Testamos: Peugeot 208 e os atrativos da versão intermediária
O Peugeot 208 volta para a seção de testes do Garagem360 em sua versão intermediária. Veja os atrativos do modelo e se ele é uma boa compra.
O Peugeot 208 já passou pela nossa seção de testes neste ano. Em janeiro, eu avaliei o modelo Griffe, o mais completo da linha, cujo texto pode ser visto aqui.
Agora foi a vez da versão intermediária do modelo ser analisada. Porém, antes de começar o texto, é preciso fazer um esclarecimento.
Este modelo testado é da configuração Active Pack. Acontece que ela não é mais oferecida na linha 2022, sendo substituída, em partes, pela Active. Dessa forma, a análise do conteúdo será baseado nesta versão.
Peugeot 208 intermediário
Em relação ao Griffe, o 208 Active conserva o mesmo conjunto mecânico, que é formado pelo motor 1.6 flex de 118 cv e o câmbio automático de seis marchas, além da luz diurna em LED no formato de dentes de sabre. Outros itens em comum são a central multimídia de sete polegadas com Android Auto e CarPlay, além do ar-condicionado digital – este, de série em todas as configurações do hatch.
A boa dinâmica e a posição de dirigir diferenciada, por conta do volante menor, também estão presentes no carro de origem francesa. Assim como já havia percebido no modelo mais completo, o 208 intermediário também me cativou pela sua boa dirigibilidade. O hatch faz curvas muito bem, mas sem ser desconfortável. Sem contar que o banco do motorista abraça bem o corpo e não cansa mesmo após horas ao volante.
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Acredito que a melhor definição do 208 é de que ele é um carro bom para quem gosta de dirigir. É um veículo para se passar horas ao volante aproveitando uma estrada sinuosa e com uma boa trilha sonora ao fundo.
Deslizes
O espaço interno é um dos pontos que deixam a desejar no 208. Principalmente o do banco traseiro, que não acomoda tão bem dois adultos com mais de 1,80 m. Sem contar que a porta traseira pequena dificulta o acesso à cabine. Outro ponto que não me agrada muito no modelo é o comando do ar-condicionado ser feito na central multimídia, o que força o condutor a desviar a atenção da direção para regular a temperatura ou intensidade do ar.
E por mais que o carro testado tivesse o teto panorâmico, o item agora só está disponível na versão Griffe. Dessa forma, caso opte pelo modelo intermediário, saiba que o equipamento não é oferecido nem como opcional.
Vale a compra?
Por ter ficado mais barato em todas as versões, o 208 se tornou bem mais atrativo na linha 2022. A versão Active, que substitui a Active Pack, conserva praticamente todos os equipamentos e pode ser uma boa opção no segmento. Por mais que o motor 1.6 não seja o mais moderno da categoria, ele surpreende pelo consumo baixo e boa resposta.
Ficha técnica Peugeot 208 Active Pack | |
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Motor | 1,6l 16 válvulas flex |
Potência/Torque | 118 cv/115 cv a 5.750 RPM (e/g) / 15,5 kgfm/15,4 kgfm a 4 mil RPM (e/g) |
Transmissão | Automática de seis marchas |
Suspensão | McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira) |
Consumo | 9 km/l (g) e 7,5 km/l (e) na cidade / 13,1 km/l (g) e 10,9 km/l (e) em rodovias |
Roda e Pneus | Rodas de 16 polegadas |
Freios | Disco ventilado (dianteiro) e tambor (traseiro) com ABS e EBD |
Peso | 1.252 kg |
Dimensão | 4,05 m (c) x 1,73 m (l) x 1,45 m (a); entre-eixos de 2,53 m |
Capacidade | Porta-malas com 265 litros; tanque de 47 l |
Preço | R$ 80 mil |
Avaliação Peugeot 208 intermediário | |
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Conjunto mecânico | ★★★☆☆ |
Espaço interno | ★★★☆☆ |
Tecnologia | ★★★☆☆ |
Conectividade | ★★★☆☆ |
Acabamento | ★★★★☆ |
Impressões ao volante | ★★★★☆ |
Vale a pena comprar? | ★★★☆☆ |
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.