Ford anuncia recall para a Ranger por risco de incêndio
Na última semana, a Ford anunciou um novo recall para a Ranger. A convocação envolve os modelos movidos a diesel fabricados entre 2012 e 2019.
Na última semana, a Ford anunciou um novo recall para a Ranger. A convocação envolve os modelos movidos a diesel fabricados entre 2012 e 2019. Os veículos foram chamados pois há risco de incêndio por conta do acúmulo de vegetação seca em um local próximo ao sistema de exaustão.
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Por conta das altas temperaturas do sistema, o contato da vegetação pode resultar em um incêndio. Segundo a Ford, o problema é solucionado com a instalação de uma proteção inferior para reduzir o acúmulo na travessa da transmissão.
Recall Ranger: chassis envolvidos
Abaixo, confira a relação dos modelos envolvidos neste recall.
Modelo | Chassis (8 últimos digitos) | Datas de produção |
---|---|---|
2012 | De CJ460393 até CJ472626 | De 25 de novembro de 2011 até 1º de dezembro de 2012 |
2013 | De DJ022428 até DJ484214 | De 2 de fevereiro de 2012 até 10 de maio de 2013 |
2014 | De EJ131786 até EJ258781 | De 18 de abril de 2013 até 26 de junho de 2014 |
2015 | De FJ213553 até FJ361400 | De 10 de março de 2014 até 6 de julho de 2015 |
2016 | De GJ361715 até GJ401728 | De 6 de julho de 2015 até 19 janeiro de 2016 |
2017 | De HJ001071 até HJ499211 | De 1º de fevereiro de 2016 até 19 julho de 2017 |
2018 | De JJ009196 até JJ497263 | De 9 de março de 2017 até 6 de abril de 2018 |
2019 | De KJ068882 até KJ103739 | De 9 de fevereiro de 2018 até 11 de junho de 2018 |
O agendamento do reparo pode ser feito pelo número 0800 703 3673 ou em uma concessionária da marca. O conserto tem duração estimada em cerca de 40 minutos.
Recalls bizarros
Na galeria, relembre alguns recalls convocados por motivos bizarros.
- Fiat Tipo: depois que algumas unidades pegaram fogo sozinhas, a Fiat convocou um recall para substituir o tubo convergedor de ar quente do motor. Mesmo com a manutenção, alguns veículos continuaram pegando fogo, e foi preciso fazer um segundo chamado para consertar vazamentos de fluido da direção hidráulica, já que o líquido vazava pelo escapamento e provocava os incêndios
- Fiat Tipo | Foto: Divulgação
- Ford Pinto: o veículo, que foi barrado no Brasil por conta do nome sugestivo, protagonizou um recall polêmico nos Estados Unidos. Se o carro sofresse uma colisão traseira, o tanque de gasolina podia quebrar e causar uma explosão. Antes de colocar o modelo no mercado, a Ford já sabia do problema, mas fez as contas e percebeu que indenizar possíveis mortes e casos de queimaduras sairia bem mais barato do que regularizar a linha de produção. No final, depois de mortes e ferimentos graves, a montadora convocou as unidades para recall e teve que pagar milhões em indenizações | Foto: 2000Scooby via VisualHunt.com / CC BY-NC-ND
- Ford Pinto | Foto: France1978 via Visualhunt.com / CC BY-SA
- Citroën C3 Picasso: em 2011, 22 unidades da Inglaterra foram chamadas para recall por conta de um motivo um tanto o quanto exótico: quando o passageiro da frente pisava com força no assoalho do carro, era possível acionar o sistema de frenagem sem querer. Isso acontecia porque as versões inglesas tinham os volantes e pedais migrados para o lado direito da cabine, mas o mecanismo continuava passando por baixo do forro do assoalho da parte esquerda (do passageiro). A solução foi reforçar o isolamento dos fios | Foto: RL GNZLZ via VisualHunt / CC BY-SA
- Citroën C3 Picasso | Foto: RL GNZLZ via VisualHunt.com / CC BY-SA
- Mercedes-Benz Classe A: durante seu lançamento mundial em 1997, o modelo capotou quando participava do “teste do desvio do alce”. Para evitar que a situação se repetisse, a montadora implantou um sistema eletrônico de estabilidade e fez mudanças na suspensão sem alterar o valor final do carro | Foto: Carlos Octavio Uranga via Visualhunt.com / CC BY-NC-ND
- Mercedes-Benz Classe A | Foto: Carlos Octavio Uranga via Visual hunt / CC BY-NC-ND
- Airbags mortais: Ao menos 16 pessoas morreram por conta das bolsas infláveis defeituosas da empresa japonesa Takata. Os itens projetaram fragmentos contra os ocupantes. O escândalo foi revelado em 2014 e já atingiu grandes montadoras, como Honda, Toyota, BMW e General Motors, que precisaram realizar convocações para recall de seus carros | Foto: Divulgação
- Honda foi uma das atingidas pelos Itens defeituosos da Takata | Foto: Divulgação
- Toyota Corolla: a má fixação do tapete do carro fazia o item deslizar e travar o pedal de aceleração do veículo. Algumas unidades aceleraram sozinhas e causaram acidentes graves. A Toyota convocou mais de 100 mil unidades brasileiras para fazer manutenções no sistema de fixação dos tapetes e explicar a forma ideal de posicioná-los | Foto: Divulgação
- Toyota Corolla | Foto: Divulgação
- Ford F-150 (Foto: Divulgação)
- Ford F-150 | Foto: Divulgação
- Chevrolet Sonic: logo após o lançamento do modelo nos Estados Unidos, a GM percebeu que mais de quatro mil unidades saíram de fábrica sem as pastilhas de freio. A falha afetava o desempenho do carro e virou motivo de recall | Foto: Divulgação
- Chevrolet Sonic | Foto: Divulgação
- Volkswagen Fox: mais de 500 mil unidades vendidas no Brasil contavam com um defeito que decepava a ponta dos dedos das pessoas que tentavam rebater os bancos do carro. Isso porque o sistema era um pouco “arisco” e funcionava como uma guilhotina. A montadora convocou o recall, modificou o sistema e incluiu avisos indicando a maneira correta de posicionar as mãos e os dedos durante a ação | Foto: Divulgação
- Volkswagen Fox | Foto: Divulgação
- Chevrolet Saturn Ion, Pontiac Pursuit, Pontiac G5, Cobalt, Saturn Ion, HHRs, Pontiac Solstice e Saturn Sky: outro caso polêmic é o recall de mais de um milhão de unidades da GM nos Estados Unidos. A montadora demorou mais de 10 anos para divulgar que os veículos tinham um defeito na ignição. A falha está relacionada a cerca de 13 mortes acidentais e rendeu uma multa de US$ 35 milhões à empresa norte-americana | Foto: Divulgação
- Chevrolet Cobalt | Foto: Divulgação
- Fiat Stilo: algumas unidades fabricadas entre 2004 e 2010 tinham um defeito que podia causar a soltura das rodas traseiras durante a condução. Depois do registro de acidentes, a Fiat convocou um recall imediato para substituir o conjunto do cubo da roda. A montadora ainda teve que pagar uma multa de R$ 3 milhões por colocar um produto com defeito de fabricação no mercado | Foto: Divulgação
- Fiat Stilo | Foto: Divulgação
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.