URGENTE: GM deverá reintegrar mais de 800 funcionários demitidos

Decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região prevê o retorno dos 800 funcionários demitidos da GM.

A pressão fez efeito. Após a General Motors (GM) ter demitido 800 funcionários por e-mail, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região determinou, nesta terça-feira (31) sua reintegração ao quadro da empresa. 

Funcionários da GM entram em greve nesta segunda

Funcionários da GM entram em greve nesta segunda (Foto: SindmetalSJC)

Mais de 800 funcionários devem voltar ao trabalho na GM

Ao todo, 839 metalúrgicos demitidos devem retornar ao trabalho. A decisão foi assinada pelo desembargador João Alberto Alves Machado e prevê o retorno hoje (01/11).

O desembargador vice-presidente judicial do TRT acatou o pedido de liminar encaminhado pelo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

A justificativa do sindicato é a violação do acordo coletivo pela GM, uma vez que já havia acordado manter a estabilidade dos empregos até o fim do layoff.

A decisão veio depois de uma longa queda de braço entre a empresa, o sindicato e os trabalhadores. Estes últimos foram rápidos, e iniciaram uma greve na segunda- feira (23/10) após o anúncio das demissões no sábado (21/10). 

Os trabalhadores chegaram a receber os valores referentes a indenizações pelo desligamento, no entanto a decisão do desembargador determina também “a pronta reinserção na folha de pagamentos (e mantidos todos os direitos e condições vigentes antes das demissões).

Caso não acate, a GM terá que pagar multa diária (“astreintes”) de R$ 1.000,00 por trabalhador dispensado ou não reintegrado, destinada aos próprios funcionários, até o limite do valor atual do salário mensal de cada qual.

800 funcionários perderam seus empregos, mas greve quer fazer GM voltar atrás - Foto: Sind SJC
800 funcionários perderam seus empregos, mas greve quer fazer GM voltar atrás – Foto: Sind Metal SJC

Ainda nesta quarta-feira, o Sindicato decidiu manter a greve até que a empresa reintegre os trabalhadores.

Até o momento, a General Motors não se manifestou quanto à liminar ou à decisão do TRT. 

Entenda o caso

Em junho deste ano, GM, sindicatos e metalúrgicos entraram em um consenso para um layoff que iniciou em 3 de julho com 1,2 mil trabalhadores da fábrica de São José dos Campos.

Lá trabalham cerca de 4 mil profissionais, e de onde saem os modelos S-10 e Trailblazer.

Na ocasião foi definido que no período de dez meses, esses funcionários estariam afastados, se qualificando, mas sem perder todos os benefícios.

Também foi definido a estabilidade dos empregos de todos. No entanto, a montadora demitiu 800 funcionários por e-mail e telegrama no último dia 21/10, o que levou à greve. 

A lista de irregularidades também inclui a quebra da decisão do Supremo Tribunal Federal, que determinou a negociação com o sindicato da categoria antes de qualquer desligamento coletivo. 

O sindicato, por sua vez, alega que em nenhum momento a GM se reuniu com os representantes dos trabalhadores para buscar alternativas.

Aqui você pode acompanhar mais sobre o caso

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Robson Quirino
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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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