Testamos: Fiat Argo Drive 1.3 é confortável, anda bem e bebe pouco

Lançado há dois anos, o Fiat Argo vive um bom momento no mercado nacional. Além de ser o segundo modelo mais vendido da marca italiana — praticamente empatado com a Strada, o hatch também está à frente de seu principal rival, o VW Polo. Para conhecer melhor o carro, o Garagem360 passou uma semana com a versão Drive 1.3 equipada com o câmbio manual.

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Fiat Argo Drive 1.3: como anda

Com 109 cv de potência e 14,2 kgfm de torque, o desempenho do hatch é melhor do que os números parecem indicar. O Argo se movimenta com facilidade, principalmente por oferecer bastante torque em baixa rotação. Por isso, ele embala rápido e vence subidas sem dificuldades. Abastecido com etanol, ele fechou o teste com 8,6 km/l de média, fazendo 12,9 km/l em um trecho de rodovia.

Os pedais são leves e é preciso domar o ímpeto para não acelerar demais. A embreagem tem o curso longo, mas não compromete a dirigibilidade. Com encaixes macios, o câmbio também deixou uma impressão positiva. Embora não seja tão precisa quanto a do rival Polo, a transmissão funciona bem mesmo quando o trânsito está mais carregado.

Cabine aconchegante

Por serem da mesma família, Cronos e Argo têm interiores semelhantes. E, assim como o sedã, o dois volumes também agradou pela qualidade de seu acabamento. É verdade que poderia haver um pouco mais de tecido nas portas, mas os plásticos utilizados não parecem ser frágeis. A unidade testada tinha cerca de 24 mil km rodados e mesmo assim não se notava rangidos ou ruídos oriundos da cabine, o que comprova a boa qualidade do interior.

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A posição de dirigir do Argo é agradável, já que o banco abraça bem o corpo e tem uma boa espessura, o que permite dirigir sem sentir cansaço mesmo após algumas horas ao volante. Outro ponto que merece destaque é a ergonomia do interior. Todos os comandos estão sempre à mão e são intuitivos. O único que foge à regra é o controle de áudio, que fica atrás do volante e requer um pouco de paciência para assimilar que do lado esquerdo troca-se a faixa da música e do lado direito aumenta-se o volume — ou vice-versa.

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Fiat Argo Drive 1.3

Motorização: 1,3l Firefly 8 válvulas 109 cv/101 cv a 6.250 / 6 mil RPM (etanol/gasolina)

Torque máximo líquido: 14,2 kgfm/13,7 kgfm a 3.500 RPM (etanol/gasolina)

Transmissão: Manual de cinco marchas

Dimensões: 3,99 m x 1,72 m x 1,50 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,52 m

Peso em ordem de marcha: 1.140 kg

Tanque de combustível: 48 L

Consumo: 8,6 km/l cidade/estrada com etanol (pelo computador de bordo)

Porta-malas: 300 L

Preço: R$ 53.690 (R$ 61.980 como o testado)

Pontos positivos: desempenho agradável, bom espaço interno, dirigibilidade

Pontos negativos: preço dos opcionais, tela do Apple CarPlay,

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Para evitar essa confusão, pode-se controlar o sistema de áudio pela central multimídia, que também tem funcionamento simples, embora seja um pouco confusa em alguns momentos. Algumas telas, como a de rádio, tem muitas informações simultâneas e que podem confundir. Entretanto, o pareamento Bluetooth com os celulares é fácil e rápido de ser feito. O espelhamento também funciona bem, mas o visual com os telefones que usam iOS é estranho, já que não é feito em tela cheia, o que faz com que surjam bordas vermelhas na tela multimídia.

Vale a compra?

O Argo é confortável e acomoda bem quatro adultos. Mesmo sem ser referência em potência, ele entrega um bom desempenho e um bom consumo, inferior até mesmo a alguns modelos 1.0. Por R$ 53.690, ele oferece um bom pacote de equipamentos, mas para ter um veículo como o testado é preciso desembolsar R$ 61.980 para levar as rodas de 15 polegadas, faróis de neblina, câmera de ré, central multimídia de nove polegadas, acabamento cinza no interior e a pintura em Branco Banchisa.

Trata-se de um bom carro urbano e com desempenho suficiente para encarar uma estrada. Por ter mais méritos que defeitos, vale a pena conhecer o modelo para quem busca um veículo na faixa dos R$ 50 mil.

 

Leo Alves
Leo AlvesJornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.
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