Testamos: por R$ 155 mil, Chevrolet Equinox tem potência e conforto à vontade

Potência e conforto são duas palavras que podem definir o Chevrolet Equinox. Lançando no Brasil no final de 2017, a versão Premier (completa) na cor Vermelho Glory do modelo foi avaliada pela reportagem do Garagem360 por uma semana.

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O tamanho do carro pode assustar se você é novo em utilitários. Com quase cinco metros de comprimento total, o automóvel acaba desafiando os motoristas ao utilizá-lo na cidade em tarefas do cotidiano, como ir ao mercado ou passar por uma rua movimentada. Não é qualquer vaga que cabe o Equinox, entretanto, a direção leve e macia compensa e pode diminuir essa impressão de um gigante no meio da cidade.

Toda essa estrutura proporciona aos cinco lugares do carro conforto e espaço de sobra. Seja uma pessoa mais alta (em torno de 1,90 cm)  ou mais baixa (por volta dos 1,60 cm), tanto o passageiro da frente quanto os de trás se acomodam com folga. Isso tudo em quase dois metros de largura total.

Quanto ao acabamento, os bancos são em couro estofados e muito confortáveis. Quem senta atrás, no meio, não tem o incômodo de ter um degrau no lugar dos pés. Há algumas partes internas que são em plástico, mas todo o apoio de braço é revestido em couro.

Potência

De acordo com a ficha técnica, o Chevrolet Equinox atinge de 0 a 100km/h em pouco mais de 7 segundos. Entretanto, durante os testes na estrada, ele apresentou desempenho melhor que o indicado. Ao sair do pedágio, por exemplo, o carro atingiu a marca da velocidade em pouco menos desse tempo.

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Chevrolet Equinox Primier Turbo

Motorização: 2,0 16 válvulas 262 cv 5.500 mil RPM (gasolina)

Torque máximo líquido: 37 kgfm a 4.500 RPM (gasolina)

Transmissão: Automática 9 velocidades com opção Active Select

Dimensões: 4,65 m x 1,84 m x 2,10 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,73 m

Peso em ordem de marcha: 1.693 kg

Tanque de combustível: 59 L

Consumo: 8.7 km/l cidade/estrada (somente gasolina – pelo computador de bordo)

Porta-malas: 670 L

Preço: R$ 155.990 (fabricante)

Pontos positivos: motorização moderna e potente, itens tecnológicos, qualidade do acabamento, conforto e dispositivos de segurança

Pontos negativos: alto consumo de combustível na cidade, motor apenas a gasolina, ajuste totalmente manual do banco do passageiro dianteiro

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Em aclives, o carro pode apresentar uma leve diminuída na velocidade. Entretanto, basta pisar no acelerador que ele responde de forma bem rápida, mantendo o bom desempenho na estrada, por exemplo. Se ainda assim o motorista desejar uma resposta mais imediatada, as noves marchas podem ser passadas de forma manual ao colocar o câmbio no ponto “L”. Assim, há a possibilidade de esticar mais a aceleração do SUV em uma marcha menor e então mudar para uma acima, ao atingir a velocidade desejada.

O motor a gasolina do modelo é o mesmo da versão de entrada do Camaro, também da Chevrolet. Sua potência 2.0 é de 262 cavalos, fator que fica claro no tempo de resposta da aceleração ao pisar fundo no acelerador. Apesar da altura do Equinox, o veículo não perde estabilidade nas curvas, mesmo em alta velocidade. A direção é macia, mas não demais a ponto de deixar o motorista inseguro. O isolamento interior é outro fator interessante: você anda a 120km/h, com a sensação de estar a 60km/h.

O utilitário vem com sistema “Start/Stop”, que desliga carro no momento que ele para e tem o freio acionado. O veículo faz isso de forma muito sútil, não atrapalhando a rapidez com que ele responde ao acionar o pedal do acelerador. Em subidas ou quando o motorista está em manobra para estacionar, esse dispositivo não é acionado.

