GP São Paulo de F1 cresce 30% em 2022 e movimenta R$ 1,37 bilhão

Segundo levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o GP São Paulo de F1 de 2022, realizado no último final de semana, superou as expectativas, tanto em relação à movimentação financeira, quanto de público. Na 50ª edição de Grandes Prêmios em solo brasileiro, foi registrado um impacto econômico de R$ 1,37 bilhão para a cidade de São Paulo.

Além do marco econômico, o recorde de público também foi batido, com a presença de 235.617 pessoas no autódromo José Carlos Pace — 30% a mais que na edição de 2021. O cálculo dos impactos econômicos foi realizado pela FGV com informações da Secretaria Municipal de Turismo, através do Observatório do Turismo, da São Paulo Turismo (SPturis). 

Busto de Ayrton Senna foi inaugurado durante o GP São Paulo de F1 (Foto: Fábio Falconi/RF1)

A previsão inicial da Prefeitura de São Paulo era de movimentar R$ 1 bilhão, o que mostra que o resultado final superou a expectativa em quase R$ 400 milhões. Durante os dias de evento, exposições artísticas relacionadas a grandes nomes do esporte, como a inauguração do busto de Ayrton Senna e a homenagem a Lewis Hamilton, foram realizadas, o que aproximou mais o público do Grande Prêmio.

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“Tivemos 15 mil empregos gerados, rede hoteleira lotada, excelente organização e muita emoção e diversão. A prefeitura investe em melhorias constantes no Autódromo de Interlagos para receber a F1 e outras provas de velocidade, além de shows nacionais, internacionais e grandes eventos de entretenimento”, comemora o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

O impacto econômico de R$ 1,37 bilhão (R$ 826,2 milhões diretos e R$ 545 milhões indiretos) aponta um crescimento real de 29,8% em relação a 2021, quando foram movimentados R$ 960 milhões. Tamanha movimentação econômica gerou R$ 206,4 milhões em impostos, em um aumento real de 30,4% na comparação com o evento anterior – a arrecadação de tributos em 2021 havia sido de R$ 143,8 milhões.

A atividade econômica realizada pelo GP São Paulo de F1, impacta outros setores em um efeito-dominó. Os impactos diretos são os gastos efetivamente realizados pela organização do evento, pelos patrocinadores e pelo público, de acordo com a prefeitura.

Já os impactos indiretos correspondem à movimentação econômica gerada na cadeia produtiva da realização da Fórmula 1. O número de profissionais envolvidos no evento deste ano foi de 13.708, um crescimento 42,8% em relação a 2021, que contou com 9.598 pessoas. 

GP São Paulo teve exposição recorde de mídia 

A exposição de mídia da cidade de São Paulo com a realização do GP também registrou crescimento. Nesta edição, o evento gerou 448,6 milhões de dólares em retorno de mídia para a cidade, um recorde, de acordo com a gestão municipal.

O tipo de exposição gerado foi, em maior parte, pela transmissão da prova ao vivo para mais de 180 países e 445 milhões de espectadores globais únicos – 82,8% da exposição foi graças à transmissão do evento; 12% por mídia online e 5,3% foi por mídia impressa.

Foto: Divulgação/Prefeitura de São Paulo

O valor total da exposição de mídia gerado nos três anos de realização do GP São Paulo foi de mais de 1 bilhão de dólares para a cidade: em 2019, o retorno da exposição foi de US$ 208,1 milhões; em 2021, US$ 403,1 milhões; e em 2022, US$ 448,6 milhões.

O Grande Prêmio de São Paulo está confirmado no calendário Mundial de Fórmula 1 de 2023 e já está com a venda de ingressos aberta. O evento acontecerá entre os dias 3 e 5 de novembro do ano que vem, no Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos.

Arthur Quaresma
Arthur QuaresmaFormando em Jornalismo pela UFRRJ, atuo como redator desde 2019. Apaixonado por contar histórias e entender histórias, desde meu começo até agora, venho trabalhando com algumas paixões do brasileiro — desde esportes até o mundo automobilístico.
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