Suspeitou da qualidade do combustível? Postos são obrigados a testar!
Você sabia que existem alguns testes que os clientes podem pedir para descobrir mais sobre a qualidade do combustível.? Veja mais sobre isso aqui!
Você sabia que os postos devem fazer alguns testes quando o consumidor suspeita da qualidade do combustível? Isso mesmo! A informação é do Instituto Combustível Legal (ICL). Assim, aqui você ficará sabendo sobre seis desses testes. Confira a seguir!
Suspeitas sobre a qualidade do combustível? Conheça seis testes que os postos são obrigados a fazer!
Este é assunto que causa bastante polêmica. Isso porque muitos motoristas já caíram em golpes envolvendo o combustível de carro. E saber a qualidade do combustível é importante, pois se a qualidade é ruim, o veículo pode apresentar sérios problemas.
Dentre os problemas ocasionados pela má qualidade do combustível, podemos destacar:
- Aumento do consumo
- Acúmulo de depósitos no motor
- Carbonização das velas de ignição e entre outros
Com isso, o proprietário do veículo terá que gastar muito dinheiro para concertar o veículo. Ou seja, tanto o carro quanto o motorista serão os mais prejudicados.
Testes: direito do consumidor
Por outro lado, é possível evitar “dores de cabeça”. Chegamos no ponto principal da nossa reportagem! A saída, por exemplo, é exigir com que o posto realize alguns testes de qualidade. Isso porque é um direito do consumidor garantido pela lei brasileira. Veja:
“Art. 8º O Revendedor Varejista fica obrigado a realizar as análises mencionadas no item 3 do Regulamento Técnico sempre que solicitado pelo consumidor.” (Resolução ANP Nº 9 de 07 de março de 2007)
Aproveite e Veja: Tudo sobre o VW Gol 2022, um dos carros mais econômicos do Brasil!
Mas que testes seriam estes?
Veja aqui seis exemplos de testes que podem ser exigidos pelos clientes aos frentistas, de acordo com o ICL:
1 – Verificar o aspecto e a cor do combustível
Uma forma de saber a qualidade do combustível é verificar se o combustível apresenta um aspecto turvo e impuro . A pessoa que irá comprar o combustível pode avaliar uma amostra de gasolina, diesel ou etanol. No final, o combustível precisa ser límpido, livre de material em suspensão e não apresentar turbidez. Enquanto isso, a cor deve ser incolor (gasolina, diesel e etanol) ou amarelada (gasolina).
2 – Teste de volume ou de vazão
Em muitos os casos, o cliente possui dúvidas com relação a quantidade de combustível no carro. Aqui, ele pode pedir ao responsável pelo posto um teste de vazão. Será utilizada a medida-padrão imposta pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial que é de 20 litros.
É importante prestar atenção se você não está sendo uma vítima do “golpe da bomba baixa”. Neste caso, o medidor usado no galão não pode ultrapassar o limite de 60 mil. Em entrevista ao ICL, o analista sênior de Produtos e Marcas da Vibra Energia , Eduardo Buarque de Alcazar, diz que:
“A diferença máxima permitida é de 100 ml para mais, ou 60 ml para menos, conforme Portaria Inmetro número 294, de 29/06/2018”.
3 – Teste da proveta
Este é um teste bastante importante. Isso porque será ele que mostrará a quantidade de etanol anidro na gasolina C (gasolina comum). De acordo com a lei, esta porcentagem deve ser de 27% neste tipo comum e 25% na gasolina aditivada. Para saber isso, o frentista (ou outro profissional que trabalha no posto) deve usar uma proveta – um tipo de cilindro de medida para líquidos.
Neste recipiente, deve conter 50 ml de gasolina e 50 ml de uma solução de água com sal. Esta mistura deverá ficar cerca de quinze minutos em repouso. Depois, é feita uma leitura da proveta para descobrir o teor de álcool e saber se está dentro do permitido.
4 – Teste do termodesímetro (qualidade do etanol)
Falamos acima do uso da proveta. Uma outra ferramenta importante nesta verificação da qualidade do combustível é o termodesímetro. Este deve estar preso à bomba de combustível. Ele serve para medir a qualidade do etanol. Segundo o ICL, o cliente deve observar se a linha vermelha está no centro do densímetro. Além de ver se o líquido está límpido e sem impurezas.
5 – Teste do densímetro
O teste do densímetro também é importante para saber se o combustível é confiável ou não. O resultado dever ser o valor certo para a massa do combustível (gasolina e diesel). Este é um pouco mais elaborado. O responsável por fazer o teste deve usar:
- Um Densímetro de vidro (escalas: 0,700-0,750g/mL, ou 0,750-0,800g-mL
- Uma proveta de 1 litro
- Um termômetro de imersão total tipo “I” (escala: -10ºC a 50ºC; subdivisões: 0,2ºC ou 0,5ºC)
- Uma tabela de correção das densidades e dos volumes para os derivados do petróleo
Durante o processo, o responsável precisa usar uma parte da gasolina coletada para fazer uma limpeza no recipiente. Na mesma, o funcionário irá preencher a amostra. Na sequência, deve ser colocado o termômetro neste local. O densímetro é colocado logo depois. Ele precisa estar limpo e seco.
As estabilidade térmica do conjunto e acontecerá após alguns minutos. O mesmo acontecerá com a posição de equilíbrio do densímetro. Depois, deverá ser feita a leitura tanto da ferramenta quando da temperatura da amostra. Por fim, é só consultar a tabela de conversão (das densidades e dos volumes) para fazer a conversão do valor da densidade para 20ºC.
6 – Teste do densímetro para massa e teor alcoólico do álcool etílico
Por fim, você pode usar o mesmo teste acima para medir o teor alcoólico do álcool etílico. Neste caso, além de mostrar o etanol dentro dos padrões pela tabela de conversão, o resultado deve trazer o teor alcoólico. Este deve estar em grau INPM (ºINPM).
Denúncias
Lembrando que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP) pode autuar e multar os postos que se recusarem fazer alguns testes. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 0800-970-0267 ou pelo site do órgão. Além disso, confira nossa matéria outros canais de denúncia.
- Falando em combustíveis, você pode se interessar também por Tudo sobre Combustíveis por Delivery
Com informações do site Instituto Combustível Legal e ANP
Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.