CNH mais barata em até 80% com o fim da obrigatoriedade de aulas em autoescolas
Projeto do Ministério dos Transportes visa reduzir em até 80% o custo da CNH, eliminando a obrigatoriedade de aulas em autoescolas. Saiba como a medida pode democratizar o acesso e aumentar a segurança no trânsito.
Brasília, 30 de julho de 2025 – O Ministério dos Transportes está elaborando um projeto que promete revolucionar o acesso à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil. A proposta prevê a redução em até 80% do custo para as categorias A (motocicletas) e B (veículos de passeio), que atualmente gira em torno de R$ 3,2 mil. O principal ponto da mudança é o fim da obrigatoriedade das aulas em autoescolas.
CNH pode ficar até 80% mais barata
A iniciativa, segundo a pasta, visa democratizar o acesso à CNH, facilitando a qualificação profissional e, consequentemente, o ingresso no mercado de trabalho, especialmente para aqueles em busca do primeiro emprego.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, explicou que, caso o projeto seja aprovado, as autoescolas continuarão a oferecer as aulas, mas estas deixarão de ser um requisito obrigatório. Atualmente, são exigidas no mínimo 20 horas de aula prática. No entanto, a aprovação nas provas teórica e prática dos Departamentos de Trânsito (Detrans) será mantida.
Inclusão e segurança no trânsito
A medida é vista como um passo importante para a inclusão social. “Isso vai ser produtivo para o Brasil. Vai incluir as pessoas, porque dentro do recorte há outras exclusões ainda mais cruéis”, justificou o ministro, citando o exemplo de famílias que, por limitações financeiras, optam por habilitar apenas o homem, deixando as mulheres sem acesso à CNH.
“A gente precisa criar um ambiente para que as pessoas tenham condição de se formalizar, de serem incluídas”, completou Renan Filho, ressaltando que essa prática já é adotada em diversos países como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Japão, Paraguai e Uruguai.
Dados do Ministério dos Transportes revelam um cenário preocupante: 54% da população brasileira não dirige ou dirige sem habilitação. A redução dos custos para a obtenção da CNH é vista como uma estratégia para diminuir esse número e, consequentemente, aumentar a segurança no trânsito.
“Para se ter uma ideia, 45% dos proprietários de motocicletas e outros veículos de duas rodas, pilotam sem possuir CNH. Já na categoria B, 39% dos proprietários de veículos de passeio dirigem sem habilitação”, informou o ministério em nota.
Próximos passos
O projeto ainda precisa passar pelo crivo da Casa Civil da Presidência da República. Se aprovado, será regulamentado por meio de resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), pavimentando o caminho para uma CNH mais acessível e um trânsito potencialmente mais seguro no Brasil.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
