Fuja de peças automotivas falsificadas

Motorista deve levar o carro em oficina de confiança e tem de checar com cuidado a embalagem do produto

Fazer a revisão periódica no automóvel é importantíssimo, independentemente se a pessoa roda muito ou pouco. E como grande parte das peças têm vida útil, de tempos em tempos é necessário substituir as velhas por novas. Nestas situações, logicamente o consumidor quer um orçamento que caiba no seu bolso e, ao mesmo tempo, seja um serviço seguro e de qualidade. O problema é que muitas vezes, até mesmo sem saber, as oficinas acabam utilizando produtos falsificados.

Para se ter uma ideia da gravidade do problema, uma pesquisa realizada em 2014 pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) apontou que os itens automotivos piratas lideraram o ranking das falsificações, com prejuízo de aproximadamente R$ 3,2 bilhões por ano. Mas como evitar ser mais uma vítima desse mercado negro, já que é difícil identificar produtos falsos no ato da compra, pois os mesmos podem estar em embalagens idênticas às da marca de referência?

A primeira dica é ter certeza de que a peça precisa ser trocada, por isso, o condutor deve sempre procurar profissionais que tenham condições de realizar um diagnóstico que vá além da análise visual. Também é fundamental levar o automóvel a um estabelecimento de confiança, de preferência indicado por amigos ou parentes, e pesquisar se existe queixa dele nos portais de defesa do consumidor.

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 | Foto: Renata Turbiani
Oficinas mecânicas só devem trabalhar com produtos certificados | Foto: Renata Turbiani/Garagem 360

Outra recomendação é verificar se o componente tem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) – entre os que possuem certificação estão buzinas, amortecedores, freios, lâmpadas, para-brisa, pneus, catalisadores, rodas, bombas elétricas de combustível, baterias, pistões de liga leve de alumínio, pinos e aneis de trava (retenção), aneis de pistão e fluídos de freio.

Fora isso, de acordo com Leandro Vanni, engenheiro de serviços da DPaschoal, é indicado checar se o peso da peça é o mesmo que está descrito no rótulo e se este contém informações sobre a data de fabricação e se não apresentar falhas de impressão, especialmente próximo à marca. “Em alguns casos é possível perceber que algo está errado quando o valor do item for muito abaixo do praticado pelo mercado. Mais um ponto que deve ser observado é se a embalagem traz informações em português e o número do SAC da empresa”, indica o especialista.

Para evitar problemas, recomenda-se ainda que, antes de iniciar o processo, seja exigido do reparador um orçamento discriminando a mão-de-obra e a lista dos componentes que serão repostos. Já no final, o carro não deve ser retirado sem que antes o proprietário receba a nota fiscal de todos os produtos trocados e a garantia deles e do serviço.

Segurança em risco

É importante salientar que as peças falsificadas, por serem fabricadas sem seguir os critérios e sem passar por todos os testes exigidos, certamente não irão cumprir corretamente as suas funções. Com isso, elas oferecerão menor desempenho, apresentarão maior desgaste e, o que pior, colocarão em risco a segurança do motorista, dos passageiros e de terceiros.

 

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