Manutenção da correia dentada não deve ser negligenciada

Se a peça romper, motorista corre o risco de ter que fazer uma retifica completa do motor

Talvez você não a conheça, mas definitivamente não vai querer ouvir falar dela quando levar o carro na oficina e o diagnóstico recebido for que a correia dentada estourou e que será preciso fazer uma retifica do motor. Então, para que essa situação não aconteça, é preciso ficar de olho na manutenção da peça.

Correia dentada merece atenção do motorista | Foto: Petar Milošević

Posicionada entre o eixo que organiza a abertura de válvulas e o eixo virabrequim, responsável por manejar a movimentação dos pistões, a correia é uma espécie de cinta com pequenas elevações, chamada popularmente de “dentes”, que coordenam o sincronismo entre os dois eixos. Sem elas, os pistões colidem com as válvulas já que não atuarão de forma coordenada.

O grande problema da correia dentada é que ela não dá sinais de que não está em boas condições. “Quando o motorista escutar algum barulho, já será tarde demais”, afirma Clayton Zabeu, engenheiro mecânico da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil).

De acordo com o especialista, o equipamento pode estourar ou simplesmente perder os “dentes”, e, se um destes casos acontecer, será necessário fazer uma retifica total do motor. “Para evitar essa situação, o ideal é verificar os prazos para manutenção descritos no manual do fabricante”, aconselha Zabeu.

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Peça pode durar de 40 a 60 mil quilômetros | Foto: Terabass/Wikimedia

Outra maneira de prolongar a vida útil da peça é dirigir com mais cautela e preservar o carro. Não utilizar bem a transmissão, dar arrancadas e forçar o conta-giros pode, a longo prazo, provocar o rompimento do componente.

Em média, a correia dentada tem vida útil entre 40 e 60 mil quilômetros rodados, por conta disso não se faz necessária a sua troca a cada revisão. Mas, se ainda assim você quiser substituí-la antes do prazo, para ficar mais tranquilo, é importante saber que o serviço leva em torno de um dia para ser feito e o preço da peça comum não passa dos R$ 100 – o valor da mão de obra varia de acordo com o estabelecimento.

 

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Rodrigo Loureiro
Escrito por

Rodrigo Loureiro

Rodrigo Loureiro é repórter do site Garagem 360 e da Agência Entre Aspas. Em 2014 atuou na redação do portal UOL Esporte e também já escreveu para as editorias de tecnologia e turismo de outros portais e publicações.

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