Enfiamos o Jeep Wrangler Rubicon na tempestade de neve nos EUA. Veja como ele se saiu

No noroeste do Arkansas, EUA, foram registradas temperaturas de -26℃ (para efeito de comparação, um freezer costuma ficar em -18℃)...

No noroeste do Arkansas, EUA, foram registradas temperaturas de -26℃ (para efeito de comparação, um freezer costuma ficar em -18℃) entre os dias 15 e 19 de fevereiro. Com a tempestade ártica que atingiu o país, muitos motoristas não tiveram como sair de casa. Por mais que usassem pás para limpar as frentes das garagens, o piso teimava em manter uma camada fina de gelo permanente, escorregadia e muito perigosa.

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Nada disso, como é de se supor, deveria ser problema para um carro preparado para enfrentar condições extremas de terreno, como o Jeep Wrangler Rubicon. E, de fato, não foi. Na mesma rua em que sedãs estavam enterrados praticamente até a metade na neve, o jipão desfilou numa boa.

Jeep Wrangler Rubicon na neve

 

O primeiro desafio foi encarar uma ladeira de aproximadamente 50 graus coberta com quase 30 cm de neve. Como a distância do Rubicon para o solo é de quase 26 cm, deu para sentir bastante atrito na descida e um leve deslizamento, mas nada que tenha impedido um desempenho praticamente normal. Sequer foi preciso acionar o 4×4 reduzido (com relação 4:1), já que o regular – 4×4 (50/50 cada eixo) – deu conta do recado numa boa.

A subida, então, deu-se como se o terreno estivesse seco, no mais ensolarado dia do verão. Daria até para abrir o vidro e apoiar o braço relaxadamente para fora, se a pele não congelasse em menos de 5 minutos.

A partir daí, foi possível rodar em 4×2 na maior parte do tempo, já que as condições das vias não estavam tão ruins. A maior parte das ruas tinham sido limpas por caminhões cata-neve (encontramos vários pela frente), de modo a facilitar o deslocamento, ao menos, dos veículos de serviços públicos. Ou de carros com pneus lameiros LT285/70R17C, como os do Rubicon.

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Felizmente, porém, após rodar um pouco encontramos um terreno mais acidentado, com elevações que chegavam a ser superiores à do próprio Wrangler. Ali, o 4×4 foi exigido novamente. Sem se incomodar com áreas fofas ou mais rígidas, com enormes blocos de gelo, o jipão deu conta do recado e não escorregou sequer em curvas realizadas com o acelerador lá embaixo.

Com o uso de bloqueios diferenciais dianteiros e traseiros Tru-Lok, então, a vida ficou simples. Diante das condições enfrentadas, na verdade, eles não eram necessários. Valeu menos como teste e mais para fazer algumas fotos bacanas.

De qualquer forma, a Jeep costuma dizer que o Jeep Wrangler Rubicon está pronto para morar em qualquer parte do mundo. E a julgar pelo desprezo dele ao rodar sobre montes de neves acumuladas ao ponto de quase atingir seu joelho durante uma caminhada, parece que eles têm razão.

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Paulo Basso Jr.
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