Vai parar DE NOVO! 1.200 funcionários da GM podem ficar sem trabalhar por até 10 meses

Funcionários da GM vão parar por 10 meses. Entenda como funciona a layoff, negociado entre montadora, sindicato e metalúrgicos.

Os funcionários da GM, em São José dos Campos, aprovaram o acordo de layoff proposto pela direção da companhia em assembleia na tarde desta terça-feira (27). A mediação foi feita pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região, filiado à CSP-Conlutas.

Funcionário da GM votam por layoff para manutenção de empregos. Imagem: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região

Funcionários da GM de São José dos Campos vão parar por 10 meses

De acordo com o Sindicato a proposta foi levada em assembleia após a garantia de que todos os trabalhadores (tanto os que irão ser afastados quanto os que vão ficar) terão estabilidade no emprego durante a vigência da suspensão dos contratos.

O layoff pode atingir 1.200 trabalhadores da planta, com duração de até dez meses, a partir de 3 de julho. A medida atingirá operários de todos os setores da empresa, que suspenderá o segundo turno durante o período. De acordo com a GM, o motivo é a queda na venda de veículos.

Nas três reuniões de negociação realizadas com a montadora, o Sindicato dos Metalúrgicos apresentou alternativas ao layoff, como a redução da jornada de trabalho sem a redução de salário, o que não foi aceito pela GM. Com isso, a entidade negociou a manutenção de todos os postos de trabalho.

“Desde o início das negociações, o Sindicato apresentou como condição para haver acordo a estabilidade no emprego. A GM lucrou muito nos últimos anos, e não podemos admitir que haja redução nos postos de trabalho”, disse o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano.

“Diante da atual conjuntura do país, a prioridade do nosso Sindicato é defender os empregos dos metalúrgicos”, ressalta o vice-presidente.

Layoff vai comprometer produção de diferentes modelos, como o Onix Joy. Foto: Divulgação

Detalhes do layoff

Nas negociações, o Sindicato conseguiu garantir a inclusão de cláusulas que garantem mais direitos aos metalúrgicos.

O acordo prevê que os trabalhadores em layoff recebam 100% do salário líquido. Uma parte será paga com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), e o restante será depositado pela GM.

Por conta do não recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), em virtude da suspensão dos contratos, ficou acertado que a GM pagará 8% a mais de salário como forma de compensação. Outro ponto é que os trabalhadores em layoff não terão desconto de Imposto de Renda.

A suspensão dos contratos não irá alterar o período de férias dos operários. Além disso, a GM firmou o compromisso de pagar o 13º salário completo para todos, bem como PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e reajuste salarial na data-base da categoria (1º de setembro). Os operários terão ainda o vale-alimentação e o plano de saúde mantidos.

Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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