Dispositivos e tecnologias

Mimos e artigos que auxiliam na segurança não faltam ao Chevrolet Equinox. A começar pelo banco do motoristas, que tem quatros tipos de ajustes no banco: distância, altura, curvatura e lombar, todos de forma elétrica. A chave do veículo, por exemplo, traz outras facilidades além de abrir e fechar o carro também de forma elétrica, é possível acessar o porta-malas e até mesmo ligar de desligar o veículo.

O Equinox não é um carro autônomo, mas conta com dispositivos que auxiliam na condução em algumas situações. Um deles é a ajuda ao motorista para estacionar em vagas paralelas e perpendiculares. É necessário acionar um botão com a letra “P”, que fica próximo câmbio, e o sistema do utilitário vai procurar por uma vaga disponível, já considerando o seu tamanho.

Ao encontrar a vaga, um sinal sonoro e visual é emitido na tela do computador de bordo e é indicado ao motorista o ponto de parada para então começar a manobra. O Park Assist não controla aceleração e freio, cabendo ao condutor fazê-lo. Entretanto, uma vez que os dois pedais são controlados, o carro mexe o volante de forma autônoma, já na forma correta para entrar na vaga.

Ao falar em manobras e balizas, o Equinox conta com alertas de colisão em diversos momentos. A câmera de ré é muito boa e uma baita ajuda ao manobrar um carro do tamanho do SUV. Ele também possui sensores na sua extensão que sinalizam caso haja risco de colisão em algum dos lados. Uma luz vermelha acende no painel, à frente do motorista, e o banco do condutor também vibra. Isso pode assustar quem for novato com o carro, mas é possível regular o dispositivo em três níveis diferentes com relação à distância que esse recurso será acionado.

Outra função agrada: o Equinox volta à própria faixa ao entender que o motorista está pendendo para um lado de forma involuntária. Durante os testes, ele demorou um pouco para mexer o volante de forma autônoma, mas é possível que o recurso auxilie em casos de distração do motorista.

Nos retrovisores, o automóvel conta com detecção de pontos cegos, sinalizando veículos ou motos que estejam ao lado do Equinox. É uma tecnologia que vem sendo adotada em versões de modelos completas, como Tracker Premier e Cruze LTZ, ambos da GM. O recurso realmente auxilia, seja no trânsito ou na estrada.

O que poderia ser melhor?

O design exterior dá a entender que é um carro para a família. O estilo pode destoar um pouco da potência do motor, que faz do Equinox quase um carro esportivo. Um visual mais agressivo poderia estar mais em linha com a força do modelo.

O banco do passageiro dianteiro é todo manual. Considerando todo o conforto do carro, e que o do motorista é totalmente elétrico nos ajustes, isso decepciona um pouco. Quem anda ao lado do condutor, de fato, não precisa de tantos ajustes. Entretanto, ao menos distância e inclinação poderiam ser elétrica.

Ao abrir a porta do carro, o banco do motorista se ajusta para saída do condutor de forma automática. Para os mais altos, que já dirigem com o banco todo esticado, isso pode incomodar um pouco, pois dá a sensação de que o carro está expulsando o integrante de dentro dele.

Da mesma forma que a potência do motor é algo que agrada no Equinox, o utilitário não chega a ser nem perto de econômico. Durante os testes de uma semana, entre estrada e cidade, a média de consumo do carro foi de pouco mais de oito quilômetros por litro de gasolina. Conforme o esforço do SUV, o computador de bordo chegou a apontar cinco quilômetros por litro do combustível.

Um dos modelos que concorre diretamente com o utilitário da GM é o Compass, da Jeep. Enquanto o motor do Equinox recebe apenas gasolina, o modelo mais sofisticado do Compass é abastecido com diesel. Isso pode significar uma economia no bolso, uma vez que esse combustível rende mais que a gasolina. Entretanto, o SUV da GM tem preço sugerido pela fabricante de R$ 155.990. Já o da Jeep está na faixa dos R$ 165.990.

*Colaboraram Leo Alves, Maria Beatriz Vaccari e Sérgio Vinícius

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