Mesmo após lançado e submetido a vários testes de segurança, a realidade é que um carro ainda pode apresentar pequenos defeitos de fabricação.
No entanto, o que não se espera é a ocorrência de problemas graves como o exemplo a seguir.
Falha grave em carro nos Estados Unidos
Um dos casos de recall mais emblemáticos dos últimos anos aconteceu nos Estados Unidos, com modelos da General Motors (GM), em 2014.
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Naquele ano, a montadora confirmou problemas de fabricação nas peças de ignição de seus veículos com fabricação desde 2001 em modelos como Chevrolet Cobalt, Pontiac Pursuit, Solstice, Satrun Sky, Saturn Ions e HHRs.
Todos os modelos eram vendidos nos Estados Unidos ou no Canadá e devido ao defeito na ignição faziam os carros desligarem em movimento, impedindo o funcionamento dos sistemas de frenagens e airbags em acidentes.
De acordo com as explicações da montadora, as chaves teriam um peso maior do que o recomendado e o adicionamento de chaveiros a elas, potencializavam ainda mais o problema.
O megarecall convocou 2,6 milhões de carros com propensão ao mal funcionamento. Em 2018, a Nissan convocou recall no Brasil por problema parecido, porém em menor gravidade.
Resultado trágico
O resultado do problema só poderia ser trágico. Segundo fontes oficiais, o defeito resultou em pelo menos 97 mortes.
A GM assumiu ”incompetência e negligência” na época, e como era de se esperar, iniciou o processo de indenização de todas as famílias da vítimas afetadas pelo problema por responsabilidade da montadora.
Além disso, a multinacional anunciou a demissão de 15 funcionários, entre executivos e sênior, responsabilizados pelo fato, os submetendo inclusive, a ações cíveis e criminais. No entanto, a GM não divulgou os nomes dos culpados.
Repercussão
Apesar das ações de contenção dos danos há nove anos, a GM foi muito criticada pela demora em agir nesse caso, visto que o primeiro problema relaciona a ignição foi relatado em um carro, ainda em 2001.
Inicialmente, ainda em 2014 a GM adotou cautela para não criar alarde sobre o número de vítimas oriundas do problema de fabricação.
No entanto, após grande repercussão na mídia e aprofundamento nas investigações chegou-se ao total de 97 mortos afetados pelo sistema defeituoso da GM.
O perfil das pessoas mais afetadas pela falha da montadora foram os jovens americanos, principal público do Chevrolet Cobalt e Saturn Ion.