Suspeitou da qualidade do combustível? Postos são obrigados a testar!

Você sabia que os postos devem fazer alguns testes quando o consumidor suspeita da qualidade do combustível? Isso mesmo! A informação é do Instituto Combustível Legal (ICL). Assim, aqui você ficará sabendo sobre seis desses testes. Confira a seguir!

qualidade do combustível
Foto: Pixabay.com

Suspeitas sobre a qualidade do combustível? Conheça seis testes que os postos são obrigados a fazer!

Este é assunto que causa bastante polêmica. Isso porque muitos motoristas já caíram em golpes envolvendo o combustível de carro. E saber a qualidade do combustível é importante, pois se a qualidade é ruim, o veículo pode apresentar sérios problemas.

Dentre os problemas ocasionados pela má qualidade do combustível, podemos destacar:

  • Aumento do consumo
  • Acúmulo de depósitos no motor
  • Carbonização das velas de ignição e entre outros
Foto: Pixabay.com

Com isso, o proprietário do veículo terá que gastar muito dinheiro para concertar o veículo. Ou seja, tanto o carro quanto o motorista serão os mais prejudicados.

Testes: direito do consumidor

Por outro lado, é possível evitar “dores de cabeça”. Chegamos no ponto principal da nossa reportagem! A saída, por exemplo, é exigir com que o posto realize alguns testes de qualidade. Isso porque é um direito do consumidor garantido pela lei brasileira. Veja:

Art. 8º O Revendedor Varejista fica obrigado a realizar as análises mencionadas no item 3 do Regulamento Técnico sempre que solicitado pelo consumidor.” (Resolução ANP Nº 9 de 07 de março de 2007)

Imagem: ANP

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Mas que testes seriam estes?

Veja aqui seis exemplos de testes que podem ser exigidos pelos clientes aos frentistas, de acordo com o ICL:

1 – Verificar o aspecto e a cor do combustível

Uma forma de saber a qualidade do combustível é verificar se o combustível apresenta um aspecto turvo e impuro . A pessoa que irá comprar o combustível pode avaliar uma amostra de gasolina, diesel ou etanol. No final, o combustível precisa ser límpido, livre de material em suspensão e não apresentar turbidez. Enquanto isso, a cor deve ser incolor (gasolina, diesel e etanol) ou amarelada (gasolina).

2 – Teste de volume ou de vazão

Em muitos os casos, o cliente possui dúvidas com relação a quantidade de combustível no carro. Aqui, ele pode pedir ao responsável pelo posto um teste de vazão. Será utilizada a medida-padrão imposta pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial que é de 20 litros.

É importante prestar atenção se você não está sendo uma vítima do “golpe da bomba baixa”. Neste caso, o medidor usado no galão não pode ultrapassar o limite de 60 mil. Em entrevista ao ICL, o analista sênior de Produtos e Marcas da Vibra Energia , Eduardo Buarque de Alcazar, diz que:

“A diferença máxima permitida é de 100 ml para mais, ou 60 ml para menos, conforme Portaria Inmetro número 294, de 29/06/2018”.

3 – Teste da proveta

qualidade do combustível
Foto: Raghav Bhasin/Unsplash.com

Este é um teste bastante importante. Isso porque será ele que mostrará a quantidade de etanol anidro na gasolina C (gasolina comum). De acordo com a lei, esta porcentagem deve ser de 27% neste tipo comum e 25% na gasolina aditivada. Para saber isso, o frentista (ou outro profissional que trabalha no posto) deve usar uma proveta – um tipo de cilindro de medida para líquidos.

Neste recipiente, deve conter 50 ml de gasolina e 50 ml de uma solução de água com sal. Esta mistura deverá ficar cerca de quinze minutos em repouso. Depois, é feita uma leitura da proveta para descobrir o teor de álcool e saber se está dentro do permitido.

4 – Teste do termodesímetro (qualidade do etanol)

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Foto: Krzysztof Hepner/Unsplash.com

Falamos acima do uso da proveta. Uma outra ferramenta importante nesta verificação da qualidade do combustível é o termodesímetro. Este deve estar preso à bomba de combustível. Ele serve para medir a qualidade do etanol. Segundo o ICL, o cliente deve observar se a linha vermelha está no centro do densímetro. Além de ver se o líquido está límpido e sem impurezas.

5 – Teste do densímetro

O teste do densímetro também é importante para saber se o combustível é confiável ou não. O resultado dever ser o valor certo para a massa do combustível (gasolina e diesel). Este é um pouco mais elaborado. O responsável por fazer o teste deve usar:

  • Um Densímetro de vidro (escalas: 0,700-0,750g/mL, ou 0,750-0,800g-mL
  • Uma proveta de 1 litro
  • Um termômetro de imersão total tipo “I” (escala: -10ºC a 50ºC; subdivisões: 0,2ºC ou 0,5ºC)
  • Uma tabela de correção das densidades e dos volumes para os derivados do petróleo

Durante o processo, o responsável precisa usar uma parte da gasolina coletada para fazer uma limpeza no recipiente. Na mesma, o funcionário irá preencher a amostra. Na sequência, deve ser colocado o termômetro neste local. O densímetro é colocado logo depois. Ele precisa estar limpo e seco.

As estabilidade térmica do conjunto e acontecerá após alguns minutos. O mesmo acontecerá com a posição de equilíbrio do densímetro. Depois, deverá ser feita a leitura tanto da ferramenta quando da temperatura da amostra. Por fim, é só consultar a tabela de conversão (das densidades e dos volumes) para fazer a conversão do valor da densidade para 20ºC.

6 – Teste do densímetro para massa e teor alcoólico do álcool etílico

Por fim, você pode usar o mesmo teste acima para medir o teor alcoólico do álcool etílico. Neste caso, além de mostrar o etanol dentro dos padrões pela tabela de conversão, o resultado deve trazer o teor alcoólico. Este deve estar em grau INPM (ºINPM).

Denúncias

Lembrando que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP) pode autuar e multar os postos que se recusarem fazer alguns testes. As denúncias podem ser feitas pelo telefone 0800-970-0267 ou pelo site do órgão. Além disso, confira nossa matéria outros canais de denúncia.

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Com informações do site Instituto Combustível Legal e ANP

Pedro Giordan
Pedro GiordanJornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.
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