SUVs em alta: este modelo não é nem considerado na hora de comprar 

Apesar dos SUVs em alta no Brasil, um modelo amarga um mau desempenho em vendas. No primeiro trimestre do ano foram emplacadas pouco mais de 100 unidades do Renault Captur. É algo pouco expressivo, principalmente se avaliar os representantes do segmento mais vendidos, como o Hyundai Creta 5.851 unidades e Chevrolet Tracker, com 5.431. 

Renault Captur
SUVs em alta, menos o Renault Captur. Foto: Divulgação

SUVs em alta, menos o Renault Captur

O Renault Captur 2023 chegou ao mercado com algumas novidades em relação aos modelos anteriores. Ele sai de fábrica com motor 1.3 flex, mais potente que as versões anteriores, além de mudanças na central multimídia e aprimoramentos no design e recursos de segurança. 

O SUV também está disponível em mais de uma versão, incluindo Zen, Intense e Iconic. Cada uma com diferentes equipamentos e preços, podendo chegar a R$ 159.490 (Iconic). 

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É um carro com bom espaço interno e porta-malas, confortável e relativamente seguro, principalmente por conta dos seis airbags, controle de estabilidade, tração, assistente de partida, entre outros. 

Não é dos mais econômicos, mas pela motorização e tamanho, é aceitável seu desempenho:  7,7 km/l com etanol e 10,9 km/l com gasolina na cidade; 8,2 km/l com etanol e 11,6 km/l com gasolina na estrada.

Por que o Renault Captur não é tão vendido?

Primeiro, a forte concorrência no segmento de SUVs, um dos mais disputados do mercado automotivo nacional. Apesar dos hatches ainda serem os mais vendidos (principalmente pelo preço), a maioria dos brasileiros querem um SUV, o que aumenta o interesse das montadoras que trazem mais modelos para cá. 

Segundo, o preço. Enquanto o Captur é vendido a partir de R$ 140 mil, alguns dos seus concorrentes estão em uma faixa menor. Por exemplo, o Hyundai Creta, sai por R$ 123 mil, o Tracker por R$ 120.990, o Citroën C4 Cactus Live 1.6 por R$ 108.990, o Renegade 1.3 por R$ 130.000. 

O valor maior em relação a vários SUVs, uns mais robustos outros não, já coloca o consumidor em dúvida: vale a pena pagar R$ 140 mil em um Captur se há outras opções mais baratas com características semelhantes? Possivelmente ele escolheu outras opções, já que alguns dos modelos acima contam com mais de 5 mil unidades vendidas no ano, mas o Captur mal superou as 100 unidades. 

interior SUV
Interior do Renault Captur. Foto: Divulgação

Ele merece mais mais espaço no mercado brasileiro

Uma percepção errada de muitos brasileiros é que a marca não tem um programa de capacitação ou suporte adequado para mecânicos ou lojas especializadas nas vendas de peças de reposição. Tal desinformação também pode gera consequências ao número de unidades emplacadas.

Em contato com o Garagem360 a Renault afirma que “possui um extenso programa de capacitação e suporte para mecânicos especializados, através do  site mecanico.renault.com.br, que oferece capacitação e treinamento para reparação dos veículos da marca. 

Além disso, temos o e-commerce de vendas no Mercado Livre – somos uma das lojas com o melhor desempenho na plataforma. Tudo isso fez com que a Renault seja reconhecida pelo Sindirepa, pelo quarto ano consecutivo, parceira do setor de reparação independente.”

Errata: A matéria foi publicada no dia 25 de maio e alterada pela edição no dia 26 de maio para complemento de informações.

Robson QuirinoSou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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