Tesla brasileira: revelamos como é a Lecar, primeira marca de carros 100% nacional

Conheça a Tesla brasileira! A Lecar promete fábrica, carros híbridos flex e autonomia de 1.000 km no Brasil

A “Tesla brasileira“, como gosta de ser chamada, tem nome e sobrenome: Lecar. Criada há pouco mais de três anos pelo empresário Flávio Figueiredo, a marca já anunciou modelos, abriu concessionária e até iniciou pré-venda — mas sem um carro sequer rodando nas ruas.

A ambição? Construir uma fábrica no Espírito Santo, criar veículos híbridos flex e resgatar o orgulho nacional na indústria automotiva. Mas será que tudo isso vai sair do papel? Acompanhe o Garagem360 e veja mais detalhes!

Lecar e o sonho da “Tesla brasileira”

A primeira concessionária da Lecar foi inaugurada em São Caetano do Sul (SP). Apesar disso, os primeiros carros só devem chegar às mãos dos compradores a partir de agosto de 2026, quando a marca prevê iniciar a produção.

Tesla brasileira; Lecar

Foto: Reprodução / Instagram (@lecarbrasil)

A princípio, a fábrica planejada para Sooretama (ES) terá 90 mil m² e capacidade para 120 mil carros por ano, empregando 1.500 pessoas. O investimento estimado é de R$ 870 milhões — um valor bem abaixo do que outras montadoras gastam, como os R$ 5,5 bilhões da BYD em Camaçari (BA).

O próprio fundador se inspira abertamente em Elon Musk e no modelo de negócios da Tesla, com produção sob demanda e foco em tecnologia.

Como serão os carros da Tesla brasileira?

Por enquanto, dois modelos estão confirmados:

  • Lecar 459 – SUV híbrido flex com tração elétrica, inspirado entre o Tesla Model 3 e Model Y.
  • Lecar Campo – Picape compacta voltada ao uso comercial, do porte de uma Fiat Strada, pensada para atender programas de financiamento do BNDES.

Ambos usarão a mesma plataforma e terão motorização elétrica de autonomia estendida (EREV). Isso significa que um motor 1.0 turbo flex (o mesmo de Renault Kardian e Nissan Kicks) funcionará como gerador para alimentar as baterias de 18,4 kWh.

A promessa mais ousada? 1.000 km de autonomia usando apenas 30 litros de etanol, segundo dados da fornecedora Horse.

O que há de concreto no projeto da Lecar?

A marca afirma já ter fornecedores definidos para pneus (Pirelli), rodas (Maxion), freios (Fras-le), amortecedores (Nakata) e o gerador elétrico (Weg). Além disso, o índice de nacionalização divulgado é de 83%.

Outro destaque é a blindagem de fábrica, feita pela mesma empresa que abriu a primeira concessionária. A garantia prometida é de 3 anos para o carro e 10 anos para o powertrain elétrico.

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Estratégia de vendas e pós-venda

A Lecar quer fugir da “Lei Ferrari”, que impede vendas diretas da fábrica ao consumidor. Por isso, pretende abrir 20 concessionárias até 2025, mesmo sem ter veículos prontos para entrega.

Tesla brasileira Lecar

Foto: Divulgação / Lecar Brasil

O modelo de negócios será semelhante ao da Tesla: o cliente encomenda o carro, e ele só é produzido após a compra. As concessionárias não farão manutenção — esse trabalho ficará com centros de serviço especializados, possivelmente ligados à Weg ou até redes Renault e Nissan.

Tesla brasileira: promessa ou realidade em 2026?

Ainda há muitas dúvidas: a produção está prevista para começar em um prazo considerado apertado para a indústria, e o investimento total é modesto diante dos concorrentes. Porém, o fundador mantém o discurso otimista e garante que todos os contratos estão assinados.

Se a Lecar entregar o que promete, pode sim se tornar um marco para o setor automotivo brasileiro — e talvez justificar o apelido de Tesla brasileira.

E você, acredita que a Lecar vai cumprir o que promete? Deixe sua opinião nos comentários abaixo!

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Kawane Licheski
Escrito por

Kawane Licheski

Formada em Administração de Empresas, Jornalismo e mestranda em Comunicação. Apaixonada por setor automobilístico, true crime e livros. Fez da escrita e produção de conteúdo sua paixão e profissão.

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