Seguro de Carro: nem sempre o mais barato é o melhor, diz entidade de defesa ao consumidor
Seguro de Carro: nem sempre o mais barato é o melhor, diz entidade de defesa ao consumidor
A busca pelo seguro de carro ideal é uma jornada complexa para muitos motoristas. Na ânsia de economizar, é comum priorizar o preço mais baixo. No entanto, a Proteste, renomada entidade de defesa do consumidor, lançou um alerta importante: o seguro mais barato nem sempre é a melhor escolha, principalmente devido às cláusulas de restrição de cobertura.
Proteste alerta sobre armadilhas do seguro de carro
Um dos pontos cruciais levantados pela Proteste são as exclusões de cobertura presentes na maioria dos contratos de seguro. É fundamental que o consumidor esteja ciente de que muitas seguradoras não indenizam acidentes causados por:
-
Atos de hostilidade, tumultos, rebeliões e greves: Eventos de grande escala, como manifestações violentas, geralmente não estão cobertos pelas apólices básicas.
-
Acidentes causados por problemas mecânicos ou elétricos do próprio carro: Se o veículo pegar fogo por uma falha elétrica interna ou sofrer um acidente por pane mecânica, a cobertura pode ser negada.
Segundo a Proteste o perfil do motorista tem um impacto maior no valor do prêmio do que o próprio modelo do carro. Isso reforça a importância da honestidade nas informações prestadas à seguradora. Mentir sobre o perfil, além de ser antiético, é considerado fraude e pode levar à perda total do direito à indenização em caso de sinistro.
Além disso, o novo Código Civil é categórico: se o segurado agravar o risco de forma intencional – como dirigir sob efeito de álcool ou drogas, por exemplo – ele perde automaticamente o direito à cobertura. Essa é uma regra clara e inegociável, visando a segurança no trânsito e a responsabilidade do condutor.
O que analisar além do preço do seguro do carro?
Para escolher o seguro ideal, o consumidor deve ir muito além do valor do prêmio. Veja o que considerar:
-
Tipo de Cobertura:
-
Compreensiva (ou total): Cobre roubo, furto, colisão, incêndio e danos a terceiros. É a mais completa e geralmente a mais recomendada.
-
Roubo e Furto: Cobertura mais básica, apenas para esses sinistros.
-
Danos a Terceiros (RCF-V): Cobre apenas os danos materiais e corporais causados a outras pessoas ou veículos.
-
Coberturas Adicionais: Vidros, retrovisores, faróis, lanternas, carro reserva, assistência 24h (guincho, pane seca, troca de pneu), cobertura para acessórios, equipamentos e blindagem.
-
-
Valor da Franquia: É a parte que o segurado paga em caso de sinistro com perda parcial. Franquias mais altas geralmente resultam em prêmios mais baixos, e vice-versa. Avalie se você conseguiria arcar com esse valor em caso de necessidade.
-
Burocracia e Atendimento: Pesquise sobre a reputação da seguradora em relação à burocracia para sinistros e à qualidade do atendimento. Reclame Aqui e outros fóruns de consumidores podem ser boas fontes de informação.
-
Clareza do Contrato: Leia o contrato atentamente, especialmente as cláusulas de exclusão. Se tiver dúvidas, não hesite em pedir explicações detalhadas ao corretor.
-
Corretor de Seguros: Um bom corretor é um aliado fundamental. Ele pode ajudar a comparar propostas de diferentes seguradoras, entender as nuances de cada cobertura e adequar o seguro ao seu perfil e necessidades reais.
Você já teve alguma experiência negativa com seguro de carro por causa de cláusulas ou exclusões? Compartilhe sua história e ajude outros motoristas a fazerem a melhor escolha!
Leia também: Quais as alternativas à correia dentada banhada a óleo do Chevrolet Onix, Tracker e Montana?
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
