VW Passat 45 anos: relembre a trajetória do modelo no Brasil

Um dos modelos mais importantes da história da Volkswagen no Brasil, o Passat está completando 45 anos de seu lançamento no País. Primeiro veículo...

Um dos modelos mais importantes da história da Volkswagen no Brasil, o Passat está completando 45 anos de seu lançamento no País. Primeiro veículo da marca no mercado brasileiro equipado com tração dianteira e motor refrigerado a água, o Passat chegou ao Brasil menos de um ano após seu lançamento na Alemanha, trazendo consigo inovações conceituais e tecnológicas inéditas para a época, além do elegante design, assinado pelo italiano Giorgetto Giugiaro.

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VW Passat 45 anos: história

Fabricado em São Bernardo do Campo, ele foi lançado em 1974 como modelo 1975, sendo oferecido inicialmente em duas versões de acabamento: L e LS, ambas com duas portas – à época, configuração preferida dos brasileiros. Seu desenho combinava traços de sedã e cupê, com a traseira estilo fastback. Por dentro, o Passat oferecia espaço para cinco passageiros e porta-malas com 450 litros.

Entre as novidades tecnológicas, o modelo introduziu no País as juntas homocinéticas, a carroceria com zonas de deformação controlada em caso de colisão, o duplo circuito de freios em ‘X’, acionamento das válvulas por correia dentada, entre outras. O motor da versão de lançamento tinha 1,5l e gerava 78 cv e 11,5 kgfm de torque. Associado ao câmbio de quatro marchas, ele levava o carro da imobilidade a 100 km/h em 15,3 segundos e a uma velocidade máxima de 150 km/h. Segundo a VW, o consumo ficava na casa dos 12 km/l na estrada.

Evolução

O Passat brasileiro ganharia sua versão quatro portas um ano após o lançamento. Entretanto, o modelo mais desejado na época foi o TS. Com motor de 1,6 litro importado da Alemanha, carburador de corpo duplo e câmbio de 5 marchas, em sua primeira versão o modelo era identificado pela dianteira com quatro faróis. Contava também com conta-giros no painel, mostradores auxiliares no console e volante de três raios. Em 1976, chegou também a versão 3 portas (hatchback), integrando o porta-malas à cabine. Uma versão 5 portas também foi fabricada no Brasil, mas apenas para exportação. Um modelo despojado, o Passat Surf, visando o público mais jovem, foi lançado em 1978.

Combustível alternativo

Em 1979, o Passat ganhou a opção do motor a etanol. Baseado no 1,5-litro a gasolina e com 65 cv, trazia como principal alteração a maior taxa de compressão (10,5:1), obtida por meio de um novo design dos pistões. Paralelamente, várias medidas foram adotadas para evitar a corrosão causada pelo combustível derivado da cana de açúcar. Inicialmente, o Passat a etanol foi vendido com exclusividade para órgãos governamentais. As versões a etanol eram as mesmas da linha tradicional, a gasolina.

Passat Iraque

Um modelo que marcou época foi o TSE, mais conhecido como ‘Passat Iraque’, por ser especialmente configurado para exportação ao país do Oriente Médio. Os iraquianos compraram cerca de 170 mil unidades do carro entre 1973 e 1988 e, por muito tempo, o Passat brasileiro tornou-se parte da paisagem urbana do país. Com quatro portas, motor de 1,6 litro e câmbio de quatro marchas, ele trazia bancos de veludo na cor vinho, radiador de cobre e ar-condicionado extra potente e acabou sendo oferecido também no mercado brasileiro, com boa aceitação.

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Passando por várias mudanças de estilo e aperfeiçoamento constante, o Passat foi fabricado no Brasil até dezembro de 1988. No total, foram produzidos 897.829 carros, dos quais cerca de 221 mil para exportação.

Segunda geração

A segunda geração do Passat também foi fabricada no Brasil, mas, por razões estratégicas, teve o nome mudado para Santana. Lançado no país em 1984, o Santana teve versões com duas e quatro portas, além de uma station wagon, a Quantum. Contava com motores 1,8l a gasolina ou álcool e, opcionalmente, câmbio automático. Durante seus primeiros anos no mercado nacional, conviveu com a primeira geração.

Importação

O Passat voltaria ao mercado brasileiro a partir de 1994, já em sua quarta geração, produzida na Alemanha, nas versões sedã e perua (Passat Variant). Desde então, tem ocupado o posto de sedã topo de linha da Volkswagen e portador de inovações tecnológicas de ponta. Exemplos foram os motores FSI, com injeção direta, e TSI, com injeção direta e turbocompressor, que estrearam na sexta geração, lançada em 2006.

O modelo atualmente oferecido no país corresponde à oitava geração e foi o introdutor do Active Info Display (painel configurável totalmente digital). Ele traz também o ACC (controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, que mantém a distância do carro da frente), alerta de tráfego cruzado à ré, sistema de infotainment Discover Pro com tela de 9,2”, conexão com telefone celular App-Connect e Media Control, entre outros itens. O modelo dispõe de recursos avançados, como o motor 2.0 TSI de 220 cv, combinado ao câmbio DSG de seis marchas, faróis de LED com sistema DLA e sistema de freios pós-colisão.

Mundialmente, o Passat superou 30 milhões de unidades produzidas desde seu lançamento, colocando-se junto ao Fusca e ao Golf como um dos três modelos de maior sucesso na história da Volkswagen.

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Leo Alves
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Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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