Será que vale esperar pelo Mini Dolphin?

Vale a pena esperar pelo Mini Dolphin que chega em 2024? Pergunta difícil, principalmente porque não sabemos duas coisas: seu preço de lançamento e como a nova tributação dos carros elétricos importados vai impactar o mercado. 

BYD Mini Dolphin chegando em 2024 para colocar ordem na casa - Foto: Divulgação

 

BYD Mini Dolphin chegando em 2024 para colocar ordem na casa – Foto: Divulgação

 

Mini Dolphin chegando para balançar o mercado

Se fosse só pelas características do carro, a resposta com certeza seria SIM. Já que não estamos falando de outros eletrificados que não se adaptaram bem ao mercado nacional ou ainda modelos como o Bolt EV, reconhecido pelos muitos incêndios por problemas em sua bateria.

O Mini Dolphin (originalmente concebido como Seagull) é um subcompacto 100% elétrico revolucionário que tem chamado a atenção no mundo todo. Em pouco mais de sete meses de mercado, foram produzidas mais de 200 mil unidades. 

Só na China, no mês de outubro, foram vendidas 43.500 unidades, o que lhe deu o primeiro lugar entre os carros elétricos mais vendidos do país, superando não só os modelos da marca, como também o Tesla Model Y.

Mas o que o hatch tem de tão bom para ser esse fenômeno? O Seagull combina design inovador, tecnologia avançada e sustentabilidade.

Desing

Começando pelo design aerodinâmico e elegante, que lembra um pouco a mistura do Ford Ka hatch com o Fiat Mobi, mas ele é maior que os dois. O Mini Dolphin mede 3,78 metros de comprimento (22 cm a mais que um Mobi), 1,71 metro de largura e 1,54 metro de altura. 

Além disso, ao meu ver, é mais elegante que os subcompactos vendidos no Brasil, por conta de suas linhas fluidas e espaço interno maior. 

Quanto a motorização, conta com um motor elétrico de 55 kW, equivalente aos 74 cv do Fiat Argo 1.0, no entanto tem mais torque: 13,7 kgfm. Sua velocidade máxima é de 130 km/h.

A bateria é a Blade, cuja capacidade de 30 kWh ou 38,8 kWh permite percorrer de 305 km ou 405 km pelo ciclo chinês, respectivamente.

Itens de série que nenhum hatch tem

Já os itens de série, fazem inveja a modelos mais caros, como o líder de vendas VW Polo.

O chinês vem com quatro airbags, controle de estabilidade e assistente de estacionamento. Equipamentos que você não vê nas versões de entrada da maioria dos hatches vendidos aqui.

Se levar em consideração a versão mais equipada, o Mini Dolphin ainda oferece um avançado sistema de assistência ao motorista, formado pelo controle de cruzeiro adaptativo, reconhecimento de sinais de trânsito, alerta de saída de faixa, frenagem ativa de emergência, entre outros. 

Por dentro, o modelo tem algo que poucos hatches abaixo de R$ 90 mil tem: tela de 10,8″ (giratória) para o sistema de informação e entretenimento.

Interior Mini Dolphin - Foto: Divulgação

 

Interior Mini Dolphin – Foto: Divulgação

 

Quanto deve custar o Mini Dolphin 

O Seagull é vendido na China por 73.800 yuans (R$ 50.600, na conversão direta) e 89.800 yuans (R$ 61.500). Possivelmente ele não deve chegar a menos de R$ 100 mil, mas se vier as montadoras vão ter que se movimentar. 

Imagine um modelo elétrico pelo preço de um “carro popular” a combustão? Dependendo do estado você não paga IPVA (ou a alíquota é reduzida) e se instalar um sistema de energia solar, vai ter um custo bem inferior para rodar. 

Além disso, se a marca manter o mesmo padrão que adotou com o Dolphin, o hatch deve vir com outros benefícios, como seguro grátis no primeiro ano, revisões grátis, garantia de 5 anos e todo o suporte no pós-venda para manter a qualidade de seus produtos. 

Com tudo isso, não é possível dizer ainda que o futuro da frota brasileira é elétrico , no entanto o Mini Dolphin pode ser um divisor de águas na construção de um caminho mais sustentável e de respeito ao consumidor. 

 

Robson QuirinoSou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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