Em seminário internacional sobre mobilidade sustentável, realizado na Índia no final do mês passado, a Toyota deixou mais uma vez claro que, na sua visão, o futuro do setor automotivo não será 100% elétrico.
Entenda a posição da Toyota sobre o futuro elétrico da indústria
A maior fabricante global de veículos, a empresa crê que existem outras alternativas viáveis para a descarbonização do transporte.
Durante o “Ethanol Talks”, realizado em Arpora Goa, estância turística da Índia, a Toyota do Brasil destacou sua defesa do uso de biocombustíveis na eletrificação automotiva.
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A empresa integrou a missão oficial brasileira, da qual também fizeram parte entidades como União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
A Toyota do Brasil revela que, “em reuniões estratégicas, ficou evidente a intenção da Índia de expandir o uso de biocombustíveis para a descarbonização do transporte, com a meta de 20% de etanol misturado à gasolina até 2025”.
No último mês de abril, um acordo de cooperação entre o Brasil e a Índia havia sido consolidado, demonstrando o apoio do governo brasileiro à transição de combustíveis.
“Estamos entusiasmados em continuar contribuindo para que a Índia aproveite essa tecnologia madura que favorece a neutralidade de carbono. Outros países têm mostrado interesse em nossa perspectiva”, destacou Roberto Braun, diretor de Assuntos Regulatórios e Governamentais da Toyota do Brasil, no evento.
No seminário, a Toyota ressaltou as oportunidades dos biocombustíveis, combinando etanol com outras tecnologias de eletrificação.
“O aquecimento global exige que alcancemos a neutralidade de carbono. Precisamos reduzir as emissões agora. Desde 1997, nossas inovações reduziram 160 milhões de toneladas de CO2”, enfatizou Braun.
Toyota Corolla Hybrid é demonstrado no seminário
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou, durante o evento, o projeto de lei ‘Combustível do Futuro’. A proposta enfatiza a avaliação completa das emissões de CO2 e sugere um aumento na proporção de etanol na gasolina de 27% para 30%.
A Toyota Índia (TKM) também apresentou o Corolla híbrido flex, produzido no Brasil. Segundo a empresa, o veículo ressalta a dedicação global da Toyota às tecnologias limpas.
Essa inovação, com mais de 60 mil unidades vendidas no Brasil, evitou a emissão de 10 mil toneladas de CO2.
Braun delineou as estratégias da Toyota em quatro tecnologias de eletrificação. Além dos modelos híbridos e híbridos flex, a empresa se dedica a híbridos plug-in, veículos 100% a bateria e veículos movidos a hidrogênio.
“Existem várias rotas tecnológicas para descarbonizar a mobilidade mundialmente. O Brasil já deu início a este processo optando pelo etanol. Estamos em um momento em que soluções são necessárias não apenas para novas tecnologias, mas também para o que já está estabelecido”, afirmou o executivo.
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