Este tipo de automóvel chega a custar 50% menos se comparado com os preços da tabela FIPE
Muitos não sabem, mas o comércio de veículos batidos é uma boa opção para quem deseja trocar de carro sem gastar muito. Isso porque este tipo de modelo pode custar até 50% menos se comparado com os preços da tabela FIPE. Mas, para os condutores que não entendem muito do assunto, a dica é procurar um despachante, para obter orientação sobre a documentação, e um mecânico de confiança, para saber se a compra vale mesmo a pena.
Antes de tudo é importante saber se o automóvel que se deseja adquirir é sinistrado ou não. Basicamente, o automóvel que se encontrar nesse estado representa a materialização do risco, onde o dano pode ser considerado parcial ou integral. A perda parcial seria quando ocorre, por exemplo, colisão, alagamento ou incêndio e é efetuado o reparo. Já o sinistro integral seria quando o veículo é roubado e a seguradora indeniza o condutor.
“Os carros não possuem somente arranhões. Na maioria das vezes eles sofreram colisões e apresentam problemas na mecânica e na parte elétrica. Mas todos os defeitos são informados para o cliente”, explica Fabio Brignoli, assistente administrativo da 373 Batidos, localizado no bairro de São Mateus, em São Paulo.
Só para se ter uma ideia dos preços, na empresa é possível encontrar um Hyundai HB20 ano 2014 por R$ 27.900. Na tabela FIPE, o mesmo modelo sai por R$ 48.122.
As agências conseguem o veículo por meio das seguradoras e, muitas vezes, com a garantia de documentação. Além disso, algumas compram os automóveis de proprietários autônomos e revendem por um preço mais baixo.
Natalia Ferreira, auxiliar administrativo da GR Batidos, também da capital paulista, afirma que ao adquirir um veículo batido, o motorista, mesmo após consertá-lo, ainda terá gasto um valor menor do que se fosse comprar um modelo novo. “Aqui, o consumidor pode obter um automóvel por R$ 10 mil ou R$ 15 mil a menos, se comparado ao preço de tabela”, diz.
Cuidados
Mas, se na hora de escolher um carro usado em perfeito estado já são necessários uma série de cuidados, imagine então quando se trata de um automóvel batido? Neste casos, é importantíssimo verificar a sua estrutura como um todo e se realmente existe a possibilidade de conserto – e quanto ele custará.
“Não compramos carros que tenham chassi remarcado ou problemas na longarina, que é a estrutura que dá resistência à carroceria”, conta Natalia. No caso de um veículo com a longarina soldada, isso significa que o ex-dono sofreu uma forte batida, e que agora o modelo poderá apresentar desgaste excessivo dos pneus, danos na suspensão e instabilidade.
Quanto à documentação, a transferência normalmente fica por conta da própria loja, já que a maioria possui despachante. Segundo a auxiliar administrativo da GR Batidos, o documento de um carro sinistrado pode demorar até uma semana para ficar pronto. E é importante ressaltar que o procedimento de regularização do veículo só poderá ser iniciado depois que ele tiver sido consertado.
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