Ônibus hidroviário na represa Billings será inaugurado em São Paulo

O ‘Aquático SP’, transporte público por barcos na Represa Billings, Zona Sul de São Paulo, foi liberado no último domingo (14), pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Logo abaixo, o Garagem360 revela todos os detalhes do serviço, como: data de inauguração, percurso, opinião de especialistas, entre outras questões. Acompanhe!

Transporte aquático de São Paulo vai beneficiar milhares de pessoas - Foto: Prefeitura de São Paulo
Transporte aquático de São Paulo vai beneficiar milhares de pessoas –  Foto: Prefeitura de São Paulo

O que é o ‘Aquático SP’?

Transporte aquático de São Paulo ainda não tem data de inauguração - Foto: Prefeitura de São Paulo
Transporte aquático de São Paulo ainda não tem data de inauguração –  Foto: Prefeitura de São Paulo

É um serviço de transporte que funcionará sobre as águas. Ele atenderá a população que faz, diariamente, o percurso urbano entre o Cantinho do Céu e Pedreira, que tem cerca de 17,5 quilômetros e é completado, em média, com 1h20.

Agora, com as embarcações pela Represa Billings, a população ganha mais tempo e praticidade, uma vez que o transporte aquático fará o trajeto em apenas 17 minutos. Ou seja, 5,6 km. 

Dessa forma, os cidadãos terão uma ligação mais ágil ao Terminal Santo Amaro, que é conhecido como o polo de interesse do local. No total, aproximadamente 385 mil passageiros serão beneficiados com esse meio de transporte.

“As pessoas vão sair de suas casas e utilizarão a represa. Em linha reta, o percurso será de 17 minutos o que, dependendo do horário, se o trajeto for feito de ônibus, vão gastar entre 1h e 1h30. Então, será um ganho de tempo”, explicou o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Ele completa:

“A população poderá pegar um barco com ar-condicionado, poltrona estofada, televisão, local para cadeirante e para bicicleta. Enfim, com toda infraestrutura”.

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Quando o ‘Aquático SP’ será inaugurado?

Ônibus aquático de São Paulo vai reduzir tempo de viagem dos usuários- Foto: Prefeitura de São Paulo
Ônibus aquático de São Paulo vai reduzir tempo de viagem dos usuários-  Foto: Prefeitura de São Paulo

A data de inauguração do serviço ainda não foi definida pela prefeitura. Segundo especialistas políticos, o ‘Aquático SP’ será um dos focos da gestão de Nunes para tentar a reeleição da prefeitura em outubro deste ano.

Embora a autorização do serviço seja considerada uma vitória, a sua inauguração está atrasada. A ideia inicial era começar a operação em 28 de março. 

A empresa Transwolff, que está sob investigação por ligação com Primeiro Comando da Capital (PCC), seria a responsável por administrar o serviço.

Por que a inauguração do ‘Aquático SP’ foi barrada?

A Justiça barrou a inauguração após uma solicitação do Ministério Público (MP-SP). Segundo o órgão, o serviço era desenvolvido a toque de caixa em ano eleitoral. Além disso, não foram feitos os estudos necessários de impacto ambiental.

Contudo, a SPTrans e a Prefeitura de SP recorreram da decisão. Posteriormente, os desembargadores da 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente do TJ-SP liberaram o início das operações na represa.

O desembargador Nogueira Diefenthaler, da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) explica mais detalhes sobre o imbróglio.

“não vislumbrou impactos ambientais representativos que justificassem a emissão de licenciamento ambiental (fls. 151/155), considerando, ademais, que o projeto piloto é restrito ao transporte público hidroviário na represa Billings”.

Dessa forma, o desembargador concluiu que o transporte aquático não terá impactos negativos à represa.

Essa preocupação não esbarra em algo burocrático ou político. Na verdade, ela fica em evidência porque a represa abastece a capital de São Paulo com água potável e, qualquer problema, poderia colocar em risco a saúde da população.

O desembargador explica mais detalhes sobre o projeto:

“A partir dessa premissa, [A Cetesb] expediu alvarás para a realização das operações, compondo acervo eloquente de certificações que deve ser considerado. Os princípios da precaução e prevenção ambiental devem pressupor probabilidade mínima de evento danoso e que não restou evidente. O projeto piloto, ademais, dispensará uma massa critica de potencial geração de dano ambiental, eis que compreenderá o deslocamento de pessoas que poderiam eleger meios mais poluentes (carros, ônibus, etc.) para seus deslocamentos”, destacou o desembargador.

O Garagem360 continua acompanhando as últimas notícias automotivas. Por isso, continue conosco para não perder nenhum detalhe que interfere em sua rotina no trânsito, seja como motorista ou como passageiro do transporte público.

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