Que o câmbio automático se popularizou no Brasil, isso é um fato. Hoje, mais de 53% dos modelos produzidos no país já oferecem a opção com a transmissão sem o pedal da embreagem. Ele pode oferecer mais conforto, mas exige atenção. Por exemplo, há 5 alertas do câmbio automático, que indicam problemas à vista. Veja detalhes.
Alertas do câmbio automático: confira os avisos de que algo está errado com o sistema
Mais complexo do que o modelo manual, o componente que não exige a troca das marchas por meio de uma alavanca utiliza um conjunto de engrenagens planetárias, onde uma única peça trabalha aliada a um conversor de torque, responsável por acoplar o motor à caixa de transmissão, fazendo o papel da embreagem, no caso dos câmbios manuais.
De acordo com o professor do curso de Engenharia Mecânica da Anhanguera, Ricardo Crivelini Ribeiro, no Brasil os modelos mais comuns são os automatizados, CVT (Transmissão Continuamente Variável) e automático tradicional.
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“Nos câmbios automatizados, um sistema eletrônico aciona a embreagem e, depois de analisar velocidade e a rotação do veículo, ocorre as trocas automáticas graças aos sensores hidráulicos. É como se um robô fizesse a troca das marchas para você.
Já o CVT, conta com uma estrutura de correia e polia, algo semelhante com o sistema de uma motocicleta sem marcha. Aliás, o CVT não tem seleção de velocidades.
E por essa característica, oferece respostas mais rápidas se comparado aos outros sistemas” esclarece Crivelini.
O modelo mais em alta do mercado é o automático de dupla embreagem. Diferente do automático tradicional, ele usa duas embreagens. Ou seja, um disco de embreagem maior aciona as marchas pares e a marcha à ré, enquanto o outro menor fica responsável pelas ímpares.
Com isso, enquanto uma marcha está engatada, a próxima já está pronta para entrar em ação, garantindo maior velocidade nas trocas se comparado com o automático convencional.
Os sinais que a transmissão automática precisa de atenção
No entanto, mesmo com todo conforto gerado pelo tipo de transmissão é necessário se atentar a alguns sinais que evidenciam problemas no sistema.
1 – Ao conduzir um carro automático não é normal sentir trancos ou trepidações
O primeiro ponto a ter atenção é caso comece sentir as trocas de marchas muito evidentes, ou até mesmo trancos e trepidações. Um sistema de transmissão automática em perfeitas condições não possui essas características.
Sobre esse tema, o professor explica que o condutor deve ficar atento sobre a troca do lubrificante.
“Independentemente do que os fabricantes recomendam, verifique no máximo a cada 30 mil km rodados (com fluido mineral) e, para os sintéticos, até 50 mil km. Se o lubrificante já estiver escuro, é sinal de contaminação e de que já perdeu suas propriedades.”
2 – Sensação de patinação também é um sinal de alerta
Carro automático não morre. Suspeite se ele estiver parecendo estar fora do ponto ou gerar a sensação de patinação. Nesse caso, o câmbio pode não estar transmitindo o torque necessário.
3 – Vazamentos também devem ser verificados
Outro ponto importante é conferir se há vazamentos no sistema da transmissão automática.
Veja se o líquido de arrefecimento do motor ou o nível da água do radiador está em ordem, pois além de refrigerar o motor ele também é responsável por manter a temperatura do fluido da transmissão automática.
Crivelini explica que se o motor entrar em aquecimento, o câmbio também superaquece e tem os seus componentes avariados.
4 – Aquecimento também não deve acontecer
Além dos vazamentos, outro fator que pode anunciar algum erro com a transmissão automática é um possível aquecimento. Nesse caso, se perceber uma temperatura mais elevada na alavanca, passe na oficina e verifique o que pode estar acontecendo.
5 – Ruído também pode ser falta de lubrificação
Determinados ruídos também podem representar falta de lubrificação em alguma peça metálica que pode estar encostando em outra. Ou em outros casos, o barulho pode indicar o rompimento de um componente. Dessa forma, caso ouça algum barulho diferente, o aconselhável também é procurar um mecânico.
Dica: Não se esqueça dos cuidados com o filtro
Quase todas as transmissões automáticas contam com um filtro ou uma tela. É muito importante que ela seja lavada ou trocada quando se substitui o fluido da transmissão.
