Motos históricas: conheça a BMW R 80 G/S
Motos clássicas: uma das linhagens de motocicletas de maior sucesso atualmente, a BMW GS - com história que se iniciou há 40 anos. Veja!
Motocicletas entre as mais desejadas pelos brasileiros e sucesso nas estradas do País, tanto quanto fora dela, a linhagem BMW GS tem uma história que se iniciou há mais de 40 anos, no começo da década de 1980. Confira mais uma trajetória e detalhes das motos clássicas e históricas: exclusividade Garagem360!
Motos clássicas e históricas: tudo sobre a BMW R 80 G/S
Foi nessa época que o departamento de desenvolvimento da BMW usou sua experiência em competições off-road para projetar um modelo que unisse o melhor dos dois mundos: capacidade fora de estrada sem perder a desenvoltura para percorrer grandes distâncias.
E foi assim que, após uma breve gestação, de apenas um ano e nove meses, nasceu a BMW R 80 G/S. Concebida para ir bem nos dois mundos, a primeira G/S já tinha, em seu nome, sua vocação. É por isso que o nome veio com a barra entre o G e S, que significa Gelände/Straße – terra/estrada, em alemão.
BMW R 80 G/S em mais detalhes
A BMW R 80 G/S foi fabricada de 1980 a 1987 na fábrica da BMW Motorrad em Berlim, Alemanha. Sua produção totalizou, no período, 21.864 unidades.
Ela foi a primeira motocicleta de produção com roda traseira sustentada por um braço oscilante de um lado. Embora já existissem, à época, várias outras motocicletas desenvolvidas para uso dentro e fora da estrada, como as scramblers britânicas, a BMW R 80 G/S é amplamente reconhecida como a verdadeira origem da motocicleta de aventura tal qual conhecemos hoje.
O mecanismo de suspensão, batizado de monolever pela BMW, rapidamente convenceu os céticos iniciais com sua rigidez 30% maior em comparação a um braço oscilante convencional de dois lados e com a possibilidade de remoção descomplicada da roda.
O monolever era também mais leve do que os modelos existentes até então e foi posteriormente instalado em outras motocicletas da marca. As características de pilotagem da G/S, que pesava apenas 186 kg e tinha um centro de gravidade baixo, logo de cara encantaram os clientes e a imprensa especializada.
BMW R 80 G/S era equipada com um motor boxer
A BMW R 80 G/S era equipada com um motor boxer (bicilíndrico) de 797,5 cc, que rendia potência máxima de 50 cv a 6.500 rpm e torque máximo de 5,67 kgf.m a 4.000 rpm. A velocidade máxima era de 167 km/h. Nos primeiros modelos, a partida elétrica era opcional.
A moto ganhou popularidade entre os viajantes em busca de aventura depois de ter vencido várias vezes o mundialmente famoso rally Paris-Dakar. A BMW ofereceu várias peças opcionais, incluindo um tanque de combustível de 32 litros, um assento individual, escapamento inoxidável e uma bateria maior.
Isso significou que, pela primeira vez, uma verdadeira motocicleta de viagem de aventura podia ser comprada diretamente de um fabricante.
Modelos posteriores e aposentadoria em 1987
O primeiro dos vários modelos especiais lançados pela BMW Motorrad foi o Dakar, de 1984, equipado com barras de proteção, um único assento, bagageiro e pneus Michelin de uso misto. A G/S Dakar ostentava um enorme tanque de combustível de 8,45 galões (32 litros), tornando-a uma bike capaz de percorrer distâncias enormes sem ter de ir ao posto de gasolina.
Além do modelo de série Dakar, foi lançado um kit de conversão para aqueles que desejavam remodelar sua R80 G/S.
Em 1986, a R 80 G/S ganhou a companhia da R 100 GS, que tinha um motor de 980 cc e uma unidade de suspensão e acionamento atualizada chamada paralever.
As melhorias nos modelos posteriores à R 80 G/S original incluíam o uso de para-lamas dianteiros desenvolvidos em túnel de vento para reduzir a oscilação dianteira em altas velocidades, assento maior, bateria maior e uma placa de liga metálica embaixo do chassis, fornecendo proteção para o cárter, e coletor de escape.
Em 1987, a produção da BMW R 80 G/S foi descontinuada e a moto foi sucedida pela R 65 GS, com motor de 650 cc, que produzia modestos 27 cv, mas atingia a velocidade máxima de 146 km/h, que não era insignificante para pilotos iniciantes – público ao qual ela se destinava.
Motos clássicas e históricas: Imagens
Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.