Outro detalhe que poderia ser diferente é o terceiro banco. Quando rebatido, ele ocupa espaço no porta-malas. Por mais que o espaço para bagagem seja bom nesse caso, se fosse um sistema semelhante ao da antiga Zafira, todos os 710 litros do compartimento seriam aproveitáveis. Para ter toda essa litragem, só com a versão de cinco lugares.

Espaçosa e versátil, a renovada minivan deve seguir vendendo bem e fazendo a alegria de quem precisa carregar muitas pessoas – e também dos taxistas. Para quem busca um modelo familiar, é uma boa compra, mesmo com os pequenos detalhes.

Leo Alves
Leo AlvesJornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.
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