Nissan Frontier tem produção suspensa, mas o que está por trás disso?

Nissan suspende produção da Frontier e cancela sucessora na Argentina após crise e fim da fusão com a Honda.

Nissan Frontier é uma das picapes mais admiradas quando o assunto é design e tecnologia. No entanto, após a chegada de uma nova crise, a marca japonesa se viu obrigada a suspender a produção do veículo.

Em detalhes, além dessa suspensão, que, aliás, deixou muita gente com uma pulga atrás da orelha sobre o que estaria acontecendo, a Nissan também cancelou a sucessora da picape na Argentina.

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Foto: divulgação

O que está por trás da suspensão da produção da Nissan Frontier?

Bem, para melhor entender essa história, é preciso voltar um pouco atrás. Isto é, recentemente, a marca japonesa passou por uma série de dificuldades financeiras que resultaram na decisão de suspender a produção de modelos importantes, incluindo a Nissan Frontier, em sua fábrica de Córdoba, na Argentina. 

Basicamente, esse movimento foi visto como um reflexo da crise global que afeta a indústria automotiva, mas há outro fator importante que merece destaque: o cancelamento da fusão com a Honda.

Em detalhes, no início de 2024, a Nissan estava negociando uma aliança estratégica com a Honda, uma das suas maiores concorrentes, com o objetivo de superar a crise.

Dessa forma, as duas marcas chegaram a um acordo inicial e assinaram um memorando de intenções para criar uma joint venture que visava fortalecer a posição de ambas no mercado global.

No entanto, durante as conversas, a Honda propôs um modelo de incorporação no qual a Nissan se tornaria uma subsidiária, o que gerou divergências significativas entre as duas empresas.

Assim, no dia13 de fevereiro de 2025, as negociações foram oficialmente encerradas, e a fusão foi cancelada, deixando a Nissan em uma situação ainda mais desafiadora.

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Nissan agora enfrenta crise interna

Sem a Honda como parceira estratégica, a Nissan agora enfrenta uma crise interna, com a necessidade de demitir milhares de trabalhadores e reduzir sua produção global em 20%.

A fábrica da Nissan em Córdoba, onde a Frontier é montada, também está entre as mais afetadas, com a suspensão da produção do modelo atual e o cancelamento do desenvolvimento de sua sucessora, prevista para ser lançada em breve. 

Se formos levar em conta todas as informações propostas, a decisão de interromper o projeto da próxima geração da Frontier, identificada pelo código H60E, é um reflexo direto da reestruturação necessária para a empresa enfrentar as dificuldades financeiras.

Além disso, a situação é ainda mais agravada pelo impacto da crise na Argentina, onde a produção da Frontier e de sua “irmã” Renault Alaskan é um pilar econômico. 

Isto é, a fornecedora Maxion Montich, que fabrica o chassi da Frontier, entregou ao governo argentino um plano de contenção de crise, que inclui demissões, lay-offs e ajustes salariais. O sindicato argentino já sinalizou que pode declarar greve, o que apenas intensifica a pressão sobre a Nissan para buscar soluções rápidas.

Por fim, em meio a tudo isso, a empresa precisa lidar com a perda de confiança dos investidores e a redução na participação de sua parceira histórica, a Renault, que diminuiu sua participação na Nissan de 47% para menos de 40% em 2025

Agora, a marca japonesa terá de buscar alternativas para se reerguer e manter sua relevância no mercado automotivo.

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Vitória Marques
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