Testamos: Honda HR-V Touring entrega boa dirigibilidade e conforto, mas peca em alguns itens de série

No segmento dos SUVs compactos, a Honda tem motivos de sobra para sorrir. No primeiro semestre de 2017, nenhum modelo foi mais vendido que o HR-V.

No segmento dos SUVs compactos, a Honda tem motivos de sobra para sorrir. No primeiro semestre de 2017, nenhum modelo foi mais vendido que o HR-V. Na realidade, nenhum utilitário esportivo emplacou mais que o “jipinho” de origem japonesa neste ano. Quem está mais próximo é o Jeep Compass, que briga na categoria acima, a dos médios. Para não perder terreno, a montadora lançou há poucos meses a versão Touring, que foi avaliada pela equipe do Garagem360.

Em relação às demais, a versão top de linha se diferencia pelos faróis e lanternas em LED, sendo que o conjunto dianteiro também tem iluminação diurna (DRL). Assim como o design interno, o externo é muito bem acabado. No geral, o modelo é bem estiloso.

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Ainda sobre faróis e lanternas, é importante citar que eles contam com acendimento automático e permanecem ligados por alguns segundos mesmo após o travamento do carro. A maçaneta das portas traseiras também dá um destaque bacana, deixando o HR-V com uma cara mais esportiva. Nesta versão, as dianteiras são cromadas, o que pode não agradar motoristas mais exigentes.

Mecanicamente, todas as versões são equipadas com o motor 1.8 i-VTEC de até 140 cv. Embora deixe um pouco a desejar na hora de pegar embalo, o HR-V é um carro muito gostoso de dirigir. O volante, que por sinal é muito bonito (cheio de funções e detalhes em couro), é bem leve. Outro ponto positivo é o câmbio automático – por ser continuamente variável (CVT), não dá trancos.

O desempenho não chega a empolgar, mas também não decepciona. O consumo ficou na casa dos 7 km/l com etanol, rodando a maior parte do tempo na cidade. A marca não chega a ser espetacular, mas considerando o tamanho e peso do carro, até que está bom.

Para quem gosta de ter mais controle sobre o veículo, as borboletas da direção são bacanas, mas só funcionam bem quando o carro está no modo Sport. Por sinal, essa configuração melhora ainda mais a dirigibilidade. Porém, por deixar o giro do motor mais alto, o consumo de combustível pode aumentar.

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Honda HR-V Touring

Motorização: 1.8l i-VTEC 16 válvulas 139 cv/140 cv (etanol/gasolina) FlexOne

Torque máximo líquido: 17,4 kgfm a 5.000 rpm/17,3 kgfm  a 4.800 rpm (etanol/gasolina)

Transmissão: Automática continuamente variável (CVT) – com simulação de sete marchas

Tanque de combustível: 51 L

Porta-malas: 437 L

Preço: R$ 107.900

Pontos positivos: Design moderno, acabamento interno, conforto ao dirigir

Pontos negativos: Preço alto, falta de teto solar e detector de ponto cego, poderia ter partida por botão

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O Chevrolet Tracker, que foi testado pela equipe do Garagem360 há alguns meses, fica na frente quando o assunto é motor. O propulsor turbo pega velocidade com muita facilidade e responde bem melhor do que o usado no HR-V. Além disso, o carro da GM conta com teto solar e detector de ponto cego nos espelhos retrovisores laterais, itens ausentes nessa versão do Honda, mesmo custando quase R$ 15 mil a mais.

Espaço para todos

Ainda em relação ao Tracker, o HR-V leva vantagem nos seguintes quesitos: espaço interno e do porta-malas, acabamento interno e controle de tração e estabilidade. Os detalhes em couro e costuras bem acabadas do SUV mostram o cuidado que a Honda teve no interior de seu veículo. Isso pode ser visto até pelo sistema do ar-condicionado digital, que é bonito e sensível ao toque. Só peca por não ser dual-zone.

Para carregar objetos grandes, o interior modular do HR-V também ajuda bastante. Os bancos bipartidos rebatem com facilidade, e a boa altura da cabine é excelente para o transporte de itens maiores.

O sistema multimídia é bem simples de mexer, mas não é compatível com as tecnologias Android Auto e Apple CarPlay. Entretanto, as funções oferecidas na telinha de sete polegadas funcionaram sem qualquer problema ou dificuldade. O GPS é simples de configurar e chega até a reproduzir imagens em bifurcações para ilustrar de maneira mais simples qual o lado correto a ser seguido. Seu único problema é estar um pouco desatualizado – em algumas vias de São Paulo (SP), cujo limite de velocidade era de 50 km/h, o navegador exibia a máxima de 60 km/h.

A câmera de ré mostra uma imagem bastante ampla (que lembra até as lentes wide e olho de peixe), e indica a trajetória da manobra. O sensor de estacionamento – que pode ter o som desligado – também auxilia o motorista, mas é um pouco “afobado”. Mesmo estando longe de paredes e outros veículos, ele apita forte como se estivesse prestes a bater.

Outro item que merece destaque é o sistema de som, que conta com quatro alto-falantes e dois tweeters. Ele agradou com desempenho acima da média. As músicas saem bem limpas, com o grave forte e sem distorções mesmo em volumes altos.

Vale a compra?

O Honda HR-V mostrou qualidades que justificam suas boas vendas. Sua dirigibilidade e estabilidade, aliadas a um bom pacote e a uma marca que tem forte aceitação no mercado de usados, são pontos que explicam seu sucesso. Ele ainda é um carro bonito e com linhas modernas, mesmo passados dois anos de seu lançamento. Porém, o preço é principal obstáculo para quem pretende investir no modelo.

A versão avaliada pelo Garagem 360 não sai por menos de R$ 107.900 – alguns concorrentes oferecem praticamente os mesmos recursos a preços mais acessíveis. Fora isso, nessa faixa a versão Touring concorre diretamente com a linha de entrada do Jeep Compass e do Hyundai ix35, que são maiores.

Alguns outros mimos, como a partida por botão e o já citado teto solar, também poderiam fazer parte dos itens de um carro dessa faixa de preço. Até mesmo um motor turbinado poderia equipar o modelo. Entretanto, se a pessoa está disposta a por a mão no bolso, o SUV japonês com certeza é uma boa opção, principalmente para os fãs da marca.

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PPKX XD ✓ᵛᵉʳᶦᶠᶦᵉᵈ
PPKX XD ✓ᵛᵉʳᶦᶠᶦᵉᵈ
2 de agosto de 2017 10:01

Um carro caro que não vale o que custa, oferece pouco… o povo ainda compra pelo mito de que Honda não quebra e nem desvaloriza

Maria Beatriz Vaccari e Leo Alves
Escrito por

Maria Beatriz Vaccari e Leo Alves

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