Piratas do rio são responsáveis por roubar combustível na Amazônia e causam prejuízo de R$ 100 milhões ao ano

Piratas do rio são responsáveis por roubar combustível na Amazônia e causam prejuízo de R$ 100 milhões ao ano. Veja como eles agem.

Um levantamento do Instituto Combustível Legal (ICL) alerta sobre a ação dos chamados piratas dos rios, criminosos especializados em roubar e furtar combustíveis nas vias fluviais da Região Norte. 

Segundo o ICL, o prejuízo chega a R$ 100 milhões para o setor de transporte de cargas que atuam principalmente no Rio Amazonas. 

Como agem os piratas do rio que roubam combustíveis no Amazonas - Foto: Divulgação
Como agem os piratas do rio que roubam combustíveis no Amazonas – Foto: Divulgação

Como agem os piratas do rio na Amazônia?

O Rio Amazonas conta com  6.571 km de extensão, drenando água de aproximadamente 7 mil afluentes. Assim como outras mercadorias, os combustíveis são transportados para as diversas localidades da Região Norte por barcos. 

Esse transporte aquaviário vem carregado de uma série de desafios e perigos. O principal deles é o ataque de piratas às embarcações, somado às atividades de grupos organizados, que traficam armas, drogas, minerais e madeira. 

Tudo isso traz insegurança à região, colocando vidas em risco e provocando ainda o desabastecimento de postos e termoelétricas movidas a diesel, assim como o encarecimento dos combustíveis. 

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Como agem os piratas do Rio – Foto: Divulgação

Números 

Acredita-se que a soma dessas ações criminosas gerem um prejuízo de 100 milhões por ano. 

“Esse número leva em conta gastos adicionais – com empresas tendo que contratar escolta armada –, outros investimentos em segurança e o próprio roubo da mercadoria”, segundo destaca Emerson Kapaz, presidente do ICL.

De acordo com dados do Sindarma  – Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Estado do Amazonas –  houve um aumento de 105,6% nos casos de roubo entre outubro de 2020 e dezembro de 2023. 

No decorrer desses 39 meses foram roubados mais de 7,7 milhões de litros de combustíveis. Só em roubos (sem contar os prejuízos associados) foram R$ 48 milhões em danos.

Segundo a entidade, esses números do Sindarma não englobam prejuízos com outras mercadorias transportadas, equipamentos ou itens danificados e roubados, como botes de apoio operacional, valores de fretes, multas, custos de reposição e reparos, além de ataques diretos contra tripulações.

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Monitoramento e prevenção

O uso de tecnologias de monitoramento e integração com as autoridades policiais tem sido uma alternativa para o setor de transportes de combustíveis. “Com elas, pode-se ter um monitoramento em tempo real das embarcações, o que dá a possibilidade de fazer um enfrentamento em água”, afirma Carlo Faccio, diretor do ICL.

Carlo ressalta que além do uso de tecnologias e contratação de segurança especializada, há também a integração das Secretarias de Segurança Pública do Amazonas e do Pará para se ter uma pronta resposta aos crimes. 

Entre as ferramentas utilizadas estão botões de emergência instalados na cabine dos navios que alertam as autoridades. 

 

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Robson Quirino
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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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