Testamos: Honda Civic Si é um esportivo pronto para o uso urbano
O Honda Civic Si já tem certa tradição no mercado brasileiro. Sua primeira aparição foi em 2007, com direito a fabricação nacional, motor 2.0 de 192 cv, mas feito na carroceria sedã de quatro portas. Durou até 2010. Ele retornou em 2014, só que como importado e na carroceria cupê. O propulsor aumentou para um 2.4 de 206 cv, também de aspiração natural.
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A terceira geração do Si conservou o estilo da anterior, mas trouxe soluções inéditas, estreando no Brasil em 2018. E, para conhecê-lo melhor, o Garagem360 testou um exemplar.
Honda Civic Si: como anda
Versão apimentada do sedã médio da Honda, o modelo trocou os motores aspirados por um turbinado. Sob o capô habita um 1.5 turbo que desenvolve 208 cv de potência e 26,5 kgfm de torque máximo. Queimando somente gasolina, ele deriva do utilizado na versão Touring do Civic, mas foi trabalhado para render mais no esportivo. E o motor dá conta do recado, já que consegue entregar um bom desempenho – e sem abrir mão da economia.
[info_box title=”Raio-X”]Honda Civic Si 2019
Motorização: 1,5l 16 válvulas 208 cv a 5.700 RPM (gasolina)
Torque máximo líquido: 26,5 kgfm entre 2.100 e 5 mil RPM (gasolina)
Transmissão: manual de seis marchas
Dimensões: 4,52 m x 1,79 m x 1,42 m (comprimento x largura x altura)
Distância entre eixos: 2,7 m
Peso em ordem de marcha: 1.321 kg
Tanque de combustível: 72 L
Consumo: 8,3 km/l cidade/estrada (somente gasolina – pelo computador de bordo)
Porta-malas: 334 L
Preço: R$ 162.900 mil
Pontos positivos: desempenho, prazer ao dirigir e economia de combustível
Pontos negativos: espaço para a cabeça, ausência dos sensores de estacionamento, câmbio bem justo
[/info_box]Não é difícil superar os 10 km/l em uma condução tranquila e com trânsito favorável. O Si chegou a fazer 13,4 km/l em determinados momentos, segundo seu computador de bordo. Sua média final foi de 8,3 km/l. Porém, este não é bem o foco de quem paga mais de R$ 160 mil em um Civic com um aerofólio chamativo. E, assim como seus antecessores, este Si tem todos os atributos de um esportivo raiz: câmbio manual, condução empolgante e visual chamativo.
Ele não chega a atrair tantos olhares quanto o Chevrolet Camaro, mas também faz sucesso por onde passa. Não é raro notar olhares de outros motoristas durante as paradas em semáforos. A cor azul da unidade testada e o estilo invocado do cupê são os principais responsáveis pela curiosidade.
Vida a bordo
Se por fora ele ostenta uma carroceria chamativa, por dentro o habitáculo não se difere tanto dos demais modelos do Civic. As exceções são os bancos do tipo concha, as costuras em vermelho e as pedaleiras em alumínio. O espaço é bom para quatro adultos, contanto que os do banco traseiro não sejam muito altos, por conta do caimento do teto. Quem tiver mais de 1,80 m viaja com a cabeça encostando no vidro traseiro.
Para o motorista, a posição de dirigir é boa. Os comandos estão bem posicionados e a visibilidade é agradável. A direção é leve e precisa, mas o pedal da embreagem é um pouco mais duro que o normal. A transmissão manual de seis marchas tem bons engates, mas seu curso é bastante justo. Ao trocar de segunda para terceira, por exemplo, pode-se engatar a primeira marcha.
Vale a compra?
Assim como o VW Golf GTI, seu rival nessa faixa de preço, o Civic Si é um modelo de nicho. Ele herda algumas qualidades das versões de três volumes, como a dirigibilidade exemplar, boa lista de equipamentos e consumo comedido. Some a isso tudo o seu bom desempenho e o resultado é um bom carro, que tente a agradar a quem gosta de um modelo com mais tempero.
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.