Testamos: bom de volante, Honda HR-V LX peca na lista de equipamentos
O Honda HR-V é um velho conhecido da equipe do Garagem360. Porém, nossa equipe não tinha testado o modelo após a reestilização que foi feita na linha 2019.
O Honda HR-V é um velho conhecido da equipe do Garagem360. Porém, nossa equipe não tinha testado o modelo após a reestilização que foi feita na linha 2019. Por isso, o SUV está de volta, agora em sua versão de entrada LX, cujo preço sugerido é de R$ 94.400.
Honda HR-V LX: desempenho
Além do leve redesenho, a Honda promoveu algumas modificações na suspensão do utilitário. E, de fato, ele ficou mais agradável ao volante, com o sistema absorvendo bem as irregularidades do solo, mas mantendo a carroceria estável ao fazer curvas mais velozes. Com 140 cv, o motor 1.8 segue sendo o mesmo que estreou no SUV há quatro anos, assim como o câmbio automático do tipo CVT.
Este conjunto mecânico casa bem com o peso do carro. O desempenho não chega a ser empolgante, mas dá conta do recado. O propulsor é suficiente para vencer subidas, andar em rodovias e para o dia a dia nos centros urbanos. É relativamente econômico: fez média de 8,6 km/l com gasolina, rodando a maior parte do tempo na cidade. Em alguns trechos, com o trânsito melhor, chegou a fazer 12 km/l.
Espaço para todos
A cabine do HR-V é confortável para todos os ocupantes. Na frente, há espaço suficiente para carona e motorista. O condutor não tem dificuldades em encontrar uma posição para dirigir, principalmente por conta da regulagem de altura e profundidade do volante. Quem vai atrás também não passa sufoco, principalmente por conta do bom espaço para as pernas, mas o da cabeça é um pouco prejudicado por conta do teto, principalmente para quem tem mais de 1,85 m.
[info_box title=”Raio-X”]Honda HR-V LX CVT
Motorização: 1,8l i-VTEC 16 válvulas 139 cv/140 cv a 6.300/6.500 RPM (etanol/gasolina)
Torque máximo líquido: 17,4 kgfm a 4.800 RPM/ 17,3 kgfm a 5 mil RPM (etanol/gasolina)
Transmissão: Automática CVT
Dimensões: 4,29 m x 1,77 m x 1,58 m (comprimento x largura x altura)
Distância entre eixos: 2,61 m
Peso em ordem de marcha: 1.265 kg
Tanque de combustível: 51 L
Consumo médio: 8,6 km/l com gasolina (pelo computador de bordo)
Porta-malas: 437 L
Preço: R$ 94.400
Pontos positivos: bom de guiar, espaço interno, tamanho do porta-malas
Pontos negativos: ausência de alguns equipamentos, preço elevado, acabamento mais simples
[/info_box]Falta de equipamentos
A versão LX está mais completa que a testada há quase dois anos. Agora, há detalhes em LED nos faróis dianteiros, lanternas em LED, faróis de neblina e câmera de ré.
Ainda faltam alguns itens que estão presentes em outros concorrentes. O rádio, por exemplo, não tem tela sensível ao toque e nem espelhamento da tela do smartphone. O painel de instrumentos é completo e tem boa leitura, mas conta com um computador de bordo pequeno e monocromático — derivado do que equipa o Fit. Ele poderia ter mais funções e um mostrador colorido e mais moderno.
Por mais que não seja essencial, as borboletas para troca de marcha também fazem falta. Elas são úteis para realizar uma ultrapassagem, por exemplo, ou para ter um melhor controle do carro em descidas de serra.
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Vale a compra?
O Honda HR-V é um bom carro, além de ser um dos modelos mais vendidos da marca no País. Entretanto, pelo preço cobrado pela versão de entrada, há outros concorrentes com lista de equipamentos mais extensa.
Ele tem seus méritos, principalmente por ser bom de guiar, ter um espaço interno agradável e oferecer um dos maiores porta-malas da categoria. Caso esteja de olho em um HR-V, considere o modelo EX. Ele custa R$ 6 mil a mais, mas conta com mais equipamentos.
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.